o telemóvel continuava a tocar e a tocar.
eu olhava para a minha aliança, tirei-a, doeu me mais que tudo.
decidi atender.
- podes parar de me ligar? se faz favor. - eu disse em português...
- Déjame explicarte, Catarina, por favor. (deixa me explicar, catarina, por favor.) - ele pediu.
- tu beijas te a, está mais que explicado. - eu deitei uma lágrima.
- Yo no la besé, ella me besó. (eu não a beijei, foi ela que me beijou.)
não conseguia acreditar.
- otamendi por favor! - eu duvidei.
- Tienes que creerme, Catarina.. (tens que acreditar em mim, catarina..)
um lago percorreu os meus olhos, tinha a visão toda tapada de tanta lágrima.
então elas escorreram e eu desliguei o telemóvel.
não sabia, estava totalmente indecisa, é provável que ele a tenha beijado por estar um pouco bêbado, e é possível que ela o tenho beijado para me provocar, ou porque gostava dele.
estava partida aos bocados.
não sabia a quem acreditar, tinha de seguir em frente.
estava de rastos, dormi a sesta que bem precisava, lavei a cara vesti-me e fui por ai.
eram 20h00, já tinha jantado, avistei uma discoteca e decidi entrar, animação faltava me naquele momento.
a festa, tinha droga e tudo mais, não me parecia de muita boa companhia.
quando vi petar musa naquele tipo de festa fiquei extremamente chocada.
comprimentei-o.
- o que fazes por aqui? - petar perguntou.
- isso pergunto-te eu. - disse ao ver os homens a senifar.
- não tens a aliança. - ele arqueou as sobrancelhas.
eu revirei os olhos e engoli em seco.
- pois..- tentei não chorar.
ele abraçou me.
e nesse preciso momento otamendi entra pela'quela porta, comprimentou um monte de gente, parecia vir aqui frequentemente, tinha de me esconder.
não estava psicologicamente preparada para falar com ele.fechei me na casa de banho.
e respirei fundo.- ele já saiu. - musa disse.
eu abri a porta e respirei de novo.
- o que é que ele veio fazer em tão pouco tempo? - eu questionei.
- buscar uma garrafa de uísque.
fiquei tão preocupada, nem imaginam, será que ele ia conduzir?
os nervos atacaram.saí de lá.
otamendi ia entrar no carro.
- estás maluco? - eu abri a porta.
ele ficou surpreendido por me ter visto.
- para ti? Lo soy, pero no puedo hacer nada para controlarlo así que...
(por ti? estou, mas não posso fazer nada para controlar isso então..) - ele olhou para a garrafa de uísque que estava na cadeira ao lado.não sabia o que dizer.
respirei fundo.
abri a porta de piloto agarrei na garrafa e mandei a ao chão.
- no tienes ese derecho. (não tens esse direito.) - ele disse furioso.
- fiz isto porque me preocupo contigo. - disse e fui me embora, para casa.