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Philippe

Meu mundo para ao ouvir a proposta da marrenta. Como assim, ela tá querendo ter um lance casual comigo? Do nada ainda mano!!! Não faz nem uma hora que a gente se "perdoou" do que aconteceu na reunião do CV, e ela faz uma pergunta dessas.

Minha mente cria vários cenários onde consigo usar dessa proposta ao meu favor, colocando meu plano em prática. Mas ao mesmo tempo isso parece ser tão errado.

Cala a boca subconsciente. Não vem amarelar agora não! Essa é a nossa chance, e nada nem ninguém vai me impedir de colocar esse plano em prática!

Tá bom meu parceiro, depois não fique chorando por causa dela, pois saiba que quando ela descobrir a verdade, nenhuma declaração de amor vai ser suficiente pra se desculpar!

Respiro fundo, tentando limpar minha mente, tirando essa praga que meu subconsciente me jogou, e me concentro na bela mulher que me encara, aguardando minha resposta.

Ela é tão linda! Os olhos dela têm algo que chamam a minha atenção; o rosto que parece meio inchado, como se ela tivesse chorado por horas hoje; seus lábios tão carnudos, que sempre que eu reparo me dá uma vontade louca de beijá-la até me cansar. CHEGA!!!!

— E como seria esse nosso lance, marrenta? Eu e seu pai ainda somos inimigos. Ou você esqueceu desse detalhe?

— Meu pai não vai saber de nada. — eu sei que ele tá fora do Rio, mas não irei dizer nada, pra que a marrenta não desconfie que eu estava stalkeando ela esse tempo todo. — Além do mais, eu fui treinada esse tempo todo a fazer as coisas na cautela, pra não ser presa. Ir me encontrar com você será um treinamento a mais.

— Bom saber que serei útil pra sua vida de alguma forma.

— Apenas nesse sentido, que fique bem claro! — ela parece pensar em algo, até que diz — Essa atração entre nós dois vai acabar mais rápido se nos encontrarmos com mais frequência na semana. Qual dia tu prefere?

— Não acredita na possibilidade de nós nos apaixonarmos durante esses encontros?

— Prefiro que você seja o babaca que eu conheci na reunião do CV do que o último romântico! — ela se aproxima, ficando com o rosto bem perto do meu e fala — Escuta o que eu vou dizer Philippe, esse nosso lance será apenas isso, um lance! Não ache que cairei nessa sua conversa de relacionamento sério, porque eu sei bem como vocês homens são! Anda, qual dia tu prefere?

— Qualquer dia tá ótimo pra mim.

— Claro, não faz nada naquele seu morro. Tinha que ser um vagabundo mesmo!

— Faço muitas coisas lá sim, marrenta. Mas não preciso que uma ex inimiga como você valide meu trabalho.

Me aproximo e sussurro em seu ouvido:

— E eu sei que tu ama esse vagabundo aqui, só não tem coragem de admitir!

— Sonha bastante vagabundo! Só nos seus sonhos mesmo pra isso acontecer!

— Que tal nos encontrarmos amanhã nessa mesma praia? Tenho mais algumas fantasias pra realizar contigo. — pergunto em um sussurro, sentindo a adrenalina que só esse lance proibido pode me proporcionar.

— Combinado. Mas antes, que tal uma rapidinha de despedida? Preciso relaxar mais um pouco. — a marrenta me pede com uma voz manhosa, que fica difícil resistir.

— Seu desejo é uma ordem, marrenta!

{...}

— Tava aonde, Philippe? — mal chego em casa e minha mãe já me assusta surgindo do nada na frente da porta.

— Caralho mãe, que susto da porra!! Tá querendo matar seu filho mais velho?

— Não, tu é quem tá querendo me matar de preocupação, isso sim!!! Acha que eu sou suas putinhas pra você não mandar nem um recado avisando onde tá? Eu sou sua mãe, me respeite, seu moleque do caralho!!!

— Desculpa minha rainha, eu tava dando uma volta na praia, só isso.

— Tá desculpado. Mas essa sua cara não me engana, Philippe Marques!! Tava atrás de outro rabo de saia né?!

— Mãe!!! Eu não vou falar desse assunto contigo não!

— Meu querido, e tu acha que eu não dou minha boceta pra ninguém?? Me respeita que eu sou sua mãe!!! Acha que tu foi feito como? Com meu dedo?

— Credo mãe!!! Para de falar essas coisas!! É nojento!!!

— Ah, mas quando é o bonitão aqui, eu tenho que aceitar ouvir aquelas piranhas falando de você em qualquer canto? Não, não!! Tu vai ouvir bastante também.

— Lá lá lá lá lá... Não tô ouvindo nada...

Tampo meu ouvido e saio correndo em direção da escada, evitando ao máximo ouvir as putarias que minha mãe tá falando. Deus me livre saber o que ela faz quando tá sozinha com um babaca qualquer!!

Minha coroa é maravilhosa, mas não quero ficar ouvindo suas aventuras com alguns dos meus vapores. Pois é, eu já ouvi várias vezes meus vapores elogiando minha mãe, de formas que eu nunca queria ouvir, já até fiquei sabendo que um deles pegou ela em um baile que teve.

Na época eu dei uma surra nele, mas não adiantou de nada. Minha mãe ficou com raiva da minha atitude e trouxe ele pra dormir aqui em casa. Tomei um susto quando encontrei os dois se pegando na cozinha, e quase matei ele nesse dia. 

Hoje em dia eles não tem mais nada. Nunca soube o motivo, mas se chegar pra mim que ele magoou a minha rainha, esse bostinha vai conhecer meu pior lado!

Entro no banheiro e vou tomar um banho, lembrando do tempo que fiquei com a marrenta. Eu já estou bem perto de começar meu plano. Só não posso me apaixonar pela marrenta nesse tempo que estivermos juntos.

Não, eu me recuso a sentir qualquer coisa pela marrenta!! Não que ela seja alguém ruim pra se apaixonar, é só que eu não quero me apaixonar por ninguém agora, nem nunca.

Talvez, se você parasse com esse orgulho besta, conseguiria perceber o que está estampado em sua cara.

Fica quieto subconsciente!! Não tem nada pra perceber. Eu não sinto nada pela Thalita. É só atração física, só isso.

Continue enganando a si mesmo, Philippe. Quando tu perceber, talvez seja tarde demais!

Essas palavras me deixam pensativo por alguns minutos. Será que estou fazendo a coisa certa?


Oioi gente, td bem??
Espero que gostem do capítulo!!!
Deixem sua estrelinha, comentem bastante e até o próximo!! <3

Amor ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora