𝗫𝗟𝗜.

372 52 2
                                    

𝐎𝐏𝐄𝐍 𝐀𝐑𝐌𝐒

Cala a Boca.

Lia, eles acharam vocês. — ouço a voz firme do Senhor Ninguém pelo telefone e arregalou meus olhos.

— Onde eles estão? — pergunto acelerada.

Vocês tem que sair daí agora! — ele diz e eu desligo o telefone.

— Shaw! A gente tem que ir embora. — o sacudo na cama e ele acorda na mesma hora, assustado.

— O que houve? — ele pula da cama.

— Nos acharam. — digo pegando meu arsenal portátil.

Shaw, assim como eu, se apressa em pegar suas coisas e sair. Pego a chave do carro e saio correndo para o estacionamento sendo seguida por Shaw. Jogamos todas as coisas no carro e dou partida.

— Onde eles estão? — Shaw pergunta pondo munição em sua arma.

— Ninguém não disse. — digo saindo de ré do estacionamento e seguindo reto pela rua.

Shaw começa e olhar pra cima, a procura de qualquer sinal de um helicóptero militar e para trás, pra ver se algum carro nos seguia. Eu pisava fundo no acelerador e desviava de tudo que tinha no meu caminho.

— Estão nos seguindo! — Shaw diz e eu vejo dois carros pretos pelo retrovisor.

Estávamos ferrados. Não tínhamos pra onde ir.

— Eu tenho um plano. — digo e Shaw me olha rápido — Preciso que confie em mim e faça o que eu fizer.

Ele apenas assentiu. Fiz um giro de cento e oitenta graus, ficando frente a frente com os carros pretos, Shaw entendeu o que eu queria que ele fizesse e o fez. Começou a atirar e em seguida começamos a ser baleados também. Freei o carro e respirei fundo com a mão no câmbio.

— O que você vai fazer? — Shaw pergunta vendo os outros carros também parados.

Ronquei o carro e travei o maxilar. Acelerei contra os carros pretos, esperando que eles se dividissem, mas eles não o fizeram. Se não fosse pelo chassi reforçado, estaríamos eu e Shaw desmaiados agora.

— Você tá maluca? — ele diz se preparando pra atirar.

Continuei na direção oposta a onde os agentes estavam e entrei em outra rua.

— Eles tem que acreditar. — é a única coisa que eu digo.

— Estão em cima da gente. — ele diz e eu assinto.

Correndo pela contra mão e desviando dos carros que vinham ao nosso encontro, isso estava totalmente fora dos meus últimos planos. Não podia fazer nenhuma ligação, sabia que em segundos me grampeariam.

Estávamos cada vez mais cercados. Não tínhamos mais escapatória.

— Pega o volante. — digo e Shaw me olha confuso — Pega o volante!

Me jogo por cima dele e ele toma a direção. Alcanço a metralhadora no banco de trás e começo a atirar a queima roupa pra onde eu visse carros pretos. A posição não era das melhores e era bastante constrangedora, mas o cenário também era péssimo, não dava pra ser exigido muito.

𝐎𝐏𝐄𝐍 𝐀𝐑𝐌𝐒 | tej & owen shawOnde histórias criam vida. Descubra agora