Dancing With Our Hands Tied

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And say, say that we got it
I'm a mess, but I'm the mess that you wanted
Oh, 'cause it's gravity
Oh, keeping you with me
Dancing With Our Hands Tied

SIRIUS
11

  Sempre usei música quando queria me expressar. Quando pequeno eu criava melodias na minha cabeça quando não conseguia fazer algo, ou quando estava ansioso. Escrever músicas é diferente de simplesmente falar.

  E tem Remus. Uma melodia nova e completamente desconhecida. Não sei tocar suas notas, ler suas partituras. Enquanto cada parte minha tocava diferentes acordes, ele os coletava silenciosamente e criava músicas.

  Minha professora de piano me disse que a música é algo muito mais profundo do que só música. Ela toca nossas partes mais escondidas, reflete nossa alma. Somos programados para querer dançar quando um som nos alegra. Noivos dançam nos casamentos, culturas celebram a vida e a morte com música, uma nota pode alterar nossos batimentos cardíacos e nos deixar eufóricos. Mães acalmam os filhos com músicas sobre animais, fazendas, monstros e estrelas.

  Remus me beijou de verdade quando terminamos o show.

  Quando parou de me beijar e me deu um selinho, ele sorriu e tocou sua boca na minha de novo. Nenhum instrumento conseguiria criar uma música para esse momento. E minha mente trabalhava fortemente nisso; enquanto meu corpo registrava cada gesto, gosto e sabor, meu cérebro registrava cada nota que fazia meu corpo tremer sob o toque dele.

  Lily e Andromeda nos tiraram do palco quando terminamos de arrumar todos os instrumentos e guardá-los devidamente. As duas se sentaram em banquinhos no meio do palco, Lily com um violão vermelho nos braços enquanto Andromeda continuava com seu teclado.

— Todos vocês sabem que James e Sirius que escrevem nossas músicas — Lily disse. — E os dois me ameaçam frequentemente para escrever também.

  James vaiou Lily.

— Sim, James, tudo bem, chame como você quiser. Mas eu finalmente escrevi uma música, então vamos ver como isso soa para vocês. — Ela dedilhou pelas cordas do violão e minha prima acompanhou seus acordes. — My castle crumbled overnight, I brought a knife to a gunfight, they took the crown, but it's alright.

— Cause my baby's fit like a daydream, walking with his head down. I'm the one he's walking to, so call it what you want, yeah. Call it what you want to — Andromeda cantou.

  Alguém gritou do fundo da plateia, e pelo sorriso da minha prima, deduzi que fosse Ted Tonks. A música ficou animada e no segundo refrão quase todos conseguiram seguir a letra, o que pareceu deixar Lily encantada.

  As pessoas começaram a dançar e a empurrar umas às outras em busca de espaço. Em questão de segundos, me perdi de James e estava com Remus numa multidão de pessoas desconhecidas. Vi o cabelo loiro prateado de Narcissa em algum lugar, um vislumbre de Lucius Malfoy a girando enquanto riam um do outro. Ele era um canalha, mas minha prima parecia deixá-lo mais civilizado.

  Achei James na multidão mais ao fundo, algumas pessoas o levantaram e começaram a gritar que Lily estava se declarando com um serenata, ele parecia não saber onde colocar a cara, o cabelo bagunçado e o rosto vermelho e marcado pelo suor. Regulus provavelmente estava bêbado, porque estava rindo de tudo isso.

  Lily e Drômeda saíram do palco quando terminaram e outras músicas começaram a tocar vindo de algum aparelho trouxa que alguém contrabandeou até aqui. James girou minha amiga e minha prima com cada um de seus braços e iniciou uma dança com elas.

...Ready For It?Onde histórias criam vida. Descubra agora