Capítulo 13

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Dália Brown


- Não tinha uma outra hora pra você me trazer pra cá não?

Já não fazia idéia de quantas vezes Severo havia me perguntado aquilo. Eu decidi mostrar minhas criaturas para o Severo só que neste exato momento deve ser umas oito da noite e estamos na floresta.

- Não, esse era o momento exato para isso. As criaturas que quero te mostrar não costumam dormir à noite. - Comentei feliz.

- Então você vai me mostrar corujas? - Ouvi a risada baixa de Severo e o olhei com tédio. - Mas é sério, logo de noite que temos que ver essas criaturas e também não sei porque você tá fazendo tanto mistério.

É, eu realmente estava fazendo muito mistério mas era que eu queria que ele às visse, não fazia muito dias que eu as havia encontrado então decidi chamar o Sev. Continuamos caminhando por entre as árvores, galhos e arbustos, o silêncio entre nós não era chato e muito menos constrangedor. Estes dias estava à andar com o Severo mais do que eu achava possível passar e o mais interessante era que ele estava fazendo questão em estar perto de mim. Eu estava começando a achar que Snape estava gostando de mim mas prefiro fingir que não. Eu não adimitia para mim mesma mas acontece que eu gosto muito do Snape, mais do que um amigo e muito mais do que um irmão mas tenho medo de confessar meus sentimentos e acabar estragando nossa amizade. Meus sentimentos começaram a fluir quando estávamos no segundo ano, não sabia como tinha meninas que dizia que o Snape era feio eu o achava muito bonito e incrível e até hoje acho, sempre havia boatos de seus cabelos serem oleosos e fedidos mas um dia Severo se aproximou muito de mim e baixou a cabeça e eu acabei sentindo o cheiro de seu cabelo e na verdade não fedia nem um pouco e quando toquei era muito macio.

- Lia...

Meu coração sempre dispara quando ele me chama de Lia, esse é o meu apelido que foi ele mesmo que colocou em mim e desde da primeira vez que ele me chamou assim meu coração palpitou bastante.

- Sim? - Olhei de relance para ele que estava de cabeça baixa enquanto caminhava até que parou e eu parei em seguida. - Algum problema? Tá machucado? Quer voltar?

Me aproximei dele o observando de cima à baixo mas ele segurou meus ombros me fazendo parar de procurar qualquer coisa estranha nele.

- Eu tô bem. - Ele me olhou nos olhos, me senti por um momento nua pelo olhar dele parecia que estava vendo todos os meus pecados e lendo toda a minha história, seu olhar pausou em meus lábios mas depois ele se afastou um pouco. - Eu quero te contar algo.

Fiquei o encarando esperando que continuasse mas Severo parecia um pouco nervoso e ansioso, ele apertava as mãos várias e várias vezes um gesto que já demonstrava que estava nervoso acabei percebendo isso depois de tanto conviver com ele.

- Ok, no seu tempo. - Cruzei os braços esperando pelo que ele iria me dizer.

Severo abria e fechava a boca várias vezes, quando abriu a boca para dizer algo ouvirmos um rosnado não muito longe de onde estavamos. Sentia os pelos do meu corpo se arrepiarem só pelo rosnado, puxei Severo para trás de uma árvore ficando quietos. Eu estava nervosa e com medo do que poderia ser mas fiquei nervosa mais ainda quando senti a respiração de Severo bem na minha cabeça e acabei percebendo que estávamos muito próximos. Tentando esquecer esse detalhe olhei para trás da árvores vendo se tinha alguma coisa por perto mas a única coisa que vi foi árvores e arbustos.

- Acho que não tem nada. - Sai de trás da árvore ainda atenta ao redor, Severo me seguiu também olhando ao redor.

- Talvez não tenha sido nada. - Comentou.

- É, talvez seja só paranóia da gente. - Rir
nervosa.

- Seria estranho a gente ter a mesma paranoia ao mesmo tempo. - Me olhou desconfiado.

- Não me olhe assim eu não sei de nada. - Levantei as mãos ao redor de meu corpo.

Ouvimos o mesmo rosnado e passos como se a coisa estivesse correndo mas parecia que a coisa estava correndo na direção que estavamos.

- Está se aproximando. - Susurrei
desesperada.

- Quando eu contar até três nós corre. — Severo segurou minha mão com força.

- Você tá doido? - Perguntei desesperada.

- Doido é a gente ficar aqui parado. - Os passos parecia estar bem mais próximos agora. - Um...

Nem contou direito e já estávamos correndo de mãos dadas pela floresta a coisa continuava a rosnar e seus passos estava cada vez mais próximo da gente, olhei para trás para ter alguma idéia do que poderia ser até que vi um vislumbre do que era, parecia um lobo bem magro e enorme parecia alguém que eu conhecia, uma lâmpada parecia ter acendido em minha cabeça e eu logo olhei para o céu para ter certeza de se era quem eu pensava que era e eu tive a certeza.

- Temos que nos separar. - Gritei para Snape que na hora parou e olhou para mim como se eu estivesse louca.

- Você tá louca?!

Eu não disse?

- Temos que fazer isso eu vou distrair, você volta pro castelo. - Soltei a mão dele que agarrou a minha mão na hora.

- Eu não vou te deixar. - Segurei o seu rosto em minhas mãos e sorri.

- Eu vou ficar bem, eu sou durona.

Os passos agora estava mais que próximos e não esperando que Severo falasse mais alguma coisa eu o empurrei para uma moita que estava logo atrás dele, me transformei na hora em que vi Lupin bem à minha frente. Uivei para que ele me me seguisse e corri em direção ao Salgueiro Lutador.

O que o idiotas estão fazendo para deixar o Lupin à solta desse jeito?

Always? Always! { Severo Snape }Onde histórias criam vida. Descubra agora