Dress

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Inescapable, I'm not even gonna try
And if I get burned, at least we were electrified
I'm spilling wine in the bathtub
You kiss my face and we're both drunk
Everyone thinks that they know us
But they know nothing about
Dress

SIRIUS
12

 James trocou um olhar comigo depois que saí do banheiro com Remus. Moony estava uma bagunça, o cabelo amassado e seus cachos sem definição depois que meus dedos estiveram ali. Eu não deveria estar muito melhor, ainda me sentia embriagado e meu peito estava com aquela sensação relaxante pós euforia. Lily olhou para nós do outro lado da festa, sorrindo de canto junto do meu irmão. Regulus tinha batom no pescoço e em volta de sua boca, mas preferi ignorar a visão do meu irmão mais novo se pegando com alguém.

  Remus e eu fomos embora da festa antes de todo mundo. Chegamos perto da cozinha quando a canção de Lily voltou a tocar na minha cabeça.

— 'Cause my baby's fit like a daydream... — cantei, tropeçando nas palavras. — Quando elas escreveram isso?

  Remus sorriu para mim. Senti vontade de desviar o olhar.

— O quê? — ele perguntou, parando de andar.

  Olhei para ele. Seus cachos desenhavam seu rosto.

— Meu melhor amigo bêbado acabou de me chupar, não sei o que fazer agora.

  Remus riu. Eu ri, sem graça. Ele pegou meu braço e me puxou para perto dele, nos encostando na parede. Escondi meu rosto em seu pescoço, respirando fundo.

— Você cheira bem.

— Cigarro e bebida são aromas que te atraem? — ele perguntou apoiando seu queixo na minha cabeça e me abraçando.

— Não, embora ver você fumar seja uma imagem dos céus.

— Você bebeu muito, Pads.

— E você me beijou.

— Beijei.

  Nenhum de nós falou nada por um tempo. Tentei me concentrar no aperto de Remus, esquecer os pensamentos gritando na minha cabeça. Remus parecia estar decidindo o que dizer.

— Você queria que eu te beijasse?

— Sim — sussurrei. — Eu devia ter te beijado?

— Sim — ele disse. Respirei com alívio, tentando acalmar meu corpo. — Estou aqui, Pads, nada vai mudar isso. Respira fundo e me abraça.

  Então eu o segurei com mais força e tentei respirar. Remus sempre percebia quando estava ficando ansioso, nunca descobri como, não sei quais sinais eu dava para ele, mas ele sempre soube. Ele beijou meu cabelo, passou os dedos de leve do meu ombro até o pescoço e murmurou coisas que ele aprendeu quando estava entediado para me distrair do sentimento de pânico.

  Eu o beijei quando me senti melhor. Um beijo que não foi assistido por ninguém de fora, sem o barulho e a bagunça ao nosso redor. Só nós dois. Eu precisava me erguer na ponta dos pés para beijá-lo, e ele riu quando percebeu isso, mas não parou de me beijar nem quando comecei a rir junto dele. Não foi um beijo atrapalhado, com desespero e ansiedade. Foi um beijo bom, que não me dava vontade de parar. Remus segurou meu rosto com as duas mãos e eu passei os braços ao redor de sua cintura, deixando minhas mãos penderem em sua lombar.

  Remus escondeu o rosto na curva do meu pescoço e inspirou com força. Sei que sua coluna está doendo, como um lembrete de que amanhã ele acordará exausto e terá muito pelo o que passar.

  Minhas mãos ainda estavam em volta dele, então eu passei os dedos pelas cicatrizes marcadas ali. Ouvi Remus murmurar com o alívio da dor. Beijei a curva de seu ombro e o puxei em direção ao quadro de pêra ao nosso lado.

...Ready For It?Onde histórias criam vida. Descubra agora