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Beatriz Castro

Olho para a direção do cheiro, e vejo-o, ele estava bonito, minto, ele estava sempre lindo.

Eu tento manter as mãos quietas, mas não consigo, corro até ele, e abraço-o com força.

- Finalmente Juntos! - Comenta.

- Por pouco tempo!

- Aceito o tempo que tivermos. - diz ainda abraçado a mim, sorri. - Credo tanta coisa. - diz ao ver as malas.

- Claro, lembranças também ocupam espaço. - digo. - Trouxe uma coisa para ti! - Acrescento e tiro da mala uma pequena pulseira.

- É para andares sempre com ela, fiz com um material que pudesse não ser puxado com facilidade, e resistente as quedas, eu testei muitas vezes. - disse e ele riu-se ao colocar a pulseira.

- Adorei Bia. - diz e eu sorri. Ele pôs as malas no carro com a minha ajuda, e depois saímos daquele sufoco que era aquele estacionamento.

- Onde vais levar-me nesta curta saída? - Pergunto.

- Podia levar-te ao Estádio da Luz, mas não irias gostar, por isso vou levar a conhecer os balneários de Alvalade, disseste-me um dia que querias lá entrar, bem, não sei porquê, mas falei com o Inácio e o Pote e eles quiseram fazer a visita, eu acompanho-te por segurança! - Sorri e beijo as bochechas dele.

- Não acredito que vais levar-me ao Estádio de Alvalade.

- Nem eu, mas é a vida! - disse e eu não deixei de sorrir.

Como o Combinado, o Pote e o Inácio estavam lá para mostrar-me o que os guias não podem mostrar, tirando alguns dias muito raramente.

Eles mostram-me os balneários deles, um salão onde custumam estar e deixam-me entrar no relvado.

- Obrigado aos 3. - digo e abraço os 3 rapazes a minha frente, eles foram tão simpáticos comigo que parecia um sonho.

A saída despeço dos dois, e dou mais uma vez um abraço ao António.

- Sabia que ias gostar! - diz encostado ao carro.

- Não sei como agradecer!

- Não precisas, quero ver-te feliz. - Sorri corada.

- Quando vamos voltar-nos a ver? - Pergunto.

- Não sei, mas não quero que este dia passe, queria apenas ficar mais um bocado. - disse.

- Estás a despedir-te já? - Ele nega. - Também vou sentir saudades tuas, mas pensa que agora estou apenas a 4 horas daqui. - digo.

- Eu sei, mas vais estar ocupada, assim como eu, não vai ser sempre que vamos puder vermo-nos. - diz e eu abraço-o.

- Não sejas pessimistas, onde estão as piadas?

- Em casa! - disse triste.

- Não fiques assim, vou chatear sempre.

- Não é a mesma coisa.

- Eu sei que não, também gostava de puder ter mais tempo, mas não mandamos nisso. - digo.

- Sim, mas ainda bem que passámos estás horas juntos. - diz a abrir um sorriso.

- Assim gosto mais! - digo e ele sorri.

- Adoro-te!

- Eu também adoro-te Tojo!

Ele sorriu e eu abraço-o novamente.

- Gostaste dos meus abraços?

- Poderia ficar neles para sempre!

- Quem sabe! - diz e eu coro novamente.

No final daquele dia, despedi-me dele novamente.

- Quem sabe um dia fujo para Lisboa!

- Espero que seja rápido esse dia! - diz com um sorriso apagado.

- Não chores! - digo e ele riu.

- Não conseguia!

- Não sejas mentiroso.

- Para! Assim eu choro mesmo. - diz e eu abraço-o.

- Adoro-te António!

- Adoro-te Beatriz!

Entro no carro, e aceno-lhe, cada vez menos gostava daquelas despedidas.

- Gostaste do dia? - Pergunta  o meu irmão.

- É pena que acabou a correr! - digo a encostar a cabeça a janela.

- Um dia quem sabe podem aproveitar e estar finalmente juntos como deve ser. - diz e eu afirmo. Espero que ele tenha razão, porque eu estava mesmo a gostar dele.

Finally Together | ACABADAOnde histórias criam vida. Descubra agora