três

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— Primeiro, bom, sei que vivo eu não saio daqui mesmo...Deixem eu me apresentar, sem rodeios. Meu nome é Jungsu. Eu sou motorista de táxi só de fachada. Eu mato e sequestro pessoas assim que ordenados. - Diz com frieza, mantendo um olhar imperturbável mesmo após as sessões de tortura.

A revelação de Jungsu sobre seu verdadeiro trabalho deixa Jisung ainda mais perturbado. O fato de seu "próprio pai" tê-lo mandado para a morte é algo que ele mal consegue processar. Só que isso é realmente demais.

— Quem te contratou foi o  pai dele? Han SooMin?- Minho questiona, mantendo-se sério.

— Sim, foi o Sr. Han SooMin. Ele me deu um endereço e disse para levar o garoto até o tal. Acabamos aqui, não sei os motivos, mas ouvi algo sobre esse garoto. - Jungsu olha fixamente para Jisung, o que faz o jovem sentir um calafrio percorrer sua espinha.

Sentindo a tensão no ar, Jisung busca controlar suas emoções. A lembrança das falas, da conversa, da ideia de ser filho daquele ser , é desconcertante e traz à tona uma série de questionamentos sobre sua identidade e passado.

— Você ouviu alguma coisa sobre o Jisung? O que exatamente? - Minho pressiona o motorista em busca de mais informações.

— Eu ouvi rumores... Algumas pessoas disseram que ele não é filho de Han SooMin, mas sim de um mafioso procurado. Mas eu não sei se isso é verdade. - Jungsu comenta, e Minho nota o olhar de Jisung em busca de respostas.

— Jisung, você sabia disso? - Minho se dirige ao jovem.

— Que?... Não tinha certeza, eu ouvi uma briga entre ele e minha mãe sobre minha paternidade e da minha irmã , mas não sabia que era de um mafioso que eles falavam. - Jisung soa sincero, mas não é, seus pensamentos em uma confusão enquanto tenta absorver a "nova"informação.

— Jisung... Jisung... - Jungsu franze a testa, esforçando-se para lembrar de algo. Todos o observam com atenção, aguardando suas próximas palavras. — Ah, sim, Han Jisung. Você precisa saber que o Han SooMin não quis te matar com as próprias mãos como a sua irmã , ele te mandou para a toca do leão. - O homem sorri maléfico, e Jisung sente seu coração apertar com a revelação.

— O que está querendo dizer? - Jisung tenta se aproximar de Jungsu, mas Minho o segura, preocupado com a possível reação do jovem.

— Ele está te provocando, talvez precise perder mais algumas unhas. - Minho comenta com ironia, mas não deixa de prestar atenção no diálogo.

— O que mais você sabe? - Jisung indaga, sentindo uma mistura de ansiedade e raiva percorrer seu corpo. Quer o fitar de perto mas Minho não solta sua cintura.

— Isso é tudo, eu fui pago para te trazer até aqui, contei sobre um rumor, agora, vai de você lidar com as consequências de seus atos. - Jungsu encerra suas palavras com um sorriso perverso, parecendo desfrutar do sofrimento que causa.

— Desgraçado. - Jisung murmura, sentindo-se impotente diante da situação.— Me solta! - se direciona a Minho que o solta.

O Lee olha pra própria mão e franze o cenho — Tá bom, chega. - Minho diz, interrompendo o contato com Jungsu. — Changbin, cuide dele, e Jisung, vamos embora. - Minho pega o menor pelo pulso e o conduz para fora do galpão, deixando o motorista para trás.

Jisung sente um certo alívio e angústia ao deixar o galpão. O peso das revelações é avassalador, e ele não sabe como lidar com a ideia de ser filho de um mafioso procurado e de ter sido mandado para a morte por alguém que acabou de confirmar  não ser seu  pai de verdade e que matou sua irmã ainda.

— O que vão fazer com ele? - Jisung pergunta, ainda se sentindo tenso com a situação.

— Changbin vai cuidar dele, não é mais útil. - Minho responde com desdém, e antes que Jisung possa processar completamente as palavras, um único tiro é ouvido ao longe.

Chefe da máfia (MINSUNG)Onde histórias criam vida. Descubra agora