Vinte e três

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Minho desperta em meio a uma escuridão densa, seus sentidos gradualmente se ajustando ao ambiente sufocante e opressivo que o cerca. Ele tenta se mover, mas a sensação de restrição o atinge de imediato, sua pele entrando em contato com algo frio e áspero. Ao tentar mover os braços e as pernas, a constatação terrível toma conta dele: ele está amarrado a uma cadeira.

Um calafrio percorre sua espinha enquanto ele luta contra as amarras que o mantêm preso. A tensão das cordas contra sua pele é incômoda e dolorosa, e ele percebe que cada tentativa de se soltar só intensifica o desconforto. Seus dedos tremem enquanto ele tenta sentir os detalhes das amarras, suas mãos buscando desesperadamente por alguma folga, alguma maneira de escapar.

O ambiente à sua volta é um espetáculo de escuridão, um abismo sem fim que envolve sua visão e oprime seus sentidos. O ar é espesso e úmido, e um cheiro desagradável paira no ar, misturando-se com a sensação de claustrofobia que Minho começa a experimentar. Ele inspira com dificuldade, a escuridão e o fedor contribuindo para sua confusão crescente.

Seu coração bate freneticamente, o som ressoando em seus ouvidos enquanto ele tenta entender o que está acontecendo. A última coisa que ele se lembra é da festa, da projeção holográfica, e então a memória se torna um borrão. A sensação de confusão é avassaladora, sua mente buscando desesperadamente por respostas enquanto ele tenta conectar os pontos.

À medida que seus olhos se ajustam gradualmente à escuridão, Minho começa a perceber a figura sombria diante dele. Um homem está lá, a poucos metros de distância, sua presença sinistra emanando uma aura de perigo iminente. Minho luta para focar seus olhos na figura, os contornos se tornando mais nítidos à medida que sua visão se aclimata.

O reconhecimento o atinge como um soco no estômago, Minho morde os lábios com raiva.
— Suwo...
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Na sala escura da casa de Minho, Jisung se ergue como um líder determinado diante de seus parceiros. Sua expressão é séria, mas há uma determinação ardente em seus olhos, uma centelha que revela seu compromisso inabalável com a missão que têm pela frente. Ele olha para cada rosto familiar reunido ao seu redor - Hyunjin, Seungmin, Jeongin, Changbin e Felix. A tensão no ar é palpável, mas também há uma confiança inquestionável na liderança de Jisung.

Jisung começa a reunião com um tom de voz firme e decidido.— Nossa prioridade agora é trazer Minho de volta em segurança. Nós sabemos que ele está em um local desconhecido, mas temos uma vantagem: o localizador interno que Minho e eu temos implantado em nossos corpos. Isso nos dará a precisão que precisamos para localizá-lo.

Seungmin olha atentamente para Jisung, suas mãos apertadas em punhos determinados.
— Se temos essa vantagem, então temos que agir rapidamente. Minho pode estar mais fodido do que a gente imagina.

Jisung assente, concordando com as palavras de Seungmin.— Estou ciente. Mas também precisamos ser cautelosos. Não sabemos quem tudo está envolvido nisso. Vamos formular um plano detalhado antes de nos movermos.

Changbin interrompe com sua voz carregada de preocupação.— E se eles perceberem que estamos chegando? Minho pode estar em perigo iminente. Temos que garantir que nossa abordagem seja discreta e que não comprometa a segurança dele.

Jisung assente, agradecendo pelo ponto levantado por Changbin.— É por isso que precisamos considerar todas as possibilidades. Faremos uma avaliação completa da situação e decidiremos qual é o melhor curso de ação. Minha prioridade número um é a segurança do Minho, e não farei nada que possa colocá-lo em risco.

Felix se manifesta, sua expressão determinada.
— Podemos contar com o elemento surpresa, certo? Se eles não esperam que venhamos atrás de Minho, isso nos dá uma vantagem. Se for Suwo, ele só espera por Jisung.

Chefe da máfia (MINSUNG)Onde histórias criam vida. Descubra agora