No capítulo anterior
"— Acho que tá sendo impossível não ficar mal... - Juliette encarou Sarah que estava do seu lado — Como tu pode ter tanta certeza de que foi o meu pai que matou os teus pais?
— Existe um gravador, e nele o cara que seu pai contratou o serviço conta todos os detalhes.
— Meu Deus... - Juliette não acreditava que seu pai era um assassino, ladrão e mentiroso — Isso é horrível, meu Deus, tá cada vez pior toda essa história.
— Agora acredita em mim?"
(...)
5/10 - Narrador
Quando somos pequenos, recebemos diversos conselhos dos mais velhos, mas quando crescemos (as vezes) não usamos nem a metade das lições aprendidas. Quando grandes, somos obrigados a viver por conta própria e, mesmo sem estarmos preparados, temos que enfrentar tudo o que vier pela frente.
Um ato tem consequência. Ódio tem guerra. Jogo tem competição. Vitória tem derrota. Amor tem sofrimento.
São coisas que não podemos mudar, não temos o poder de interferir no que o destino planeja para nós. Você pode planejar milhões de coisas e elas podem ser concretizadas, mas se o destino resolver pregar peças, você não irá poder fazer nada.
— SARAH! - Thaís gritou descendo as escadas apressadamente. - SARAH! - Chamou novamente.
— O que foi, Thaís? - Sarah apareceu na sala encontrando sua advogada assustada. - Me fala o que aconteceu, mulher!
— Sumiu...
— An? Sumiu o quê? - A brasiliense perguntou, mas Thaís não falou nada. — Caralho, Thaís, fala logo!
— A única prova que tínhamos contra o Freire... O gravador, Sarah, ele sumiu! Não tá mais no seu quarto! - A advogada falou tudo de uma vez.
— Como é que é?
Em um jogo não se pode está distraído, qualquer erro pode simplesmente mudar tudo. Sarah estava boquiaberta e com o coração apertado/disparador. Tudo o que ela havia feito por todos esses anos, tantos choros engolidos e silenciados, o ódio acumulado de tanto ignorar a dor da perda.
— Fizemos tudo pra chegar esse dia, pra no fim acabar assim? Não valeu merda nenhuma... perdi Juliette por causa dessa merda e no final nada disso é real?
— Talvez esteja com Beatrix - Thaís pegou o celular, suas mãos estavam trêmulas. - Espero que esteja com ela, meu Deus.
Sarah se sentou no sofá, limpando as lágrimas teimosas que escorriam de seus olhos. Enquanto a advogada enchia Beatrix de perguntas, a Andrade olhava a morena com esperança de que o gravador estivesse com a mulher do outro lado da linha.
— E aí? Tá com ela? - Sarah perguntou a olhando curiosa. — Por favor, Thaís, me diga que tá com ela! SEM O GRAVADOR NÃO VAMOS GANHAR ESSA MERDA! Eu não vou ver aquele desgraçado sendo preso e pagando por todo o inferno que ele fez na minha vida, porra! QUE MERDA DO CARALHO!
— Não tá com ela...
A morena mais alta tentava limpar seu rosto que estava ainda mais banhando de lágrimas. A rainha estava em um momento frágil e seus servos estavam sem estratégias. O outro reino estava no topo novamente...
(...)
- Foi tão fácil, senhor... Entrei sem ninguém me ver. - O segurança rindo - Aqui está o que o senhor me pediu. - Entregou o gravador.
- Tem certeza que ninguém te viu?
- Tenho, senhor.
- Ótimo, você fez um bom trabalho, aqui tá o teu pagamento. - O homem entregou um envelope amarelo com uma quantia de dinheiro - Agora volte ao seu trabalho, porque daqui a pouco temos que ir ao tribunal.
- Sim, senhor. - Saiu.
O Freire estava com o gravador em suas mãos, um enorme sorriso tomova sua face, ele não deixaria Sarah vencer, nem que ele matasse-a primeiro. Saiu da sala e foi até o seu escritório, era lá que ele guardaria a prova do seu crime.
