The Last Time

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And right before your eyes
I'm aching
No past, nowhere to hide
Just you and me
The Last Time

SIRIUS
18

02:33

  Lily abafou um grunhido nada típico dela. Algo como raiva e preocupação saindo da garota. Moony olhou para mim como se me perguntasse o que eu conseguia ver. O jardim estava escuro o bastante para que eu não conseguisse ver quase nada além de muitas pessoas. Muitos lobisomens. Pelo menos uma dúzia e meia.

— Fiquem aqui, certo? — Pomfrey pediu se afastando da janela. Ela saiu da enfermaria sem esperar por uma resposta.

  Assim que ela fechou a porta eu me virei na direção de Prongs.

— Já estou olhando — ele respondeu e eu sorri ao vê-lo olhar o Mapa do Maroto. — Não conheço nenhuma dessas pessoas...

  Meu irmão franziu as sobrancelhas para o mapa, e acho que ele reconheceu os meus traços nos desenhos porque olhou para mim surpreso.

— Eu não consigo lembrar! Por que agora minha memória decide falhar? — Lily massageou a cabeça como se isso a ajudasse a recuperar sua memória.

— Amor, você não... — Prongs começou a tranquilizá-la, mas a ruiva o silenciou com um apontar de dedos e um olhar feroz. James se manteve calado.

  Senti alguém segurar minha mão e não fiquei surpreso ao sentir as cicatrizes de Moony tocando minha palma, ele a apertou com algo parecido com angústia. Me aproximei dele e segurei seu rosto, levantando-o para que me olhasse, seus olhos carregavam algo parecido com medo e dor, e eu quis desesperadamente ser útil e acabar com as duas coisas que o afligiam.

— Eu li isso hoje, como posso ter esquecido! — Lily se virou para Prongs, parecendo furiosa consigo mesma. — Tem alguém perto da biblioteca?

— Você não vai lá sozinha a essa hora — Prongs protestou.

— Eu vou com ela — Regulus ofereceu.

  James pareceu perder qualquer receio ao entregar o mapa aos dois antes de dar uma última olhada para ver o paradeiro de Pomfrey.

— Volto em cinco minutos — nossa amiga disse e beijou o cabelo de James e Moony antes de sair com meu irmão.

— Onde Madame Pomfrey foi? — Moony perguntou.

  Me sentei ao lado dele, que repousou a cabeça em meu ombro.

— Acordar Dumbledore — James respondeu. A primeira imagem que veio à minha mente foi a carranca de Grindelwald, ele odiava ser acordado antes das seis da manhã. Como alguém tão calmo e sereno como o Professor Dumbledore se casou com alguém que definitivamente foi escrito para ser um vilão sempre seria um mistério para mim.

— Então temos que sair antes que eles voltem — Moony disse.

  Nós três sorrimos. Fazia tempo que não fazíamos algo que com toda certeza não deveríamos fazer. Mas minha parte dominante ainda sussurrava — tão baixo que fingi não ouvir — que Moony estava doente demais para sair em direção a uma alcateia invasora e completamente desconhecida.

— A gente deixa um bilhete? — Prongs perguntou.

— Prongs, um bilhete é uma prova de infração, tem certeza que quer isso? — perguntei.

— Sem corpo, sem crime — Moony disse como se todos nós fôssemos fugitivos. — Pomfrey vai achar que saímos do castelo, e Dumbledore não vai deixar que os outros saiam com o que pode, provavelmente, ser a morte certa.

...Ready For It?Onde histórias criam vida. Descubra agora