𝗫𝗫𝗫𝗩𝗜.

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𝐎𝐏𝐄𝐍 𝐀𝐑𝐌𝐒

O Homem que Você Conheceu.

   Ao chegar no loft que eu aluguei pra ficar quanto tempo fosse preciso, tirei a jaqueta e a joguei em qualquer canto. Era um imóvel mobiliado, simples, pois eu tinha prioridades maiores que luxo agora.

   Eu estava próxima de reencontrar Owen.

— Amanhã você vai me levar até o seu irmão. — digo encarando Shaw, que estava parado como uma estátua perto do sofá.

   Vi seu semblante insatisfeito e semicerrei meus olhos. Eu sabia que ele não faria aquilo de boa vontade, mas tínhamos um acordo e era a hora dele cumprir o que prometeu.

— Acho que ainda é muito cedo pra isso. — ele diz e eu vou até a cozinha.

— Muito cedo? Eu discordo. — pra mim já era mais que tarde, era como se tivéssemos perdidos uma década de uma vida que podíamos ter passado juntos.

— Discorda agora, mas achou muito conveniente me tirar daquele buraco depois de meses. — ele diz irônico e eu reviro os olhos.

— Você merecia apodrecer naquele lugar. Devia me agradecer de não ter te largado lá de vez. — retruco e ele ri fraco.

— É assim que você quer me convencer de te levar ao Owen? — ele debocha.

— Não vou te convencer de nada. Temos um acordo e agora é a sua vez de cumprir. — digo simples e é assente.

— Acho que eu posso demorar alguns meses pra querer cumprir minha parte também. — ele diz simples se sentando no sofá.

   Aquela conversa estava me irritando, mas eu não mostraria isso a ele. Bufei em silêncio e respirei fundo.

— Do mesmo jeito que eu te tirei daquele lugar eu posso te mandar pra lá de novo, lembre-se disso. — digo indo em direção ao quarto com uma cerveja em mãos.

— Então de que valeria seu esforço? — ele pergunta alto.

   Reencontrar Owen era a resposta. Eu podia fazer isso sozinha, mas tínhamos um acordo até agora. Se ele não quisesse mais fazer parte, eu podia facilmente devolver ele ao presídio.

   Bebi um longo gole da bebida e me sentei na cama. Abri meu celular e disquei o número de Jacob.

— Jay? — pergunto depois de esperar três segundos.

— Como estão as crianças? — ele pergunta e eu sorrio.

— Estão bem e as suas? — respondo em código.

— Bem também. — ele diz — A gripe tem sido um problema ultimamente, tenha cuidado.

— Ouvi dizer mesmo. — digo.

   Desliguei a chamada e bebi outro gole. Apoiei a garrafa em uma mesinha perto da cama e deitei minhas costas no colchão, deixando minhas pernas dobradas como se eu ainda estivesse sentada.

   Rever Shaw depois de meses era como um soco no estômago. Era impossível esquecer o que ele causou nas nossas vidas e também era difícil ignorar o que ele tinha causado em mim no pouco tempo que passamos juntos.

𝐎𝐏𝐄𝐍 𝐀𝐑𝐌𝐒 | tej & owen shawOnde histórias criam vida. Descubra agora