Beatriz Castro
Estava na fase finais do curso e digo que estava a dar em maluca, já não via a hora de sair dali da universidade. Sinto o meu telemóvel vibrar e vejo o número do António, sorri com a espontâneadade e atendo.
- Então? O que o meu bebé anda a fazer? - Vejo-o a comer e aponto para os livros a minha frente. - Pensa que estás quase a acabar.
- Sim! Já não aguento mais. - disse e ele engoliu o que estava a comer.
- Vais ver o jogo da Champions?
- Vou! Apesar de não gostar de ir a Luz, mas vou, vou com o meu irmão.
- Boa, assim dás-me sorte! - disse.
- Têm é de estar concentrados e de cabeça erguida! - digo.
- Sim! Estamos focados. - disse.
- Quero ver isso! - digo e ele riu-se.
- Estava a ver se querias conversar, mas sendo assim deixo-te estudar! - diz e eu neguei.
- Não, fala comigo, preciso de descansar a cabeça. - digo e ele sorriu com aquele sorriso travesso. - No que estás a pensar?
- Nos teus lábios a beijarem os meus. - começa por dizer.
- E?
- Na tua pele colada a minha! - Não lhe respondo, mas ele continua. - Nas tuas mãos entrelaçadas as minhas!
- Tens saudades minhas.
- Tenho, tenho muitas saudades tuas. - diz.
- Quero estar contigo! - digo.
- Está quase baby! - Diz e eu afirmo.
Conversámos por mais de 3 horas, e quando me apercebo estava deitada na minha cama quase a dormir.
- Amanhã tenho uma prova importante logo de manhã.
- Quando sabes a nota?
- Assim que entregar a prova, é digital!
- Estás nervosa?
- Estou! Sinto-me preparada, mas estou nervosa! - Digo e ele sorriu.
- Tu estás pronta, e és a melhor aluna da escola, tenho a certeza que te vais safar. - diz e foi a minha voz de sorrir.
- Adoro-te! - Digo.
- Eu também! - diz e acabámos por desligar a chamada.
Adormeço em cima de uns resumos, e acordo na mesma posição, vejo as horas e despacho-me, despeço-me dos meus pais e do meu irmão.
- Não partas uma perna, e boa sorte! - Diz o meu irmão e eu neguei com a cabeça a rir.
Entro no meu carro e vou até a escola, cheguei cedo por isso estudo mais um bocado e acabo por terminar o projeto que estava a realizar para o curso.
Vejo a Daniela, e vou até ao seu encontro.
- Nervosa aluna exemplar?
- Um bocado!
- Se estás nervosa, eu estou mil vezes mais! - diz.
- Não é preciso estares, vais sair-te bem! Além disso tu também és boa aluna.
- Sim, sou boa aluna, não uma aluna exemplar. - Neguei com a cabeça e abraço-a.
- Vais sair-te bem! - digo e entrámos para dentro da sala.
Naquele momento o meu coração congelou pelos nervos.
- Sentem-se! - diz a professora que ia dar assistência a prova, sento-me na cadeira estipulada, e depois de uns 10 minutos começamos a prova.