Chefe da máfia (MINSUNG)

Quatorze

—Idiota, nunca mais faça isso.- Minho está caminhando de volta para casa com Jisung no ombro se debatendo.

—Me solta Lee Minho, me solta - tenta bater nas costas do homem mas é inútil. Minho nada diz.— Me solta, Lee Minho, me solta! - Jisung continua a se debater, sua voz carregada de raiva e frustração. Sua mente está cheia de pensamentos conflitantes, e a revelação dolorosa que Minho fez ainda está reverberando dentro dele.

Minho para de caminhar e, frustrado pela insistência de Jisung, finalmente solta-o no chão. Ele segura os ombros dele com firmeza, olhando em seus olhos com uma expressão séria.

— Jisung, pare com isso! - Minho soa ríspido, sua voz carregada de tensão e Jisung lacrimeja— Eu entendo que você está com raiva e confuso, mas você também precisa entender que eu não contei antes porque não sabia como lidar com isso. Eu estava tentando proteger você.

A raiva de Jisung começa a diminuir um pouco, dando lugar à tristeza e confusão. Ele se afasta dos braços de Minho, mas não recua.

— Você estava tentando me proteger? - Jisung questiona, sua voz trêmula. — Proteger de quê, Minho? Da verdade? Eu merecia saber, merecia ter o direito de escolher se queria ou não enfrentar isso!

Minho solta um suspiro pesado, seus olhos mostrando sinais de arrependimento. Ele passa uma mão pelos próprios fios azuis, visivelmente lutando para encontrar as palavras certas.

— Eu sei, eu sei que você merecia saber. E eu errei em não contar antes. Mas eu estava com medo de te machucar ainda mais, de trazer de volta todas as memórias dolorosas. Eu estava tentando proteger você do peso disso tudo.

Jisung abaixa o olhar, sentindo um nó na garganta. Ele está magoado e ainda se sente traído pela falta de confiança de Minho.

— Eu entendo que você queria me proteger, mas não era sua decisão fazer isso por mim. Eu merecia ter a oportunidade de escolher o que fazer com essa informação, não importa o quão dolorosa seja. Eu estava disposto a estar ao seu lado, Minho, e você não me deu essa chance.

As palavras de Jisung são carregadas de tristeza e desapontamento. Minho sente o peso de suas escolhas e olha nos olhos de Jisung com sinceridade.

— Você está certo. Eu falhei em confiar em você e em dar a você a chance de escolher. Eu sinto muito. - Minho diz, sua voz suavizando. — Eu entendo se você está com raiva de mim, e eu vou aceitar qualquer decisão que você tomar em relação a isso.

Jisung olha para Minho, sua raiva começando a ceder à exaustão emocional. Ele suspira e passa uma mão pelo rosto, sentindo-se esgotado.

— Eu não sei o que fazer com tudo isso agora. - Jisung suspira, sua voz carregada de confusão e cansaço emocional.

Enquanto eles ainda tentam entender a situação entre eles, Minho ouve barulhos suspeitos vindos da floresta. Ele age rapidamente, puxando Jisung para se esconder atrás de uma árvore grossa. Ele pressiona Jisung contra a árvore, colando seu corpo no dele e tapando a boca dele com a mão, sinalizando para que fique em silêncio.

Os olhos de Jisung se arregalam de surpresa e preocupação. Seus batimentos cardíacos aceleram, e ele olha para Minho, buscando respostas em seus olhos.

Minho mantém um olhar sério enquanto observa atentamente o que está acontecendo na floresta. Eles estão escondidos, tentando não chamar a atenção para si mesmos, enquanto tentam descobrir a origem dos barulhos suspeitos.

O ambiente ao redor parece tenso, os sons da floresta se misturam com a ansiedade palpável entre Jisung e Minho. O maior aperta o corpo de Jisung contra o seu, mantendo-o seguro e protegido, mas também limitando seus movimentos.