Capítulo 21 - A viagem para Toronto

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No capítulo anterior

"— Chupe! - Ordenou lavando seus longos dedos até a boca carnuda da mais baixa, que abriu a boca e os chupou gostosamente, extremamente sexy."

(...)

Narrador

SARAH, VOCÊ TÁ LOUCA?! - Thaís gritou assim que acabou de processar tudo o que a brasiliense havia dito na ligação.

— Não, to plenamente bem.

Como assim você me manda anunciar para as revistas que o senhor Freire é um assassino e depois vem me dizer que vai pra Toronto?!

— Thaís, são só quatro dias, okay?! Só quero ficar com Juliette antes que tudo isso acabe.

Você está apaixonada... - Exclamou do outro lado da linha.

— Para, Thaís! Não to apaixonada por ninguém não.

O primeiro sinal é a negação, então você tá apaixonada sim.

Thaís, pare de falar merda e faça o que eu mandei, ou eu vou ter que te lembrar quem paga o seu salário? - A brasiliense disse visivelmente brava.

Só se você confessar pra mim que tá caidinha na morena, vulgo Juliette.

Mais que caralho! Já falei que não to apaixonada, caceta! Relacionamentos são confusos, os sentimentos machucam, quem precisa dessa merda de amor?

Sarah, se você gosta da Juliette é melhor dizer a ela enquanto tá ai, porque ela pode simplesmente fugir de você.

— Tchau, Thaís Braz!

Sentimentos não era o assunto preferido de Sarah. Para ela, os sentimentos só serviam para machucar as pessoas e em partes ela estava certa. Amar alguém te faz mais viva, mas quando esse amor não é correspondido, ou se é, não é na mesma intensidade, te faz cair em uma profunda escuridão, que pode durar dias, meses, anos. O pior de amar alguém é quando você decide falar o tão sincero "eu te amo" e ele não é retribuído.

— Sarah! - Juliette chamou a atenção da mais alta que parecia perdida em seus pensamentos. — Eu e Bê já estamos prontas. Tu já ligou pro colégio avisando que ela não vai esses dias?

— Ah sim, e Thaís tá organizando tudo. E outra, nós vamos com o jatinho da empresa, tá?

— Tu viu meu celular? Não achei ele em lugar nenhum vei. - Ela bufou, mas Sarah negou com a cabeça.

Afinal, a brasiliense havia o escondido, pois sabia que Viviane ao saber de tudo, certamente ligaria para a amiga e estragaria os planos de Sarah.

Após as três garotas saírem da mansão e entrarem no carro rumo à OPYA, Sarah torcia internamente para que desse tudo certo. Desejava mais um tempo com a mulher que estava fazendo seu pensamentos serem confundimos mil e uma vezes.

— Fazia muuuito tempo que a gente não viaja né, Sah? - Beatriz comentou sentando na cadeirinha do banco de trás e colocando o cinto de segurança.

— Verdade, Bibia, a última vez que viajamos foi pra Disney. - Sarah respondeu e olhou para Juliette, que sorriu colocando a mão sobre a coxa da mais alta.

Chegaram na empresa, Juliette pôde ver e sentir vários olhares sobre si, e aquilo estava se tornando bastante constrangedor. Thaís se aproximou das três. Primeiro cumprimentou Beatriz e logo em seguida a Freire, já em Sarah a advogada apenas olhou quase que matando a mulher, que sorriu cínica.

— Uhm, já volto, vou acertar algumas coisas com a Thaís. - Selou rapidamente seus lábios no de Juliette.

— Eu e Bê vamos ficar te esperando, tá?

Sarah assentiu e começou a andar em direção à sua sala tendo a certeza que estava sendo seguida por Thaís. A Andrade sentou em sua confortável cadeira, apoiou seus cotovelos sobre a mesa e encarou a advogada, que estava com a cara não muito boa.

— Será que você pode me explicar essa idéia maluca de viajar justo agora? - Braz cruzou os braços.

— Já disse que só quero um tempo com Juliette, só isso. - Responde simples.

— Sarah, será que você não percebe que tá apaixonada por ela?

— De novo essa história? Eu já disse que Eu. Não. Estou. Apaixonada. É tão difícil de entender? - Quase gritou.

— Cuidado pra não se sufocar com tudo isso que você fingi não estar sentindo.

— Mas quem liga? Ela não merece alguém como eu, Thaís, olha pra mim! - A brasiliense se levantou olhando fixamente para sua advogada. — Acha mesmo que Juliette seria feliz com uma pessoa como eu? Fria e egoísta?

— Para de agir assim. - A advogada deu alguns passos até que ficou cara a cara com a mais alta.

— Assim como?

— Como se nada te machucasse.

Sarah não respondeu, não gritou, sua expressão era indecifrável. Afinal, ninguém consegue entende-la, ela tinha os seus mistérios.

— Quero que você ligue pra Beatrix. - A mais alta finalmente fala algo.

— Não, Sarah, você sabe que nós não nos falamos há mais de seis anos. - Disse quase que apavorada.

— Eu sei. Mas isso é a sua vida pessoal, a questão agora é a OPYA, e eu preciso dela aqui hoje. Cês duas tomarão conta da empresa durante a minha viagem. - Ordenou.

— Okay, cê quer mesmo começar uma guerra né, Sarah?

— Não só quero, como já comecei.

— Você não tem medo que no final disso tudo você acabe na merda?

— São os meus medos que me motivam, quero ver até que ponto eu sou capaz de chegar.

— Você tá quebrando muitas regras.

— Não sigo regras, eu as crio e se possível, eu as quebro.

— Vou ligar pra Beatrix, o jatinho já tá pronto. - Disse por mim saindo da sala.

Sarah não demorou muito para sair também. E também não demorou muito para que as três estivessem dentro do jatinho rumo à Toronto. Bê estava bastante animada, assim como Juliette. A cabeça da Brasiliense não para de trabalhar um só segundo, por isso a mais alta optou por ficar mais quieta.

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Continua...

Love Contract Hot - Sariette [Revisando] Onde histórias criam vida. Descubra agora