𝐎𝐏𝐄𝐍 𝐀𝐑𝐌𝐒
❝ Ilusão. ❞
Eu não precisava me levantar pra saber que o lugar estava lotado de soldados, eu sabia que eles me achariam logo, mas não imaginei que seria tão rápido.
Uma parte de mim estava grata pela rapidez, eu estava começando a surtar por mil motivos diferentes aqui dentro. Shaw, Owen vivo, Shaw me lembrando até demais Owen, ver Shaw e automaticamente lembrar da noite do acidente e da morte de Han, lembrando da morte de Han eu lembrava da Gisele, que morreu em Londres, onde eu conheci Owen, que também é a razão de Gisele e Han estarem mortos, até ontem eu acreditava que Owen estava morto, mas ele aparentemente não está.
A outra parte queria mais tempo com Shaw; talvez eu conseguisse alguma informação útil, qualquer coisa. Mas isso era mais um capricho meu do que uma necessidade. Talvez eu estivesse tão desesperada por qualquer sentimento que não fosse o luto que eu estava disposta a fazer qualquer loucura que aparecesse em minha frente.
Era muita coisa pra assimilar de uma vez só. Eu estive bloqueando esses sentimentos o máximo que eu consegui nos últimos dias, mas estavam todos começando a transbordar.
— É só isso? É só o que eu mereço? Uma dúzia de homens. — ouço a voz ríspida e debochada de Shaw.
Eu estava escondida o suficiente pra nenhum soldado conseguir me enxergar e eu ainda não tinha decidido se isso era bom ou ruim. Talvez fosse um pouco dos dois. Eu não queria ser vista nessa situação, mas precisava sair daqui.
— Você vai ver que é mais do que suficiente. — ouço a voz de um dos soldados.
Meus sentidos estavam em modo de alerta. Os segundos de silêncio me deixavam ainda mais tensa. Minhas mãos ainda tremiam, mas pelo menos minha respiração estava mais controlada. Eu não fazia ideia do que esperar de Shaw naquela situação. Não sabia seus planos, muito menos se tinha um. Não sabia se sairia daqui vivo, se saísse.
Então, no segundo seguinte, ouvi um arranhão de metal; e eu conhecia aquele som melhor do que eu gostaria de admitir. Claro que Shaw estava sempre um passo a nossa frente. Ouvi os soldados se moverem rapidamente, talvez buscando proteção. Seus passos eram o único barulho na sala. Forcei minhas mãos a pararem de tremer e me recompus tão rápido que eu mesma me surpreendi. Eu estava ficando boa nisso.
— Eu tô pronto pra conhecer o meu criador, e você? — ouço a voz de Dom e sinto a adrenalina sendo injetada mais uma vez em minhas veias.
— Tava esperando o que, Toretto? Me pegar desprevenido? Eu aqui, balançando uma bandeira branca. — ouço o tom debochado de Shaw — Conhece o ditado: "o inimigo do meu inimigo é meu amigo"? — Shaw pergunta.
Nesse ponto eu já estava de pé, cada segundo mais próxima de onde eu estive jantando a pouco menos de dez minutos. Eu andava tão silenciosamente quanto um fantasma, fui treinada pra isso, me escondendo entre as tralhas, tentava me manter invisível.
— Eu não tenho amigos. Tenho família. — Dom disse firme enquanto eu o olhava de longe.
Olhei ao redor e vi o Sr. Ninguém olhando para cada canto alto do lugar e franzi o cenho. Comecei a estudar tudo na sala e, a tranquilidade de Shaw me preocupou. Ele estava cercado e, mesmo que talvez isso não fosse nada demais pra ele... tinha algo errado. Brian me achou no meio de algumas peças ao mesmo tempo que eu o encarava. Fiz sinal de silêncio pra ele, que me olhava com os olhos arregalados, mas parecia aliviado de me ver bem, então apontei para a minha orelha, pedindo pra ele tentar escutar alguma coisa diferente.
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𝐎𝐏𝐄𝐍 𝐀𝐑𝐌𝐒 | tej & owen shaw
Fanfiction𝐎𝐏𝐄𝐍 𝐀𝐑𝐌𝐒 - Onde Lia Toretto luta contra tudo, inclusive si mesma para o seu próprio bem e daqueles que ama. Em um mundo de ódio, o amor pode surgir onde menos se espera. ❝ ɴᴏssᴏs ᴘᴇᴄᴀᴅᴏs sᴇᴍᴘʀᴇ ᴅᴀᴏ ᴜᴍ ᴊᴇɪᴛᴏ ᴅᴇ ᴠᴏʟᴛᴀʀ ᴘᴀʀᴀ ɴᴏs. ❞ início: 11...