This Is Why We Can't Have Nice Things

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And there are no rules when you show up here
Bass beat rattling the chandelier
Feeling so Gatsby for that whole year
This Is Why We Can't Have Nice Things

SIRIUS
13

 Minerva McGonagall entrou na enfermaria antes de sua esposa, as duas ainda vestidas com pijamas e roupões. Lily ficou o tempo todo sentada em algum lugar atrás de mim. Não olhei para ela, mas sei como ela estaria se eu a olhasse: encarando o chão, tentando não se preocupar demais.

  Mesmo se eu tentasse, não conseguiria.

  Remus desmaiou e está pálido.

  Madame Pomfrey pegou um de seus aventais em um armário e jogou seu roupão no chão, ignorando a bagunça que começava a crescer na enfermaria impecavelmente limpa.

— Sirius!

  Olhei para ela, sem saber o que fazer. Ou o que falar.

  Respirei fundo algumas vezes, me envolvendo com meus próprios braços para fazer pressão nas costelas. Respirei de novo: um, dois, três. Me inclinei para frente com a sensação de que iria vomitar subindo pela garganta. Madame Pomfrey estava falando, mas eu só conseguia ouvir minha respiração comprimindo meu peito, a sensação da minha traqueia fechando e meu peito apertando minhas costelas até que elas perfurassem meus pulmões.

  Engoli a sensação e forcei o ar a entrar.

  Minerva entrou na minha frente para me impedir de ver Remus ou a enfermeira avaliando-o com a varinha.

— Venha, querido — ela disse.

  Ela substituiu o lugar dos meus braços e me abraçou com força. Alguém atrás de mim também estava me abraçando. O cheiro do meu irmão tomou meu nariz, quando ele chegou? Reg me segurou com força, ele era mais alto e mais forte, e me impediu de correr para longe de seus braços. Ele segurou minha cabeça em seu ombro e murmurou alguma coisa que não consegui ouvir. Ele não deixou eu me afastar e eu não tive escolha senão deixá-lo me segurar.

  Regulus sabia o que fazer para me acalmar, ensinei para ele quando percebi que ele poderia ter as mesmas crises.

     "Cante alguma coisa, sempre distrai a cabeça" eu disse para ele, secando suas lágrimas. Regulus me abraçou e limpou os olhos. Tínhamos oito e sete anos e nossa mãe nos ameaçou com veritaserum se não admitíssemos a culpa por quebrar um de seus vasos caros. "Você não tinha que ter dito que foi você" ele me disse. "Eu sei. Mas você é meu irmãozinho, não vou deixar nada ruim acontecer com você. Tá tudo bem." Minha cabeça ecoava meus gritos sem parar, minhas costas e pescoço doíam tanto que respirar escurecia minha visão, mas não deixei que Regulus soubesse disso.

— Sirius — Regulus segurou meu rosto para que eu o visse. — Pomfrey precisa da sua ajuda.

  Abracei meu irmão por mais um minuto. Não sei quem o chamou. Não sei quando ele chegou, mas o abracei com força e tomei um último fôlego. Ainda estava tremendo, nem perto de ficar bem, mas fui até a enfermeira de cabelo louro grisalho.

— A gente bebeu — avisei. — Fiz ele comer e beber algo antes de dormirmos. Ele estava bem quando pegamos no sono.

  Pomfrey me ignorou e foi até um armário, onde pegou faixas para ataduras. Ela as jogou para mim e tirou a camisa de Remus com um feitiço.

— Não — eu pedi.

— Vamos para fora. — McGonagall avisou levando James, Lily e meu irmão, todos contra suas vontades.

Não — repeti para a enfermeira que parecia me ignorar de propósito. — Pomfrey!

  Ela olhou para mim com raiva.

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