Deamhan

Capítulo 8

Estamos nos aproximando
A centímetros de distância
Perder a compostura
Erro favorito
Acabou a amizade
Não será o mesmo
Querido, eu sou sua
Querido, eu sou sua
I'm Yours - Isabel LaRosa

LUNA

-Não sou humana? -Perguntei rápido. Aproveitando que ele respondia minhas perguntas sem exitar, eu não queria pensar demais. Eu queria respostas. Eu queria falar.

-Não. Você está num corpo humano falso, que aprisiona seu poder. -Ele disse simplesmente. Como se não tivesse escondido toda a minha verdadeira realidade esse tempo todo, e a minha raiva se intensificava. -Eu fiz isso porquê no dia do seu nascimento houve um golpe no reino que seus pais reinavam. Eu... Não estava por perto. Não pude protege-los. Mas cheguei a tempo de proteger você. Eles morreram e eu a trouxe comigo para cria-la longe dos perigos do reino mágico. No mundo dos humanos. Porquê todo aquele mundo quer te aprisionar, por quem você é filha. Por você ser a verdadeira herdeira do reino.

-O mundo dos humanos também possui perigos!- Eu gritei, e Deamhan parecia um pouco surpreso antes de uma sombra me puxar até ele e eu empurra-lo. Ele não parecia tão sem força assim agora, já que não se moveu nem um pouco. Pelo contrário, jogou meu corpo no colchão e subiu em mim, aproximando nossos corpos perigosamente.

-Quer comparar, Lua?-Sua voz era venenosa. Ele riu com maldade na voz. -Me compare a Isaac.- Sua mão subiu em meu pescoço e eu sei que não devia mas meu ventre se apertou. Ódio me consumiu. Eu não queria ser dominada, mas ao mesmo tempo eu gostava de ser. -Compare aqueles seres que matei na floresta minutos atrás, com aquelas pessoas que te drogaram na festa!- Ele falava alto e perto demais de mim. -Humanos são monstros, mas o que você está prestes a lidar é pior do que monstros. É a escuridão mais densa do universo. E você só não percebeu isso porquê eu os matei antes mesmo de tentarem colocar as mãos em você!

Seu nariz quase tocava o meu, e assim, na pouca luz que entrava no quarto do céu escurecendo, com as chamas da lareira e com a proximidade, eu pude notar seus dentes mais afiados do que os de um humano. Não eram tipo os de Damon Salvatore pronto para dar o bote em alguém, mas era... Afiado.

-Pare de olhar para a minha boca. Eu estou brigando com você!- Ele brigou chacoalhando meu corpo, mas seu corpo se pressionava ainda mais ao meu e suas mãos se juntaram as sombras, forçando ainda mais meus pulsos contra o colchão em cima da minha cabeça. -Pare.

Merda. Eu me sentia completamente entregue a ele com aquela posição. E o que mais me irritava era que eu estava assim por dentro. Entregue a ele. Rendida pela feitiçaria das suas sombras. E eu não o obedeci, inclusive desejei tanto beija-lo que minha língua lambeu meu próprio lábio superior, antes que pudesse controla-la.

Seus olhos vieram primeiro, encarando a minha boca, como se ele tentasse se segurar, mas então o aperto em minha mão aumentou quando ele desistiu de resistir e viajou até mim, me beijando forte e me fazendo gemer de alívio. Sua língua me saboreava aos poucos, seu beijo era intenso e faminto. Na medida certa, nos oferecendo aquilo que parecíamos desejar tanto. E seu corpo estava tão faminto quanto sua boca, enquanto me pressionava contra o colchão.

Seus lábios se encaixavam perfeitamente aos meus e a sensação de sua língua na minha era gostosa, ele sabia o que fazer com ela. Enquanto me beijava suas mãos me acariciaram e seu corpo todo parecia antenado em mim. Apenas vivendo para me devorar com sua boca e com sua força.

Seus beijos desceram até meu pescoço, onde ele mordeu forte e eu prendi as pernas ao seu redor ainda mais forte, trazendo-o ainda mais pra mim e gemendo em sua boca mais alto dessa vez por senti-lo duro no meio das minhas pernas. A calça que eu usava não era fina, mas também não era capaz de me proteger daquilo, e eu nem queria que ela me protegesse. Eu queria que ela sumisse.