15.

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aquilo era chato.

todos os dias o tinha de ver nos treinos.

era a pior coisa do mundo.

até mesmo no balneário, ele não parava de olhar para mim.

era de quebrar o coração, mas ele quis assim, e eu não podia mudar a decisão dele, por mais que quisesse.

senti alguém a puxar me..
para os chuveiros.

- larga-me. - eu disse a encarar otamendi.

- Seguirás toda tu vida sin hablarme?
(vais passar a tua vida inteira sem falar comigo?)

- vou. algum problema com isso? - eu tentei me soltar.

- lo sinto mucho, ok? (eu sinto muito ok?) - ele tentou se desculpar.

- tu sentes muito? - uma lágrima escorreu e eu abri a boca.

ele respirou fundo.

- vai á merda - eu empurrei-o para me soltar e fui a chorar o resto do caminho.

o gonçalo viu que estava assim e deu me um abraço e fez me um cafuné.

- calma..- ele disse a tentar me acalmar.

eu não estava a respirar bem, estava a ter uma crise de pânico.

- respira. - ele disse.

eu tentei.

e lá me consegui acalmar.

- porque é que ele me fez isto, porquê ramos? - eu abracei-o com força.

- ele é um estúpido, jamais te merecerá catarina. - ele abraçou me de volta.

as minhas lágrimas secaram eu ja estava mais calma.

ele levou me a casa.

- obrigada ramos - dei-lhe um abraço  e saí do carro.

já dentro de casa.

- estás melhor mana? - ele abraçou me e deu me um beijinho na testa.

- sim, já. - eu abri o frigorífico para ver se tinha algo que me agradasse.

tirei um sumo de laranja.

e subi.

liguei a televisão e fiquei lá.

o joao abriu a porta do meu quarto.

- porque é que fechas sempre a porta? - ele entra.

- o que é que vieste aqui fazer? - eu cruzo os braços.

- o.. - ele apontou para a porta.

- o que é que têm? - eu franzi as sobrancelhas.

- o otamendi não para de tocar á campainha. - ele disse rápido.

- não o deixes entrar por favor. -  eu disse.

- achas? claro que não mas..- ele parecia ter pena dele.

eu tinha tudo menos pena.

- mas nada, se não tranco-me aqui neste quarto o tempo que ele ficar cá.

ele riu-se
foi até á porta e disse que eu não queria falar com ele.

o meu coração estava aos pedaços.

- acho que se foi embora.

- ainda bem. - eu deitei-me.

estava a pensar em cada detalhe, as tatuagens, catarina para!

eu coloquei a minha cabeça na almofada.

- meu deus tu precisas de diversão, tens de vir  amanhã á festa na casa do chiquinho e embebedar-te, jesus cristo. - João disse.

- também acho, vou pensar nesse caso.

- boa noite maninha. - ele beijou a minha testa.

- boa noite. - eu sorri e virei me para o outro lado para ir dormir.

papi - nicolas otamendi Onde histórias criam vida. Descubra agora