𝗫𝗫𝗜.

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𝐎𝐏𝐄𝐍 𝐀𝐑𝐌𝐒

Oportunidades não vão faltar.

Fui deitar com a sensação de ser a pessoa mais burra do mundo. Eu estava deixando meu coração falar mais alto sem nem perceber. Eu estava começando a confiar de mais em Owen e seu teatrinho de homem apaixonado. Eu estava caindo na minha própria armadilha.

Não falei com ninguém, nem com a Letty. Não estava com cabeça pra mais nada naquela noite. Primeiro o lance com Tej no racha, depois Owen e Adolf. As coisas estavam começando a sair do meu controle e eu não estava gostando nada disso.

Na manhã seguinte acordei mais cedo que o normal. Não consegui dormir direito, fiquei rolando na cama a madrugada inteira com milhões de pensamentos me incomodando.

Me levantei e fui em direção a sala principal da base, o barulho das goteiras me incomodando pra piorar meu humor. Pra minha surpresa, Letty já estava lá, com o colar de Dom enrolado na mão.

— É bonito, né? — pergunto e ela me olha — Não ele. — brinco apontando pra foto do meu irmão — A corrente.

— Sim... — ela diz e eu sorrio — Só não entendo porque Toretto me deu.

— Por que você é da família. — digo baixo segurando sua mão com a corrente.

— Liz, olhando pra mim, de verdade, o que você vê? — ela pergunta e eu a analiso tentando entender onde ela queria chegar — Eu não sou mais a Letty que você conheceu.

— Pra mim ainda parece a mesma. — digo apertando levemente sua mão com a corrente entre nossas palmas — A gente vai voltar pra casa. Confia em mim.

Ouço passos e olho pra trás, vendo Owen chegando.

— Bonito... — ele diz se aproximando de Letty — Posso ver? — ele pede estendendo a mão e Letty o entrega a corrente, deixando-o analisar a prata.

Letty parecia despreocupada, olhando pro teto enquanto eu analisava Owen pensando no que ele queria agora.

— Vou te fazer uma pergunta, Letty. E quero que pense muito bem antes de responder. — ele diz firme a olhando — Quando eu te der a ordem pra matar o Toretto, no que vai pensar primeiro?

Engulo em seco e disfarço.

— Por que você não olha nos meus olhos e me diz, o que você vê? — Letty o responde ríspida em tom de desprezo.

Owen da um sorriso ladino e nossos olhares se criam por um instante. Ele estende a corrente de volta pra Letty enquanto ela continuava encarando seu rosto.

— Pode ficar. — ela diz saindo.

Owen joga a corrente na mesa e me olha.

— Temperamental ela, né? — ele diz e eu apenas o olho — Ainda chateada por ontem? — ele pergunta e eu não o respondo — Qual é, Liz. Que diferença faria se eu te contasse ou não que Adolf estaria lá?

Encaro a corrente na mesa e o olho friamente. Aquilo era um pequeno pedaço da minha família e a forma que ele jogou tão descuidadosamente e com tanto desprezo fez meu sangue ferver.

𝐎𝐏𝐄𝐍 𝐀𝐑𝐌𝐒 | tej & owen shawOnde histórias criam vida. Descubra agora