Para surpresa do mais velho, o senhor Queiroz havia chegado na mansão, e se juntou a ele no escritório para resolver assuntos finais do que o Freire devia ou não falar no tribunal. O advogado não tinha o conhecimento de que seu amigo e cliente não passava de um mentiroso e assassino, e que o enganou por muito tempo. Durante a conversa, a porta do escritório foi aberta por uma das cuidadoras da casa.
- Senhor Freire, devo informar que sua filha está aqui.
- É como dizem... Bom filho a casa torna, não é mesmo? - Zombou ele dando um sorriso vitorioso - Pode ir, avise à Juliette que já irei falar com ela.
- Com licença, senhores.
- Bom, acho que já terminamos, não é? - O advogado falou pegando sua maleta - Te encontro no tribunal.
- Vamos vencer essa, meu amigo. - O Freire estendeu a mão e o advogado fez o mesmo - Vamos vencer...
- Sim, é o que os melhores fazem. - Deu um sorriso e saiu do escritório.
O mais velho saiu e subiu as escadas que davam para o quarto de Juliette, e agradeceu a Deus por Fátima não estar em casa. Subiu e bateu na porta com educação.
- Pode entrar. - A voz meio rouca falou do outro lado da porta.
- Olha quem voltou pra casa... Papai tava com saudades de você, meu amor! - A abraçou - Não deixei que sua mãe mexesse em nada daqui, tá tudo como você deixou.
- Também tava com saudades do senhor, painho. - Disse com falsa emoção de alegria- Eu deveria ter escutado o senhor, me perdoe.
- Eu falei pra você que ela só tava te usando. Sarah é uma fracassada e você, minha filha, não pode conviver com esse tipo de gente.
- O senhor tem razão... Sou tão idiota por ter acreditado nela, acabei nem percebendo que ela só tava brincando comigo. Me sinto tão envergonhada de tá aqui diante do senhor, painho.
- Não precisa ter vergonha, filha. Todos nós erramos. Mas agora você tá aqui, e do meu lado, isso que importa. - Depositou um beijo na testa da morena - Tudo vai voltar a ser como era antes.
- Tá quase na hora do senhor ir pro tribunal, não é?
- Sim, está sim. Não quer ir me ver ganhar de uma vez por todas de Sarah Andrade?
- Não. Essa mulher já me fez sofrer o suficiente. - Bufou - Vou ficar aqui e descansar um pouco. Não vi mainha aqui, ela saiu?
- Saiu com as amigas dela e não vai voltar nem tão cedo, você terá a casa livre. Come alguma coisa... O dia tá quente, por que não vai pra piscina? - Sugeriu.
- Talvez, mas agora eu só quero dormir. - Sorriu falso.
- Bom, vou indo já. - Beijou a bochecha da mulher - Tchau, meu amor, eu te amo muito, não esqueça disso.
- Também te amo, papai.
Juliette esperou seu pai sair para desmanchar aquela sua melhor cara de arrependimento, ela estava com nojo, sentia raiva e repulsa por ser filha de um homem como o Freire. Depois de ter visto seu próprio genitor pagar o segurança por ter roubado Sarah, que ela não viu o que era, mas sabia que era algo de extrema importância. Viu quando da janela o carro do mais velho ia se distanciando da mansão, então ela pegou o celular e ligou para alguém que mudaria aquele jogo.
- Juliette? - Falou a voz surpresa do outro lado da linha.
- Senhor Queiroz, acho que está no hora do senhor saber algumas verdades.
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Eitaaa, meus amoresss!!
Continua...
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Love Contract Hot - Sariette [Revisando]
Hayran KurguSarah Andrade esperou toda a sua vida para vingar a morte dos seus pais. Ao conseguir se casar por contrato com a filha de um dos assassinos das pessoas que ela tanto amava, a Andrade começa uma guerra de poderes. Quem venceria esse jogo? O Sr. Frei...