No capítulo anterior
"Juliette sequer olhou para trás, para ver que cara Gabriela estava fazendo. Ela tinha mexido com a pessoa errada. Lógico que a paraibana sabia dos casos da Andrade, mas nesse tempo em que elas iriam estar casadas, Sarah teria que respeitá-la e, com certeza, a mais baixa jamais aceitaria ser tratada como corna."
(...)
Narrador
Sarah e Juliette foram paradas por diversas pessoas, todos queriam a atenção do novo casal. Após dar uma leve olhada pelo ambiente, a Freire avistou seus pais sentados em uma mesa reservada e com as caras não muito boas. A morena engoliu seco e o pavor acabou ficando visível em seu rosto.
- Aqui é um bom lugar. - Sarah aponta para a mesa com cinco lugares. - Por favor. - Diz, puxando a cadeira para que sua esposa sentasse.
Forçando um pequeno sorriso, a morena sentou e logo ficou séria.
- Espero que não tenha ficado brava...
- Não fiquei.
- Não é o que parece. - A encarou. - Não deixe que isso te incomode, Gabriela é uma... - A paraibana interrompe.
- Vadia e oferecida, muito oferecida pro meu gosto.
- Eu ia dizer: uma menina difícil demais e superficial, mas vadia e oferecida também serve. - Juliette até tentou ficar séria, mas acabou soltando uma risadinha. - Espero que isso não atrapalhe a nossa relação.
- E não vai, só fique sabendo que não levo desaforo pra casa. Portanto, ela que não venha que nem doida pra cima de mim, ou me fazer passar como idiota novamente. - Alertou, falando séria.
- Ela não vai. - Garante. - E se fizer, prometo colocá-la no seu devido lugar.
- Ótimo, pois se eu resolver colocá-la no devido lugar, vai ser socando aquela cara de rapariga besta dela. Porque remédio de doido é outro mais doido ainda batendo na porta. - Diz ajeitando o cabelo, vendo Sarah rir.
- Adoraria ver você batendo nela... - Sussurrou no ouvido da morena. - Mas guarde suas forças para mais tarde, na minha cama, gemendo o meu nome.
Juliette de arrepiou inteira, Sarah sabia seduzir qualquer pessoa que quisesse, ela tinha o poder de fazer todos caírem aos seus pés. A brasiliense era quente como o inferno e a Freire não era diferente. Carolline respirou fundo, se não fosse Martin e sua família caminhando em direção à mesa delas, a conversa iria continuar.
- Importam-se? - O homem perguntou, indicando as cadeiras.
- Seria uma honra.
- Deixe-me apresentá-las. - O homem começa. - Esta é minha esposa Lara e meu filho Jonas. - O menino que aparentava ter uns dez anos sorriu, e a mulher, que era mais rejuvenescida que o marido, inclinou-se para cumprimentá-las.
- É um prazer. - Lara fala simpática.
- O prazer é nosso, Lara. - Juliette diz sorrindo.
Os novos amigos se sentaram à mesa e a partir dali uma conversa animada começou a surgir. Juliette sentia olhares sobre si, sabia quem estava a olhando.
- Senhor Freire não para de olhar para nossa mesa desde quando vocês chegaram. - Martin comenta.
- Um dia ele irá se acostumar com a ideia de Juliette estar casada comigo. - Deu um selinho rápido na morena.
- Vocês fazem um casal tão lindo! - Lara comenta casualmente. - Já pensaram em ter filhos?
"Como é, amiga?! Nosso casamento tem data e hora pra acabar, minha senhora..." - Juliette mordeu a língua para já falar, mas Sarja foi mais rápida e diz:
- Sim! Não vejo a hora de ver pequenas Juliettes correndo pela nossa casa, não é, Ju? - Fala em um tom brincalhão.
A conversa foi interrompida pela apresentadora, que pegou o microfone e falava tudo o que estava em um papel em suas mãos. A apresentadora começou anunciando os empresários presentes na noite.
- A jovem empresária Sarah Andrade está aqui essa noite, com sua esposa Juliette Freire de Andrade! - A mais alta, juntamente com sua esposa, se levantaram para os aplausos dos demais. - E também temos a honra de receber o senhor e a senhora Freire.
O casal levantou, recebendo também os aplausos das pessoas ao redor, lançando olhares diabólicos para onde Sarah e Juliette estavam. A brasiliense limitou-se a aplaudir e sorrir, é claro que não passava de uma mera provocação.
- Vejam, o leilão vai começar! - Lara anuncia ansiosa.
A apresentadora pediu novamente a atenção de todos que, muito educados, atenderam gentilmente ao pedido.
Após um breve discurso e uma extensa apresentação de slides, mostrando as diversas instituições que o evento ajudaria, a mulher deu início ao leilão.
A primeira peça a ser leiloada foi um vaso que datava o início do século XVI. Discretamente, Sarah passou o braço sobre os ombros de Juliette e a trouxe mais para perto de si, perguntando baixo no ouvido da menor.
- O que achou? - Parecia divertido ao ver as feições da paraibana.
- Tão oferecendo cinquenta conto por aquela coisa amarela e brega?! Carolline, tu não invente de comprar essa coisa! Porque... só pela misericórdia! - Fala indignada.
A mais alta ri.
A mulher contou até três e então os lances acabaram anunciando o ganhador. Passou para a próxima antiguidade, um quadro autêntico de Monet, onde várias cores formavam uma paisagem. O lance para a obra muito alto, muito mesmo. Os foram ficando cada vez maiores e, para o delírio das mulheres presentes, o primeiro vestido apareceu. Suspiros tomaram conta do grande espaço quando um vestido vermelho-sangue foi anunciado no valor inicial de seiscentos mil reais.
Juliette fez uma careta.
- E aí? Gostou? - Sarah parecia prestes a dar um lance.
- Não. - Admitiu. - Parece que alguém muito cruel decidiu derramar sangue em um pavão e chamá-lo de vestido.
A Andrade gargalhou, nunca na vida tinha se divertido tanto em um leilão, essa era sua primeira vez. E, por mais que não quisesse admitir, a morena sabia o nome e sobrenome do motivo.
Uma cesta morena dos olhos castanhos.
- Onde fica o banheiro daqui? - Juliette pergunta discretamente.
- Tá se sentindo bem?
- Tô, só preciso ir urgentemente.
- Acho que é no final daquele corredor. - Sarah informar incerta.
- Tudo bem. - Diz, se desvinculando dos braços da mais alta, dando um beijo rápido nos lábios carnudos da mulher, e levantou.
- Quer que eu lhe acompanhe? - Pergunta sorrindo maliciosamente. A Freire retribuiu o sorriso, mas negou com a cabeça e saiu.
Um novo vestido foi anunciado.
Esse, por sua vez, era curto e de alças finas, tinha um detalhe que deixaria a coxa de quem usasse a amostra. Sarah se pegou imaginando sua esposa vestida nele e gostou dessa imagem.
- Quem dá mais? - A apresentadora diz pronta para fechar o último lance que foi dado.
- Eu pago o dobro!
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Continua...
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Love Contract Hot - Sariette [Revisando]
FanfictionSarah Andrade esperou toda a sua vida para vingar a morte dos seus pais. Ao conseguir se casar por contrato com a filha de um dos assassinos das pessoas que ela tanto amava, a Andrade começa uma guerra de poderes. Quem venceria esse jogo? O Sr. Frei...