Capítulo 15 - Gabriela.

396 56 5
                                    

No capítulo anterior

"Sarah contornou o carro e abriu a porta ao lado da morena, oferecendo gentilmente a mão. Nesses tipos de ocasião, era onde elas deveriam se portar como um casal apaixonado. Sem fazer muito esforço Juliette deu o seu melhor sorriso quando notou que o chofer e dos dois recepcionistas olhavam para dentro do veículo.

- Vamos, meu bem?"

(...)

Narrador

- Vamos! - Juliette diz, segurando na mão de sua esposa.

Assim que seu pé direito tocou no chão, a adrenalina liberada em seu corpo foi tamanha que a morena acabou apertando a mão de Sarah, buscando por reforço. E encontrou, porque diante do aperto que, de certo modo forte, recebeu um discreto, porém carinhoso beijo nas costas de sua mão. O olhar delas se encontrou e Juliette sorriu enquanto a Andrade lhe dava uma piscada com um sorriso leve.

- Boa noite, senhoras! - Os três rapazes dizem ao mesmo tempo.

- Boa noite! - A mais alta responde com o tom de voz calmo enquanto estendia a chave do automóvel para um dos três meninos.

O chofer pegou, enquanto os outros dois recepcionistas sorriam simpáticos. Rapidamente, flashes foram direcionados para o recém-casal, Juliette sentia seus olhos arderem com tanta iluminação em sua direção.

- Pronta? - Sarah pergunta baixo o suficiente para que apenas a morena possa ouvir.

- Posso correr e me esconder em algum lugar? - A paraibana pergunta sorrindo.

- Não, meu bem.

Um dos recepcionistas abriu a grande porta, logo Sarah largou a mão de Juliette para segurá-la pela cintura. Claro que a morena estava acostumada com esses lugares e acostumada com tanta atenção, afinal, ela era uma Freire também, só apenas estava com receio de seu pai.

- Sorria, Juliette. - Pediu quando passaram pela larga porta, chamando a atenção de algumas pessoas que já estavam no evento.

Juliette ficou maravilhada, o estilo rústico só deixava o ambiente ainda mais elegante e mais bonito. Era totalmente diferente dos eventos que a mesma frequentava.

Casais dançavam em uma parte mais afastada da imensa sala, outros conversavam animadamente espelhados, enquanto os garçons os serviam bebidas das mais variadas.

- Vejo que você trouxe um anjo... - Um homem de certa idade brincou com Sarah. - Sarah. - Lhe estende a mão.

- Martin. - Cumprimenta o homem sem retirar a mão da cintura de sua mulher.

- Senhorita Freire, é um prazer muito grande em conhecê-la. - Martin fala simpático e, com uma rápida olhada em seu corpo, acrescenta: - Agora entendo como conseguiu enforcar essa aqui. - Diz de forma divertida e beija gentilmente a mão da morena.

Sarah sorriu mais abertamente e o homem se inclina próximo ao ouvido de Sarah e sussurra. - Creio que é meu dever avisar que o senhor Freire já está presente no evento. - Se afasta um pouco. - É sempre um prazer revê-la, Sarah.

- Igualmente, Martin. Agora, se me permiti, vou cumprimentar os demais.

- Claro, nos vemos por aí! - Diz, dando um leve aceno.

Atravessado mais uma pequena multidão, sob olhares maliciosos dos homens e mulheres em cima de Juliette, e das mulheres em cima de Sarah, cumprimentaram mais algumas dezenas de pessoas até que a paraibana parou o garçom, pegando duas taças e entregando uma para sua esposa.

- A sua simpatia, querida. - A mais alta oferece um brinde e a morena abre um enorme sorriso. - Que conquistou a todos essa noite, além da beleza, é claro. - Acrescenta, olhando rapidamente o corpo maravilhoso da menor.

- Digo o mesmo para uma certa morena alta. - Diz, tentando não sorrir. - Os flashes parecem gostar bastante da gente...

- Gostam de você, na verdade...

As taças se tocaram levemente, fazendo um leve barulho, e ambas tomaram um gole considerável. Logo Sarah envolve Juliette em um beijo de língua e rapidamente a mais baixa retribuiu colando uma de suas mãos na nunca da Andrade.

- Sabe, até que não tá sendo difícil... Achei que teria um monte de mulheres frustradas correndo atrás de tu. - Juliette diz, bem humorada, quando separaram do beijo.

- Não elogie antes da hora...

- Por... - A mais baixa foi interrompida antes de terminar sua fala.

- Olha, vejam só se não é a tão misteriosa esposa de Sarah Andrade! Eu confesso que estava bem curiosa para ver como você é.

Sarah e Juliette se viraram ao mesmo tempo na direção da voz.

- Gabriela. - Carolline força um sorriso assim que se depara com a mulher.

- Sah. - A mulher diz derretida. - Achou que eu não estaria aqui? - Pergunta bebericando sua bebida.

Era impressão de Juliette, ou a mulher perguntou aquilo com duplo sentido? E a morena só pensava qual o grau de intimidade tinha aquela mulher para Sarah pelo apelido. Estava nítido que a mais baixa não havia simpatizado nem um pouco com a loira que acabara de conhecer.

- Não, não verdade nem pensei nessa possibilidade. - O olhar de Sarah a desencorajou de continuar. - Permita-me que eu apresente minha esposa... Meu bem, esse é a... - A mulher interrompe.

- Gabriela, a mulher que você ocupou o lugar por pouco... tempo. - A voz da loira era de pura ironia. - Talvez agora eu possa ocupar o seu lugar.

Definitivamente, ela estava usando as palavras para um duplo sentido. Juliette a encarou e sorriu, é claro que não se abaixaria ao nível da garota à sua frente.

- Se você quiser ocupar a vaga na empresa, fique à vontade, ela é toda sua, e te desejo até sorte... - Fala ainda sorrindo, sem deixar se intimidar. - Afinal, agora o meu lugar é ao lado da minha esposa, mas creio que ela é inteligente o suficiente para encontrar secretárias que possuam capacidade o suficiente para ocupar um cargo de tanta responsabilidade.

Juliette fala tentando deixar o mais claro que ninguém tomaria seu lugar. A morena ficou satisfeita quando o sorriso falso da mulher diminuiu. Sem contar com a cara de surpresa que Sarah fez depois de sua fala.

- Tenho capacidade o suficiente sim. - Gabriela fala empinando o nariz.

- Se tivesse, não teria sido demitida. - Debochou e logo se virou para Sarah. - Meu bem, estou me cansando, podemos nos sentar?

- Claro. As apresentações já vão começar. Se nos der licença, Gabriela, queremos pegar um bom lugar, boa noite. - Diz antes de virar as costas e sair, ainda abraçando a cintura de sua esposa.

Juliette sequer olhou para trás, para ver que cara Gabriela estava fazendo. Ela tinha mexido com a pessoa errada. Lógico que a paraibana sabia dos casos da Andrade, mas nesse tempo em que elas iriam estar casadas, Sarah teria que respeitá-la e, com certeza, a mais baixa jamais aceitaria ser tratada como corna.

____________________________________________

Continua...

Love Contract Hot - Sariette [Revisando] Onde histórias criam vida. Descubra agora