𝗫𝗩𝗜𝗜.

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𝐎𝐏𝐄𝐍 𝐀𝐑𝐌𝐒

Ousada, Destemida e Mentirosa.

Havíamos acabado de chegar a Berlim com um avião de carga próprio com nossos carros dentro. Ficaríamos de tocaia perto da fronteira de Brandemburgo e Berlim, no meio do mato, esperando o comboio com as peças que Owen queria.

— Agimos daqui duas horas, quando o comboio estiver saindo de Brandemburgo e entrando em Berlim, pela 114. — Owen diz sério — Se tiverem qualquer dúvida sobre o plano ou quiserem voltar atrás, o momento é agora. — ele nos desafia, olhando pra mim com desconfiança.

O último mês foi puxado, estudei o plano mais de mil vezes e sabia ele até de trás pra frente, me aproximei de Letty e da equipe, mas mantendo o profissionalismo. Owen parecia desconfiado de algo, e eu esperava que não fosse de mim. Ao mesmo tempo que ele viva flertando comigo, ele parecia querer descobrir algo.

A culpa estava me matando, estava impossível manter a atração que eu sentia por Owen distante, mesmo sabendo o perigo que ele oferecia a Letty. Owen tornava impossível não querer ele, o jeito que ele me tratava, me ensinava e me cuidava em meio aquilo tudo era algo que eu não esperava de alguém como ele.

Nesse meio tempo, me peguei o desejando e, as vezes quase cedendo aos seus encantos. Foram múltiplas as vezes em que nos trombamos pela fábrica e quase nos beijamos por impulso. A tensão sexual que nos envolvia falava alto, mas meu juízo e minha razão falavam mais alto ainda.

E ontem foi um desses dias.

— Liz, você tem certeza que quer fazer isso? — ele perguntou acariciando meus braços — É perigoso e eu não sei o que eu vou fazer se você se machucar.

— Eu não vou me machucar. Eu sei o que eu tô fazendo, Owen. — digo olhando em seus olhos, sentindo algumas borboletas.

— Liz, você é muito especial pra mim, sabe que pode me falar qualquer coisa. — ele diz e eu assinto sentindo sua intenção.

— Do que você tanto desconfia de mim? — pergunto e ele suspira.

— Não desconfio de você... — ele diz com acariciando levemente meu rosto — Eu só não entendo...

— O que? — pergunto e ele nega.

— Deixa.

— Eu já disse que tô com você. — digo e ele sorri.

— Até que ponto? — ele pergunta e eu penso por um tempo.

Até que ponto ia minha lealdade por ele?

— O que você sente por mim, eu sinto por você. — digo e vejo um brilho perigoso aparecer em seu olhar.

— Você é um perigo pra mim, Elizabeth. — ele afasta uma mecha de cabelo do meu rosto, olhando para os meus lábios.

— Acho que a Elizabeth tá com um pé atrás. — Vegh diz me tirando dos meus pensamentos.

— Me erra, Vegetal. — chamo ela pelo apelido que ela odiava.

— Como é? — ela vem tenta vir pra cima de mim, mas Klaus a segura e eu rio.

— Relaxa, tá nervosa? — pergunto com deboche — Não queremos que ninguém estrague o plano por falta de profissionalismo, né?

— Nervosa vai ficar você depois que eu quebrar tua cara! — ela aponta um dedo pra mim e Owen intervém.

— Você não vai quebrar a cara de ninguém. — ele diz pra Vegh e depois olha pra mim — E pelo amor de Deus, para de provocar briga.

𝐎𝐏𝐄𝐍 𝐀𝐑𝐌𝐒 | tej & owen shawOnde histórias criam vida. Descubra agora