𝗜.

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𝐎𝐏𝐄𝐍 𝐀𝐑𝐌𝐒

O passado nos encontra.

Este é o resultado de um resgate em plena luz do dia. — o repórter dizia — Havia vinte e seis presos perigosos sendo transferidos.

   Troco de canal.

Todos os presos foram recapturados, exceto um: Dominic Toretto.

   Fazia tempo desde que eu não escutava esse nome.

   Mais precisamente: quatorze anos.

   Faziam quatorze anos desde que Jacob e eu fomos expulsos de casa, da família. E desde então, não procurei saber nada daqueles que nos abandonaram. Nunca vieram atrás de mim ou ao menos tentaram alguma comunicação.

   Troquei de canal novamente.

A polícia acabou de revelar a identidade do homem que supostamente realizou a ação espetacular de hoje a tarde que, por sorte não fez nenhuma vítima. — o jornalista diz — É o ex-agente federal: Brian O'Conner.

   Caralho, não tem outro assunto?

   Mais uma vez troquei de canal.

A verdadeira operação foi montada para caçar os três fugitivos. A polícia federal e a local juntaram forças para tentar encontrar Dominic Toretto e seus comparsas Brian O'Conner e Mia Toretto. — seria inútil, isso eu sabia.

   Se tinha uma coisa em que os Toretto eram bons, além de correr, era se proteger. Ao menos Jacob e eu éramos bons, se Mia e Dom seguissem nossa linha, seriam ótimos também.

   Os rostos deles estavam estampados em todos os jornais juntos a de um loiro que eu não conhecia.

Apesar do país inteiro estar procurando por eles, ninguém sabe informar o paradeiro dos Toretto e O'Conner. — outra jornalista diz.

   Desligo a Tv, não queria ver mais nada relacionado a eles.

   Havia algum tempo que eu e Jacob havíamos seguido caminhos diferentes. Decidimos que seria melhor assim, mais seguro. Ainda mantínhamos contato, óbvio, todos os dias em um horário específico nos ligávamos e conversávamos.

   Nesse momento eu estava em São Paulo, no Brasil. Minha vida aqui era ótima, vivia de rachas, tinha um apartamento legal e até um carinha. Eu havia feito uma nova vida, nova nacionalidade praticamente. Meu português era perfeito.

   Aqui eu era conhecida como Heloísa Torres. Usar o nome Toretto era quase como pintar um alvo em minhas costas, então mudei.

   Ninguém sabia nada do meu passado, eu havia feito um bom trabalho apagando tudo e qualquer coisa que pudessem achar sobre "Lia Toretto". Aqui eu recomecei do zero.

   A cultura brasileira já estava impregnada na minha alma. As músicas, novelas, as pessoas, tudo aqui já fazia parte de mim e eu amava.

   Chega de fugir.

   Mas...

   O passado nos encontra.

𝐎𝐏𝐄𝐍 𝐀𝐑𝐌𝐒 | tej & owen shawOnde histórias criam vida. Descubra agora