14.

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- buenos dias. - ele meche no meu cabelo.

eu sorri.

- buenos dias. - eu levantei-me.

arrumamos as coisas e fomos para casa.

cada um para a sua.

estava a chover, a chover bastante.

não pode sair de casa o dia inteiro, fiquei a ver o filme que joão estava a ver.

- como correu lá o encontro? - ele virou se para mim.

- correu muito bem. - eu sorri.

- ai desse gajo te magooe. - ele virou-se para a televisão.

- achas que há possibilidades disso acontecer? - eu deitei-me em suas pernas a pensar na possibilidade.

- o otamendi é um ser confuso, não é de se apaixonar, mas eu vejo a forma que ele olha para ti, não é de levar mulheres a encontros. - ele meche no cabelo.

- então ele pode estar mesmo..- eu olhei para ele

- apaixonado por ti, catarina. - ele olhou para mim

eu não sabia se era bom ou mau.

- falando nisso, tens de abrir o Google. - ele engole em seco.

- porque? -eu agarrei no telemóvel fui lá e era tudo notícias do tipo..

"otamendi e catarina num caso?"
"otamendi estará apaixonado pela 1⁰ vez?"
"há boatos que ja tiveram um encontro esta noite."

eu recebo uma mensagem.

Nico <3

"hola, ¿puedes volver a casa?" (olá, será que podes chegar aqui a casa?)

"Si claro." (sim claro).

eu vesti algo e o meu irmão levou me lá mas ele ficou no carro.

eu saí do carro e fui com o casaco para la para fora porque estava a chover torrencialmente.

eu entrei.

ele sentou-se no sofá, tinha as mãos em sua face.

- No podemos hacer esto. (não podemos fazer isto.)

senti um aperto no peito.

- esto que? (isto o quê?) - eu ja sabia, otamendi um homem forte, vai acabar com tudo o que passamos juntos por causa de uns malditos rumores.

- esto tenemos. (isto que temos.) - ele olhou para mim, uma lágrima escorreu pela minha face e eu limpei-a.

- Me estás diciendo que hemos llegado a esto y estás terminando con algunos rumores de mierda, ¿es eso? (estás a dizer me que tornamos-nos nisto tudo e tu estás á acabar por uma merda de uns rumores, é isso?). - os meus olhos pareciam um lago.

ele respirou fundo e levantou-se.

- Sí. - assim que estas palavras saíram de sua boca eu diriji-me á porta e saí.

entrei no carro a chorar horrores, joão deu-me um abraço mega apertado e fez me festas nas costas.

o caminho foi silencioso, ainda estava a pensar em suas palavras.

agora eu odiava-o tanto, mas também sentia algo por ele, mas isso tinha que ficar enterrado.

eu vesti o pijama e fui á casa de banho respirar fundo.

sentei-me no chão ainda a processar a situação, o meu telemóvel estava sempre a vibrar, provavelmente era do homem que me havia me apaixonado, e agora tinha que o esquecer.

papi - nicolas otamendi Onde histórias criam vida. Descubra agora