Capítulo 40

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- Vai demorar muito para que eu possa jogar um feitiço nela? - Perguntei enguanto via a vaca rosa passando pelos corredores, sorri para ela quando a mesma passou do meu lado mas quando sumiu de minha vista meu sorriso sumiu. - Nojenta.

- Você precisa se acalmar. - Severo me deu uma cotovelada e o olhei irritada. - A hora vai chegar de você poder fazer isso.

- Tá demorando tanto. - Murmurei. - Assim como o dia de eu poder ver a minha cria.

- Você às vezes fala do nosso filho como se ele fosse um filhote e você a mãe animal.

- Mas ele é meu filhote.

Severo revirou os olhos e adiantou os passos. Corri um pouco para o alcançar passando o meu braço sobre o dele para caminharmos juntos.

- Mas então... como está indo a questão do...

- Nada boa. Tudo que vem dele nunca é bom.

- Já é de se esperar né e ainda você inventou de passar pra aquele lado, sendo que eu tinha te dito... - Não continuei pois Severo me encarou com um olhar tão mortal que me deixou envergonhada. - Desculpa, vacilei agora.

- Que bom que percebeu.

  Caminhamos para um lugar bem mais afastado dos alunos.

- E já chegou aos ouvidos dele de que estamos juntos? - Questionei.

  Essa era uma questão que assombrava Severo todos os dias. Só dele pensar no Lorde das Trevas sabendo da minha existência, ele com toda certeza mandaria Severo me manipular para que eu entrasse na ladainha deles.

- Não parece que ele saiba de algo sobre sua existência em minha vida mas eu não acho que vá demorar para que ele saiba.

- Do jeito que o povo é fofoqueiro já devo imaginar que ele saiba. - Murmurei.

- Anda murmurando demais, Sra. Snape.

Olhei para ele. Amava quando me chamava de Sra. Snape, ainda parecia um sonho em ter o sobrenome dele em meu nome mas graças a Merlin é tudo real. Virei meu rosto para o lado.

- Estou com saudades do nosso filho. - Encostei minha cabeça em seu ombro, que ele logo também encostou a dele à minha. - Aquelas mãozinhas gordinhas, aquelas bochechas rosadas... o riso tão gostoso de ouvir. E o cheirinho... ah... o cheirinho... que saudades.

- Acho que seria certo pedir à Dumbledore para deixar você o ver. - Desencostei minha cabeça de seu ombro para olhar em seu rosto. - Acho que não teria problema.

- Não Severo, eu consigo aguentar até as férias de Natal. - Ele ergueu uma sobrancelha desacreditando de mim. - Eu aguento!

- Não acredito muito nisso. - Bufei. - Engraçado que você aceitava muito bem em eu estar em Hogwarts, totalmente afastado de você mas ter o nosso filho afastado de você...

- Ei! Que comparação besta. É nosso filho, ele ainda precisa de mim, ele ainda não sabe como o mundo é cruel e horrível ele... - Parei de falar quando Severo soltou uma risadinha. - O quê foi?

- Eu estava brincando com você. Será possível que não havia percebido?

- Você... - Soltei o meu braço do dele. - Você falou tão sério que eu pensei que nem estava brincando. - Acusei.

- Eu pensei que perceberia!

- A gente tem que treinar mais esse jeito seu de fazer brincadeiras, tá muito bom não.

Comecei a caminhar de volta para o castelo.

- Dália!

- A gente vai treinar e não adianta reclamar.

Always? Always! { Severo Snape }Onde histórias criam vida. Descubra agora