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Terra 8

Gwen acordou com o som impertinente do alarme. Ela bocejou e desligou o alarme, sentando-se na cama e se espreguiçando. Olhou para o lado, encontrando um Miles adormecido. Sorriu e colocou os pés no chão , alcançando suas pantufas, podendo então se levantar e ir até o banheiro.

Nada como um banho matinal antes do café. Não levou muito tempo para estar pronta para mais um dia agitado em sua vida de mãe-aranha.

Se aproximou da cama, apoiando seus joelhos no colchão.

— Miles. — pronunciou o nome de seu amado, tocando levemente seu braço.

— Só mais cinco minutinhos. — murmurou, tampando o rosto com o travesseiro.

— Temos reunião com a professora da Charlotte hoje. — sorriu, ouvindo o marido resmungar e se levantar. — Vá se arrumar, e não demora! — se afastou da cama, prendendo o cabelo em um rabo de cavalo alto.

— Eu não ganho nem um beijo de bom dia? — fez um biquinho engraçado e Gwen revirou os olhos, dando-lhe um beijo rápido e saindo do quarto.

•••

— Max, tem certeza de que pegou tudo? — Miles perguntou, colocando a cabeça para dentro do quarto de seu filho caçula.

— Eu não consigo achar meu caderno de Ciências. — resmungou.

— Lógico que não, o seu quarto tá uma bagunça. — Charlotte passou pelo corredor, mexendo no celular sem parar.

Gwen parou na porta do quarto, cruzando os braços. Seu rosto se contorceu em desgosto ao ver o estado do quarto.

— Quando foi a última vez que arrumou esse lugar? — adentrou o cômodo, desviando de roupas sujas e outras tralhas. Pegou um dos travesseiros, encontrando o caderno.

— Ah, você achou! — o garoto pegou o caderno, colocando-o na mochila.

— Quando você voltar, vai arrumar essa bagunça. — colocou o travesseiro de volta em seu lugar e saiu do quarto. — Para o carro, vocês três.

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Gwen estava sentada na bancada da cozinha, seus dedos estavam apoiados nas sobrancelhas e o braço estava apoiado na própria bancada.

Como ela não havia percebido?

A Sra. Barnes, diretora da escola, contou sobre as crises de choro e ataques de pânico que Charlotte andava tendo na escola. Foi difícil marcar uma reunião com os pais , pois sempre haviam emprevistos como assaltos a bancos, algum vilão surtado ou algo do tipo.

Gwen estava se sentindo uma péssima mãe, mesmo sabendo que estava fazendo o seu melhor. Sabia que não era um trabalho fácil, e esperava que coisas assim acontecessem algum dia, mas não se sentia pronta para lidar com isso ainda.

A porta da sala foi aberta e Gwen enxugou suas lágrimas, ajeitando a roupa e indo receber sua família.

— Mãe, aconteceu uma coisa incrível hoje! — Max correu até a mãe, sendo recepcionado com um abraço.

— É? — sorriu com a animação do mais novo.

— Sabe aquela prova super difícil de matemática?

— Sim, você passou a semana toda estudando.

— Exatamente. Olha só! — estendeu a prova, mostrando sua nota. Gwen abriu um sorriso ainda maior e beijou o topo da cabeça de seu caçula.

Viva IntensamenteOnde histórias criam vida. Descubra agora