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António Silva

Cheguei de mais um dia de treino e vejo apenas a Bia em casa.

- Hey, estás sozinha? - Pergunto a beijar o seu pescoço, ela inclinou a cabeça para trás e acenou com a cabeça um sim.

- Os meus pais apareceram e quiseram leva-la ao oceanário. - Diz.

- Sabias que és linda! - digo e ela vira-se para mim.

- Suponho que seja, tu és mesmo gostoso. - digo.

- Tenho saudades de sair contigo, sozinhos, não podes pedir aos teus pais para ficaram com ela, mais umas horas? - Ela afirma.

- Onde vamos? - Pergunta.

- Esteja pronta às 20horas. - digo e ela afirma. - Eu tive muita sorte.

- Tiveste? - diz na porta da cozinha.

- Tive, eu amo-te! - digo e ela abraçar-me, puxo o seu rosto para o meu e beijo delicadamente os seus lábios.

- Eu amo-te! - diz com a sua testa colada a minha. Depois foi para o quarto, fiquei a olhar para a porta e quando recupero a vontade vou despachar-me também, ao olhar-me para o espelho, vejo a caixa que tinha nas mãos, era minúscula comparada a minha mão, abro-a e vejo a aliança, a data da nossa primeira conversa estava gravada. Sorri ao perceber que se tinham passado 6 anos. O tempo voava.

Arranjo a camisola e guardo a caixa no meu casaco, vejo as horas e já passava das 19:50, vou até ao hall da casa e depois de dois ou três minutos ela aparece.

- Uau. - digo e ela sorriu.

- Obrigado, tu também não estás nada mal. - disse e beijo-a.

- Vamos madame? - ela afirma. Desligo as luzes e fechei a porta, ela agarrou a minha mão e fomos para o estacionamento, abro-lhe a porta e entro logo depois no carro.

- Que cavalheiro.

- Muito! - digo e ela sorriu, começava a ficar nervoso, mas não deixei que aquilo se mostrasse.

Levo-a até ao restaurante e posso dizer que a noite estava bastante agradável, suponho que para a altura do ano fosse uma sorte.

- Tenho uma reserva em nome de António Silva! - digo e o empregado diz.

- Claro sigam-me, os seus casacos! - despimos os casacos e fomos para uma mesa mais reservada, perto de uma pequena janela. Faço-a sentar-se depois de puxar a cadeira.

- Aprendeste a ser cavalheiro com o Musa?

- Aprendi com o Rafa. - diz e ela sorriu.

- Claro! - diz com um leve tom de ironia, mas acreditou na minha palavra.

Conversámos sobre diversas coisas, sobre o tempo em que tivemos separados, sobre como ela criou a Magui, e entretanto ela mostrou-me alguns vídeos da pequena, fotos antigas, e acreditem, escolhi a pessoa certa para estar ao meu lado, nunca pensei dizer isto, mas ela era o que mais desejei na vida e apesar do que aconteceu, o amor não acabou.

Jantámos uma coisa que ela gostava, dei-lhe espaço para sorrir e se divertir, e quando andávamos para a rua, eu sabia que o momento certo aproximaram-se, guiei-a por alguns minutos, conversámos como se não houvesse amanhã, parámos entretanto para descansar as pernas.

- Volto já! - diz. E aponta para um café, supôs que quisesse ir a casa de banho, fico por alguns minutos a espera dela, vejo-a sair do café e esperar pela luz luminosa ficar verde, o sinal muda, mas em questão de segundos o meu sorriso desaparece.

- Beatriz... - Grito em desespero, mas nada.

Finally Together | ACABADAOnde histórias criam vida. Descubra agora