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Gwen não sabia dizer o que a deixava mais ansiosa, se casar ou se resolver com seu pai.

Provavelmente a segunda opção, porque nunca se sentia ansiosa com Harry.

— Gwen, estou em casa. — George anunciou sem nenhuma animação, estavam assim há alguns dias.

— Oi, pai. — saiu do quarto, usando uma blusa de moletom. — A gente precisa conversar. — ele assentiu, tirando seu casaco e puxando uma cadeira para se sentar.

— Tem uma coisa acontecendo, não é? — Gwen assentiu, sentando-se de frente para o pai.

Os dois ficaram em silêncio por alguns minutos, Gwen não tinha ideia do que dizer.

— Eu ainda penso naquele dia. — engoliu em seco. — Com bastante frequência nessas últimas semanas, e isso me assusta para caramba. — George suspirou. Ele se sentia um péssimo pai. — E meu sentido aranha entra em alerta quando você está por perto.

George já esperava por isso, ele tinha apontado uma arma para ela, não era como se isso fosse deixar de ser um problema tão facilmente.

Ele se lembrava de como tinha se sentido impotente naquele dia.

Pai, você tem tanto medo de mim assim?

— Quer falar sobre isso? — Gwen balançou a cabeça em negação.

— Te contar faz parecer menos horrível. — George riu nasalado. — Tem outra coisa.

— O quê? — Gwen esboçou um sorrisinho, colocando a mão sobre a mesa. — Ai meu Deus. — piscou algumas vezes, processando a informação. — Isso é um anel de noivado? — A mais nova assentiu sorridente.

— Por que está tão assustado? Não é uma doença terminal, é um anel.

— Um anel de noivado, minha filha vai se casar. — passou a mão pelos cabelos. — Céus, o tempo passa tão rápido. — Foi a vez de Gwen dar risada. — Bom, eu sei que não é muito apropriado, mas eu quero netos.

— Claro que quer. — Gwen sorriu.

— É um um anel muito bonito.

— É. — observou o anel.

— As coisas estão dando certo para você agora, não é? — Gwen assentiu, tirando sua mão da mesa.

— Eu sei lá, essa coisa toda se parece com um sonho. Se for, por favor, não me acorde.

— Não é um sonho. — George observou a filha. Era tão estranho, ela era uma mulher adulta agora, uma mulher adulta que estava prestes a se casar. Se lembrava de como tinha deixado de vê-la como uma criança.

A primeira vez fora em 2019, quando revelará sua identidade como aranha, mas aquele dia não tinha sido definitivo, era mais como se ele tivesse visto nela um senso d responsabilidade. Uma criança responsável.

A percepção real fora em 2020.

Flashback on

— Você fez esse jantar todo sozinha? — George indagou, sentando-se à mesa.

— Sim.

— Algum motivo especial? Não me diga que eu esqueci alguma data importante.

— Não é nenhuma data importante, pai. — sentou-se à sua frente. — Como foi o trabalho.

— Mais um dia comum, e você? — Gwen deu de ombros.

Viva IntensamenteOnde histórias criam vida. Descubra agora