Quatro

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Jisung acorda com o primeiro raio de sol da manhã invadindo o quarto. Ele decide tomar um banho para se refrescar e, ao entrar no banheiro luxuoso, sente-se um pouco deslocado no ambiente extravagante, mesmo já sendo acostumado.

Enquanto se despe, ele não pode deixar de notar o contraste entre sua roupa anterior e as roupas que Minho deve usar regularmente, acabou por pegar umas peças emprestado.

Ao vestir a camisa do homem , ele percebe que a peça, obviamente feita para um homem muito maior, fica como um vestido em seu corpo esguio. Isso o faz sorrir de forma tímida, pensando na peculiaridade da situação.

Enquanto coloca a cueca dele , ela é grande para sua cintura mas se encaixa em sua bunda perfeitamente, o fazendo se admirar, e se sente melhor  por poder usar roupas tão confortáveis.

Enquanto Jisung se olha no espelho, ele tirou os curativos de seus pulsos para tomar banho, mas ainda pensa no cuidado que Minho teve com suas feridas na noite anterior. Mesmo que ainda haja uma certa hesitação em relação ao homem,o garoto  começa a reconhecer a preocupação genuína e protetora que o mesmo   tem demonstrado.

Esse que entra no quarto no momento em que Jisung termina de se arrumar. Seus olhares se encontram no reflexo do espelho e, por um momento, há um silêncio tenso entre eles. Jisung pode ver a inquietação nos olhos do azulado.

— Você está melhor hoje? - O citado pergunta, quebrando o silêncio enquanto se aproxima.

—Eu tô bem... Desculpa pelas roupas, mas eu realmente queria um banho - Jisung responde de forma tímida, desculpando-se rapidamente pelas roupas.Ele parece tenso e evita olhar diretamente para Minho.

Esse que  se aproxima ainda mais dele .
— Não se preocupe com as roupas, outro dia podemos ir às compras e você escolhe o que quiser. Não me importo  - ele diz simples . Sem tirar os olhos do garoto com suas roupas.

—Eu não sei se quero ficar, realmente quero pensar ainda.- confessa parecendo incerto.

Minho mantém seu olhar fixo nos olhos do garoto agora , a proximidade entre eles é palpável.
— Eu entendo que tudo isso é novo e assustador. Não vou te forçar a ficar, não me importo com sua decisão, mas se ficar, ótimo.  - Minho responde, sua voz firme balança muito com o menor.

O coração desse que acelera com a proximidade do homem, mas ele se esforça para tomar uma decisão com clareza.
— Eu agradeço por tudo o que tem feito por mim, mas preciso de um tempo para pensar sobre tudo isso - Jisung diz, tentando ser honesto consigo mesmo e com ele.

Minho assente, respeitando a decisão alheia .
— Está bem, por mim tanto faz.

O homem parece mudar facilmente de atitudes com ele, o que faz o Han pensar estar sendo manipulado pela gentileza e rostinho bonito dele.

Alguém da máfia não poderia ser tão gentil assim. Jisung também pensa  em se manter firme e ter um pé atrás, evitar decepções. Mas por enquanto mantém a guarda baixa.

—E foi mal por ontem, eu não queria ter sido interpretado daquela forma - Jisung finalmente se livra do que veio atormentando seus pensamentos desde que Minho saiu do quarto anteriormente, por mais que não goste do mais velho e do que ele faz, não pode simplesmente ignorar sua humanidade, ontem ele ficou chateado.

—Tudo bem, não me importo - Minho faz um carinho nos cabelos de Jisung. — Vamos tomar café da manhã, foi pra isso que vim te chamar, o Felix foi ao mercado  - Se vira de costas para sair. mas depois de pensar um pouco, Jisung o puxa pela mão.— O que foi?- questiona vendo que o garoto  desvia o olhar pro chão.

Chefe da máfia (MINSUNG)Onde histórias criam vida. Descubra agora