Beatriz Castro
A medida que o jogo passava o empate era o certo, mas com uma reviravolta, o Benfica marca dois golos após um jogador do Portimonense ter cometido uma falta na grande área, e uma distração de um defesa.
Golos do Otamendi e do Di Maria, a acabar o jogo o António passa a bola ao Neves, o Neves passa para Florentino e o António Marca no último minuto de jogo, ele aponta para onde estava, e o meu irmão e enlouquece.
- O Golo foi para ti! - disse o meu irmão. Neguei impulsivamente, não podia ser. - Foi para ti acredita! - diz.
O jogo acabou depois de alguns minutos, e as pessoas começaram a abandonaram as bancadas, fiquei a suar. O António mandou-me mensagem, mas fiquei desapontada com o conteúdo.
"Temos que sair a correr, desculpa princesa"
Não fiquei com nenhuma reação do corpo, o meu irmão teve que cutucar-me.
- Anda vamos! - diz a puxar-me. Eu andava em passos de guerra atrás dele.
- Onde vamos? Estás a ficar maluco? - digo.
- Anda e cala-te! - ele continua a puxar-me e começo a ver o autocarro das águias. O meu irmão é passado.
António Silva
Quando soube que não iríamos ficar muito tempo, eu mando mensagem a Beatriz, ela não me chegou a responder, supôs que tivesse a sair do estádio, sou um dos últimos a entrar para o autocarro, fiquei a janela, e quando olho para as entradas, vejo o Francisco.
O meu telemóvel vibrou e vejo um número desconhecido, atendo mesmo a saber que não podia.
- Podes vir aqui? 2 segundos!
- Só mesmo 2 segundos. - digo.
- Ele quer mesmo juntar os dois. - disse o Neres a rir.
- Posso ir? - disse a um dos seguranças. - Por favor. - Imploro e ele lá deixou. Ficámos dividimos pela grade.
Ela sorriu e eu também.
- Não queria que me conhecesses assim. - digo.
- É melhor que nada! - diz.
- Tenho de ir. Falámos quando eu chegar ali. - Ela sorriu, e com dificuldade passou as mãos pela grade, agarro na mão dela e aperto-a gentilmente.
Chamaram-me e eu beijo a mão dela.
- Caiste do céu? - Pergunto.
- Caí, por acaso Caí!
- Não me estragues as piadas.
- Isso é porque tens que começar a inventa-las! - disse a sorrir.
- Adeus.
- Quando vamos estar finalmente juntos?
- Um dia talvez. - digo triste.
- António? - Grita assim que ponho o pé no autocarro.
- O quê?
- OBRIGADA PELO GOLO!
- QUEM DISSE QUE FOI PARA TI? - digo a brincar e ela riu-se.
- NÃO FOI? - Eu encolho os ombros, e entro no autocarro.
- Que cliché! - disse o Morato.
- Cala-te! - digo a sentar-me ao lado do Neves.