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Gwen estava sentada no topo da Oscorp.

Tinha pensado muito em Harry nas últimas semanas e sabia que não era um bom sinal.

Antes fossem só pensamentos. Tinha também aquela sensação estranha de querer estar com ele e toda aquela coisa de sorrir do nada sem motivo.

Ela reconhecia muito bem aqueles sintomas, e não estava nada feliz com eles.

Não fazia parte de seus planos se apaixonar por Harry, não era para isso acontecer. Eles eram amigos, parceiros de composição, parceiros de banda.

Mas é claro que ela não podia mentir para si mesma dizendo que eram só amigos, ela não o via como amigo, e já faziam algumas semanas.

Em pleno dezembro, a única coisa que Gwen queria era esperar pelo Natal, sem preocupações, sem sentimentos mais profundos.

Gwen resmungou, vestindo suas roupas comuns por cima do traje e indo até a estação de metrô.

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Gwen e Harry tinham se aproximado ao longo do ano, o que era óbvio, já que ela estava lidando com um término e ele estava ali para apoiá-la, porque é o que amigos fazem.

Mas no último mês, as coisas começaram a ficar estranhas.

Parecia tão idiota, há alguns meses ela tinha percebido que não sentia mais nada por Miles, e agora estava desenvolvendo sentimentos por Harry.

Claro, era um direito dela, mas ela precisava mesmo se apaixonar agora?

— Então você está se apaixonando pelo playboy rockeiro? — Hobie uniu as sobrancelhas, com um ar irônico. — Isso é muito bizarro.

— Eu sei. — escondeu o rosto com as mãos, queria sumir.

— Bom, agora vai ter que lidar com isso, sinto muito. — observou a mais nova. — Não é de todo mal. — Gwen o encarou. — Harry, por mais que eu odeie aquela mansão horrorosa, é um cara legal. Vocês deviam se pegar.

— Não. — pegou um copo e o encheu de água gaseificada. — Nós vamos continuar sendo amigos, e essa coisa vai passar. — colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha e bebeu toda a água de uma vez.

Claro, reprimir sentimentos, muito saudável, Gwen, muito saudável.

— Gwen. — esboçou um sorriso gentil, mas sério.

— Não vou falar com ele.

— Mas e se ele falar primeiro?

— Ele não vai. — saiu da cozinha, indo até seu quarto.

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Esther organizava as coisas em seu pequeno apartamento no Forest Hills. Era um apartamento de um quarto, o suficiente para uma jovem recém formada de vinte e dois anos.

Tinha cabelos crespos, em um tom de castanho bem próximo ao preto. O tom de sua pele se assemelhava a noz-peçã e seus olhos castanhos eram encantadores. Era de fato, uma jovem muito bonita.

Seus fones de ouvido tocavam Nobody Gets Me, e ela cantarolava enquanto terminava de arrumar suas coisas.

Estava em NY há duas semanas, tinha saído de Boston depois de cursar artes cênicas em Harvard e estava animada para morar na tão famosa Nova York.

Viva IntensamenteOnde histórias criam vida. Descubra agora