Treze

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— As câmeras de segurança estão todas ok.- Jisung diz girando na cadeira para a direção de Minho que está terminando de recarregar armas.

— Está bem, fiquei preocupado com a qualidade delas já que essa casa não é usada a tempos e tudo parece meio enferrujado, eu mandei eles organizarem tudo mas as da floresta eu tinha minhas dúvidas. - Minho termina mais uma arma.

— Ok... - Jisung se levanta e se aproxima da mesa que o Lee está, anda em passos disfarçados com seus pés descalços . — Você acha que vão nos achar? Tipo, como saberão a localização desse lugar? - questiona se sentando na mesa, sua saia se levanta brevemente e Minho instantaneamente rola a cadeira para frente do garoto e se encaixa no meio de suas pernas.

— Sendo bem sincero, não tenho certeza, mas estão realmente determinados a nos achar.- Minho responde e se aconchega entre as pernas do outro. Ele suspira suavemente, como se o contato físico trouxesse um alívio momentâneo para a tensão que os cerca.

Jisung descansa os braços ao redor dos ombros dele, segurando-o com carinho enquanto olha para as telas das câmeras de segurança.

— Eu tô com fome - comenta e Minho sorri contra suas pernas.

— É verdade, no fim não comemos ainda - levanta o corpo e fica de pé a frente dele.

— Você está bem mesmo?- questiona levando uma mão até o rosto alheio  e fazendo carinho ali.

—Claro, só estou com fome também - o olhar dele é distante e Jisung não tarde em selar seus lábios.

Os lábios de Jisung pressionam contra os dele, e puxa levemente a gravata para se aproximar mais, em um beijo suave e reconfortante que parece dissipar um pouco mais da tensão que os envolve. Minho se inclina mais para o beijo, fechando os olhos e se entregando ao calor do toque alheio .

Depois de um momento, eles se separam, mas permanecem próximos, seus olhos fixos um no outro. Minho sorri suavemente para Jisung, seus dedos tocando a mão que ainda está em seu rosto.
— Obrigado. Você sabe como me acalmar.

Jisung retribui o sorriso. — Isso é o que nós vamos fazer um pelo outro, não é?

Minho assente, ainda segurando a mão dele.
— Sim, é isso.

Enquanto estão ali, juntos e tão perto, eles parecem encontrar um refúgio momentâneo da incerteza que os cerca. O carinho de Jisung, suas palavras e toques, são lembretes constantes de que eles não estão sozinhos nessa situação.

— Vamos, vamos fazer algo para comer- diz Minho, guiando o outro até a cozinha.

Lá eles começam a vasculhar a despensa em busca de algo que possam preparar.

Enquanto trabalham juntos na cozinha, a atmosfera parece se tornar mais leve. Eles compartilham risadas, pequenas brincadeiras e momentos de conforto enquanto preparam uma refeição simples.

— Eu me sinto estranho - diz Jisung, pegando um pedaço de pão e oferecendo a Minho.

Minho aceita o pão com um sorriso, olhando nos olhos de Jisung. — Eu também. - Responde em quanto corta uns tomates.

Eles (Minho) continuam a cozinhar desfrutando da companhia um do outro e da sensação de normalidade que a refeição traz. Enquanto o mundo lá fora continua cheio de incertezas.

Mas Minho está um pouco distante, está remoendo o fato de que Jisung ainda não sabe de seu verdadeiro pai.

O Lee descobriu, sabe que ele é Suwo, o homem que mandou estuprar Jisung, ele que matou o pai de Minho. Essa angústia continua a crescer dentro dele, uma verdade difícil de compartilhar e que agora parece pesar ainda mais em seus ombros.

Chefe da máfia (MINSUNG)Onde histórias criam vida. Descubra agora