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acordei bastante cedo, o meu tio decidiu ligar me às 6h da manhã.

fui obrigada a acordar, com o meu irmão a esbolachar me com um abraço na cama 15 minutos depois da chamada.

- esta foi a pior prenda parvo! - disse com a voz abafada porque o tinha em cima de mim.

ele abriu a boca saindo de cima de mim.

- mas obrigada pelos parabéns. - sorri e ele bateu me de leve.

o dia todo com chamadas de familiares, um pouco seca.

mas chegou a melhor altura, a minha festa de 23 anos.

estava tão entusiasmada.

quando fui buscar a margarida ela deu me um abraço que conseguiu ser mais forte que o do joão.

- vais me esganar no meu dia de anos, socorro. - disse e ela largou me.

- parabéns gostosona! - ela disse e deu me dois sacos da minha loja preferida, da zara.

- não era preci- - ela pôs o dedo na minha boca dizendo "shh"

- era sim, eu é que sei, agora vamos. - eu ligeui o caro e la fomos nos.

- achas que o otamendi vai aparecer, eu disse lhe que o bah ia. - disse a conduzir.

- tola é o teu aniversário se ele não for é um verdadeiro palhaço. - ela abriu o vidro.

e gritou "é os anos da minha melhor amiga caralho" fiquei envergonhada.

- MAGUI ! - eu gritei a rir me.

- só fazes anos uma vez por ano filha. - ela fechou o vidro.

chegamos a minha casa, ainda só tinha gonçalo ramos, joão neves, a margarida e eu.

ainda faltava o henrique, um amigo de infância meu, o bah, e mais alguns do plantel.

quando bateu as 22h, começaram a chegar tanta gente, recebi mais de dois mil parabéns e bastantes prendas.

dei um abraço forte a henrique, não o via á bastante tempo.

- HENRIQUE !! - gritei chocada.

- PIRRALHA! - ele gritou a gozar comigo.

abraçamos nos.

- como está a correr lá em famalicão? - perguntei.

- eles são bastante bacanos, estou ainda a tentar adaptar me. - ele disse e eu sorri.

virei me e bah estrou.

- ja volto. - disse e fui até á porta.

- Hi! (olá!) - disse intusiasmada.

- Hi, you look beautiful..(olá, estás linda..) - ele olhou para o vestido, conseguia concordar, era o meu melhor vestido.

- Thanks, you too. (Obrigada, tu também.) - corei.

ele sorriu e esticou a mão dando me uma prenda, mas o que seria?

- It wasn't really necessary. (não era preciso.) - eu disse.

- yes it was. (sim era preciso.) - ele deu me um beijinho na bochecha.

corei que nem um pimentão.

ouvi um "ouvi dizer que alguém fazia anos hoje."
esta voz não me era desconhecida, era uma voz que também já não ouvia á muito tempo, e que morria de saudades.

- francisco diz me que não és tu. - disse ainda virada para bah.

- se calhar sou. - ele disse a rir, francisco conceicao, o meu tripeiro favorito, era como um irmão para mim.

virei me rapidamente e dei lhe um abraço apertadissimo.

ficamos a conversar, eu henrique e o chico, nada de otamendi, o que mais queria que estivesse aqui, isto não era nada sem ele aqui.

- pareces triste e isso não pode acontecer. - antónio disse por trás de mim a quebrar os meus pensamentos.

- eu não estou triste..estou apenas- catarina inventa - cansada, estou cansadissíma. - inventei.

ele revirou os olhos.

- é o otamendi? - ele cruzou os braços.

- é. - disse baixo.

- ele disse que estava a chegar. - ele disse a olhar para o telemóvel e respirei fundo.

saí de ao pé dele e bateram á porta, era ele, era otamendi.

fechei a porta e fui lá para fora.

beijei o, um beijo intenso, para caralho.

- Por qué te tomó tanto tiempo? (porque é que demoraste tanto?) - questionei e ouviu se um bater de porta.

era bah, bah abriu a porta no fim do beijo mas ainda estavamos próximos e eu estava com a mão na nuca de otamendi.

ele abriu a boca e abanou a cabeça.

- solo éramos...(estávamos só..) - não sabia o que dizer.
(os cornos de milhões)

ele deixou a prenda em cima da mesa saiu de minha casa, fui atrás dele a disser que podia explicar, não gsotava nadissima da magoar pessoas, nada mesmo.

- bah listen to me now! (bah, ouve me agora!)

- hear what? I thought we had something! (ouvir o que? eu pensei que tinhamos algo!) - ele gritou.

não disse nada, não consegui.

ele entrou no carro e simplesmente foi se embora, fiquei quebrada aos pedaços.

mas tinha de voltar para a festa.

papi - nicolas otamendi Onde histórias criam vida. Descubra agora