𝗫𝗫𝗜𝗜𝗜.

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𝐎𝐏𝐄𝐍 𝐀𝐑𝐌𝐒

Eu também te amo.

Sai da base me sentindo pesada, destruída de várias formas; primeiro Shaw quase mata a Letty, de novo. Depois descubro que ele mandou Klaus e Vegh atrás da Mia. E então, a cereja do bolo: a agentezinha Hicks.

Ela sabia quem eu era. Ela sabia que eu estava contra o Shaw. Então por que Shaw parecia ainda não saber de nada? O que essa mulher estava planejando?

Minha cabeça estava rodando, meu corpo formigando, minhas mãos suando frio, meus ouvidos chiando e minha visão começando a escurecer. Eu estava sentindo meu coração pulsar como uma metralhadora enquanto mal conseguia respirar. Minhas pernas não me obedeciam mais, eu estava paralisada.

— Elizabeth, você vem? — ouço Shaw me chamando, sua voz parecia abafada — O que deu em você?

Sinto suas mão no meu rosto e finalmente desvio meu olhar dos meus pés. Ele parecia preocupado e apenas olhar para ele me fazia querer chorar e gritar.

— Não encosta em mim. — digo tentando firmar a voz, afastando suas mãos de mim — Você mentiu pra mim e me usou.

Minha respiração estava descontrolada, eu estava começando a hiperventilar. Tudo o que eu queria fazer era chorar.

— Isso aqui. — ele diz apontando pra Hicks atrás dele — Isso é teatro. Agora isso aqui. — ele diz apontando pro próprio peito e depois pra mim — Isso é real.

Travo meu maxilar.

— Você quase matou a Letty. — digo — Você matou centenas de inocentes só hoje. — aponto meu dedo em seu rosto.

— O que você esperava? — ele diz simples — Foram danos colaterais necessários pro meu plano.

— Você ameaçou me matar, Shaw! — digo alto e ele me encara duramente — Você ameaçou me matar oito horas depois de dizer que me protegeria de tudo. Isso foi o que? Outro dano colateral? É isso que eu sou pra você também? Outra peça substituível do teu joguinho?

— Você sabe que eu tava blefando, Liz. — ele diz tentando se aproximar — Eu nunca ofereceria nenhum mal a você.

— Não desvia do assunto. — digo firme sentindo meu sangue ferver de raiva.

— Não. Você não é nenhuma peça substituível. — ele diz irritado — Dá pra parar de drama logo? A gente tem que ir embora.

Eu não acreditava mais em nenhuma palavra que saia da boca dele. Isso é o que eu devia ter feito desde o início. Mas eu me deixei levar.

Assenti de cabeça erguida e passei batendo meus ombros contra o de Hicks, que me olhava com certo deboche. Pegamos uns carros e aceleramos pra pista de vôo. Hicks, Shaw e eu estávamos no mesmo carro, eles no banco da frente e eu sozinha no de trás.

— Mas e a irmã do Toretto? — Hicks pergunta e eu engulo em seco — A Mia. — ela diz me olhando de canto de olho.

— E por acaso ele tem outra? — Shaw questiona discando um número em seu telefone e Hicks da de ombros.

Hicks estava em vantagem. Ela podia me caguetar a qualquer instante.

— Não precisamos mais dela. — é a única coisa que ele diz antes de perceber que a ligação havia falhado — Cortaram o sinal.

— E como você vai liberar a garota? — pergunto.

— Não vou. — ele diz simples — Pelo menos não até chegarmos nela.

𝐎𝐏𝐄𝐍 𝐀𝐑𝐌𝐒 | tej & owen shawOnde histórias criam vida. Descubra agora