Um

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Jisung abre os olhos lentamente, sentindo uma forte tontura invadir sua mente. Aos poucos, ele percebe que está em um lugar escuro e apertado. Seus punhos e pernas estão amarrados, e suas tentativas de se soltar são inúteis. Uma sensação de pânico começa a se instalar dentro dele.

Ele tenta falar, mas sua boca está tampada. Sua respiração está acelerada, e a confusão só aumenta. "Onde estou? Como vim parar aqui?", ele se pergunta em silêncio, um desespero suspirado, lutando para lembrar de algo, mas suas memórias parecem borradas e distantes, mas ainda tão claras.

Lentamente, flashs de lembranças surgem em sua mente. Ele se vê entrando em um táxi, seu rosto é triste e magoado... Não... Desesperado! . Mas o que havia acontecido antes disso? Quem são as pessoas ao seu redor? Nada faz sentido.

O movimento constante o faz imaginar que está dentro de um porta-malas, o que apenas aumenta sua ansiedade. A cada minuto, ele tenta encontrar uma forma de escapar, mas as cordas apertadas ao redor de seu corpo o mantêm preso.

Jisung está perdido. Uma tontura repentina se instala novamente em si e acaba  apagando novamente.
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— Quem é ele? - Lee Minho questiona seu braço direito, Changbin, sobre o garoto deitado a sua frente, desacordado.

— Aparentemente ele foi sequestrado, paramos um táxi que vinha em direção às suas terras, o motorista está sendo interrogado, achamos no porta-malas esse garoto...inclusive, o que fazer com ele, agora ?- dita e questiona. Minho ergue uma sobrancelha, como se pensasse no que fazer com o pequeno ser humano.

— Amarre ele, e o faça acordar - ordena cruzando as pernas e rapidamente os empregados se movimentam para montar tudo para ele.

...

Jisung logo sente o choque da água fria sobre seu rosto, fazendo-o despertar bruscamente. Seus olhos se arregalam ao se deparar com o ambiente desconhecido à sua volta.

Ele tosse, afogado pela água e percebe que está amarrado a uma cadeira.Sua respiração fica ofegante enquanto tenta entender o que está acontecendo

—Onde..- Está confuso. Seu olhar se dirige a um homem de expressão séria e imponente, que o observa atentamente.

Outros homens o cercam, todos parecendo guardas ou servos e extremamente armados.— Que merda, onde estou? Quem são vocês?- ele pergunta desesperado. O pânico aumenta à medida que tenta se lembrar de como chegou até ali, mas as lembranças continuam embaçadas e incompletas.

O homem que parece ser o líder se aproxima, encarando-o com um olhar penetrante. Jisung pode sentir seu coração martelando no peito, e sua mente corre freneticamente em busca de respostas. Ele não sabe o que está acontecendo, como foi parar nesse  lugar e o que essas pessoas querem com ele.

— Eu que faço as perguntas aqui, garotinho. Então me diga, por que será que você foi sequestrado? - indaga o homem com uma aura descomunal, estando a centímetros de Jisung, olhando-o de cima.

O menor  ri nasal — Você que deveria me responder, não é? Por que fui sequestrado? - questiona Jisung com desdém , olhando firmemente para o homem.

— Que? Bom, eu não te sequestrei se é o que quer saber. Você veio parar nas minhas terras dentro do porta-malas de um táxi, e provavelmente não sabe os motivos, não é?! - dita o homem com firmeza, agora visivelmente irritado. Sem motivos.

— Não sei - Jisung desvia o olhar, e Minho acaba franzindo o cenho.

— Está mentindo. O que você fez? -  questiona, e o menor morde os lábios nervosamente. — Qual é o seu nome? - continua com mais uma pergunta, mas ainda sem receber respostas.

— Senhor, ele é Han Jisung, filho do Han SooMin. - Felix chega com um computador em mãos, oferecendo informações.

— Han Jisung... Han SooMin, droga! - Minho alisa os cabelos azulados para trás, demonstrando frustração. — O que mais descobriu sobre ele? - direciona-se ao loiro.

— Vejamos, Han Jisung tem 22 anos, vai começar na faculdade de administração, é o único filho homem e herdeiro dos Han, líderes de vendas nacionalmente e internacionalmente e famosos no mercado negro . - Felix fornece as informações. Jisung abaixa a cabeça olhando para o chão.

— Eles são confusão - o Lee. comenta, olhando para Jisung, que já está sangrando os lábios de tanto morder. Felix continua pesquisando. — Lix , me diga mais informações sobre eles.- volta o olhar para o loiro.

— Bom, o Jisung gosta de música, ver animes, gosta de fazer compras com as amigas, ele canta, dança, escreve músicas...

— Não, Felix! - Minho quase grita com o loiro. — Eu quero informações importantes, não... Ah, tanto faz. - respira fundo, tentando se acalmar. — Acho que não vamos conseguir nada agora, leva ele para um quarto, deixa ele tomar banho e dá roupas limpas - sentindo-se mais calmo, Minho ordena a Felix que prontamente assente.

— Vamos lá, pequeno esquilo - Felix começa a cortar as cordas que prendem o garoto . Ao sentir suas mãos livres, Jisung começa a coçar os pulsos doloridos, o sangue ainda escorrendo de algumas feridas.

— Alguém bateu em você? - Minho questiona, levando uma mão até o menor e segurando o queixo dele, seus olhares acabam se encontrando intensamente.

— Não. - Jisung responde ainda seguro de si, mas entrega vulnerabilidade.

O azulado solta o queixo do garoto e observa a expressão de raiva em seus olhos, o que o intriga profundamente.

Por um momento, Jisung quando fica de pé, para e o encara fixamente, como se estivesse prestes a revelar  algo importante.

— O que faria comigo se soubesse que não sou filho de um cara rico e influente? - questiona, mantendo o olhar firme no fundo dos olhos do outro

A pergunta inesperada provoca uma onda de emoções no peito do Lee . Ele sente a intensidade das palavras do garoto, como se fosse um desafio direto a sua própria noção de poder e controle. Por um instante, ele é tomado pela curiosidade e pela vontade de desvendar os segredos ocultos no olhar desse  jovem bonitinho.

— Te faria meu. - Responde, dando de ombros, mas no fundo, a resposta carrega um misto de interesse e uma estranha atração pela audácia dele  e os segredos que carrega consigo. O que não deve ser poucos.

O ar fica carregado com a tensão entre eles, enquanto ambos se estudam como adversários em um jogo perigoso. Jisung parece desafiar todas as expectativas de Minho, levantando questões sobre sua identidade e seus propósitos.

Enquanto isso, Minho sente-se intrigado e atraído por esse garoto de personalidade forte, cujos olhos transmitem uma melancolia.

A sala fica em silêncio por um momento, enquanto o suposto chefe  volta para a cadeira, tentando disfarçar as emoções conflitantes que surgiram com a pergunta de Jisung e sua própria resposta. Felix observa a interação entre os dois, percebendo a tensão no ar, mas opta por não se intrometer.

Há muito mais a descobrir sobre Jisung e seus segredos, e Minho está determinado a desvendar cada mistério que envolve esse enigmático jovem que, de alguma forma, cruzou seu caminho.

Continua...

Chefe da máfia (MINSUNG)Onde histórias criam vida. Descubra agora