beacastr9 Olha quem me veio visitar, meu rico irmão. @francisco.castro- Podes sair um pouco daí! - digo.
- A tua televisão é melhor que a minha! - Diz a mudar de canal para um filme qualquer.
- Podes prestar atenção? - Chamei-o a atenção, e ele olhou para mim.
- O que foi andas estranhas! - diz a virar-se para mim.
- Eu e o António discutimos. - digo.
- O quê? - Ele fixa o seu olhar no meu e espera o início do relato. - Como, quando, what? Discutiram? - Sento-me ao seu lado.
- Começou tudo um dia depois do pai ter comprado esta casa! - volto ao passado.
: Achei a casa interessante! - Diz o Neves assim que entrámos na casa deles.
- Também achei, os meus pais custumam ter bom gosto para estas coisas. - digo a distrair-me com o fecho do casaco.
- Então António? O que achaste? - Pergunta o Neves e o mesmo encolhe os ombros. Ele estava estranho, por isso resolvo ir falar com ele no quarto.
- O que se passa contigo? - Pergunto a fechar a porta.
- Nada! - diz a tirar os ténis e os sapatos.
- Nada? Estás com essa cara porquê? Não estás feliz?
- Não! - diz e eu olho para ele confusa. - Não sei porque continuas assim.
- Assim como António? - digo.
- Andaste a enganar-me. - Olha para mim.
- O quê? - digo sem querer acreditar no que dizia.
- Gostas verdadeiramente de mim? - Não Acredito!
- Que conversa é essa?
- Ou estás comigo apenas para seres alguém.
- O quê? Achas mesmo isso?
- Estou apenas a ver factos.
- Factos? Quem foi esse alguém que te veio pôr merdas na cabeça?
- Ninguém!
- Sim, está bem! - digo.
- Responde a pergunta.
- Mas é claro que gosto de ti.
- Porque inventas isso?
- Mas tu enlouqueceste? Ficaste maluquinho da cabeça? Estás a testar a minha paciência? - Digo já um pouco alterada.
- Eu sinto que não és sincera.
- Tu bebeste? Só pode. Se eu quisesse alguma coisa tua já tinha pedido, ofendes-me por pensares que quero alguma coisa, eu só quero que gostes de mim, mas acho que me enganei, não devia ter-me envolvido com lampiões.
- Bia..
- Esquece...
- Não, decideram-me que estavas comigo apenas para ser alguém.
- Eu não preciso de ti. Eu não preciso do teu dinheiro, eu trabalho, e com o trabalho que tenho que consigo fazer o que faço, eu não dependo de ti, não preciso! Esse alguém que te ature, porque para aturar homens mimados aturo o meu irmão. Não precisas de me procurar mais. - Viro-me de costas e ele agarra-me o braço.
- Eu sei... - Olho para ele. - Tu não precisas de mim e isto foi um erro.
- Um erro ou não, tu não confiaste em mim, e acreditas-te numa pessoa qualquer, está desconfiança mostra que não me conheces, porque eu era incapaz de estar com alguém apenas pelo dinheiro, tu deverias saber isso, porque antes de namorar-mos éramos amigos, mas tu lá sabes, eu não quero estar com pessoas como tu. - digo e ele largou-me o braço, agarro nas minhas coisas e foi-me embora. :
- E foi assim.
- Uau... e tu estás bem? - Pergunta. - Não me tinha percebido que tinham acabado. Pensei que tivessem apenas discutido.
- E discutimos, mas acabámos. - Digo e sinto as lágrimas a escorrem pela minha face, sinto o meu irmão puxar-me e ficar enrolada a ele durante largos minutos até que por fim adormeço.