𝐎𝐏𝐄𝐍 𝐀𝐑𝐌𝐒 | tej & owen shaw

𝗜𝗩.

𝐎𝐏𝐄𝐍 𝐀𝐑𝐌𝐒

❝ Tá Afim de Testar, Amor? ❞

   O carro de O'Conner e Mia estava na minha frente. O vento que entrava no carro esfriava minha mente e me deixava pensar melhor no que havia acabado de acontecer.

   Talvez Marcos estivesse certo e eu era uma filha da puta confusa. Mas de onde ele tirou que eu não o amava? Onde ele achou que tinha o direito de me xingar por querer ajudar Mia a não ir para a prisão estando grávida?

   Senti meu coração em pedaços.

   A apenas algumas horas meu relacionamento era o mais perfeito, agora eu não queria ele nem pintado de ouro.

   Antes que qualquer lágrima fosse pensar em cair, já engoli o choro e me mantive firme. Homem nenhum me esculacha não, homem eu uso.

   Achei que ele fosse diferente, não era.

   Marcos foi tão bom comigo que eu o amei. Meu Deus, ele foi tão infantil. Agiu como uma criança em um corpo de 1,85 de altura e músculos bem definidos.

   Acho que nós dois fomos dois babacas. Como fogo e gasolina, se entrarem em contato, explodem. Demorou, mas aconteceu.

Eu era mesmo um poço de contradições e uma imã de confusão, mas se ele não me queria assim, por que ficou por tanto tempo? Ele sabia muito bem como eu era, ele mesmo apontou isso.

   Não ia ficar me remoendo por um erro que não era meu.

   Logo chegamos em um galpão abandonado, sinistro. O'Conner estacionou perto da entrada e me mandou por o carro pra dentro.

   Dei a volta no galpão e achei uma entrada maior para carros. Vi que Mia e O'Conner ainda não haviam entrado, meu motor roncava alto, dois homens pretos encaravam meu carro com curiosidade, então estacionei atrás de um Ford Galaxie de 63 preto.

   Sai do carro arrumando meus cabelos que bagunçaram com o vento e secando algumas lágrimas teimosas, os dois homens me encarando como se eu fosse a última mulher da Terra.

   Os encarei e eles vieram até mim.

— Que pernas, hein, amor. — o careca diz e eu o olho de cima a baixo — Que horas elas abrem? — ele estende a mão pra mim e eu giro seu braço antes que ele fizesse qualquer coisa.

— Na mesma hora que eu quebrar seu braço. — o pressiono e ele grita.

   O outro homem parecia se divertir muito com a cena.

— Tá afim de testar, amor? — debocho sorrindo e ele me encara sério depois de eu o soltar.

— Qual é, amor. Era só uma brincadeira.

— Fica mexendo com quem você não conhece. — o outro homem ri batendo em seu ombro, fazendo o careca o olhar feio enquanto passava sua própria mão onde doía.

   Logo ouvimos outro motor e uma moto chega. Uma linda mulher desce e tira o capacete balançando os cabelos.

— Faz de novo, quero rir mais um pouco. — o homem debocha e o careca revira os olhos enquanto a outra mulher se aproxima.