No capítulo anterior
"— Chupe! - Ordenou lavando seus longos dedos até a boca carnuda da mais baixa, que abriu a boca e os chupou gostosamente, extremamente sexy."
(...)
Narrador
— SARAH, VOCÊ TÁ LOUCA?! - Thaís gritou assim que acabou de processar tudo o que a brasiliense havia dito na ligação.
— Não, to plenamente bem.
— Como assim você me manda anunciar para as revistas que o senhor Freire é um assassino e depois vem me dizer que vai pra Toronto?!
— Thaís, são só quatro dias, okay?! Só quero ficar com Juliette antes que tudo isso acabe.
— Você está apaixonada... - Exclamou do outro lado da linha.
— Para, Thaís! Não to apaixonada por ninguém não.
— O primeiro sinal é a negação, então você tá apaixonada sim.
— Thaís, pare de falar merda e faça o que eu mandei, ou eu vou ter que te lembrar quem paga o seu salário? - A brasiliense disse visivelmente brava.
— Só se você confessar pra mim que tá caidinha na morena, vulgo Juliette.
— Mais que caralho! Já falei que não to apaixonada, caceta! Relacionamentos são confusos, os sentimentos machucam, quem precisa dessa merda de amor?
— Sarah, se você gosta da Juliette é melhor dizer a ela enquanto tá ai, porque ela pode simplesmente fugir de você.
— Tchau, Thaís Braz!
Sentimentos não era o assunto preferido de Sarah. Para ela, os sentimentos só serviam para machucar as pessoas e em partes ela estava certa. Amar alguém te faz mais viva, mas quando esse amor não é correspondido, ou se é, não é na mesma intensidade, te faz cair em uma profunda escuridão, que pode durar dias, meses, anos. O pior de amar alguém é quando você decide falar o tão sincero "eu te amo" e ele não é retribuído.
— Sarah! - Juliette chamou a atenção da mais alta que parecia perdida em seus pensamentos. — Eu e Bê já estamos prontas. Tu já ligou pro colégio avisando que ela não vai esses dias?
— Ah sim, e Thaís tá organizando tudo. E outra, nós vamos com o jatinho da empresa, tá?
— Tu viu meu celular? Não achei ele em lugar nenhum vei. - Ela bufou, mas Sarah negou com a cabeça.
Afinal, a brasiliense havia o escondido, pois sabia que Viviane ao saber de tudo, certamente ligaria para a amiga e estragaria os planos de Sarah.
Após as três garotas saírem da mansão e entrarem no carro rumo à OPYA, Sarah torcia internamente para que desse tudo certo. Desejava mais um tempo com a mulher que estava fazendo seu pensamentos serem confundimos mil e uma vezes.
— Fazia muuuito tempo que a gente não viaja né, Sah? - Beatriz comentou sentando na cadeirinha do banco de trás e colocando o cinto de segurança.
— Verdade, Bibia, a última vez que viajamos foi pra Disney. - Sarah respondeu e olhou para Juliette, que sorriu colocando a mão sobre a coxa da mais alta.
Chegaram na empresa, Juliette pôde ver e sentir vários olhares sobre si, e aquilo estava se tornando bastante constrangedor. Thaís se aproximou das três. Primeiro cumprimentou Beatriz e logo em seguida a Freire, já em Sarah a advogada apenas olhou quase que matando a mulher, que sorriu cínica.
— Uhm, já volto, vou acertar algumas coisas com a Thaís. - Selou rapidamente seus lábios no de Juliette.
— Eu e Bê vamos ficar te esperando, tá?
Sarah assentiu e começou a andar em direção à sua sala tendo a certeza que estava sendo seguida por Thaís. A Andrade sentou em sua confortável cadeira, apoiou seus cotovelos sobre a mesa e encarou a advogada, que estava com a cara não muito boa.
— Será que você pode me explicar essa idéia maluca de viajar justo agora? - Braz cruzou os braços.
— Já disse que só quero um tempo com Juliette, só isso. - Responde simples.
— Sarah, será que você não percebe que tá apaixonada por ela?
— De novo essa história? Eu já disse que Eu. Não. Estou. Apaixonada. É tão difícil de entender? - Quase gritou.
— Cuidado pra não se sufocar com tudo isso que você fingi não estar sentindo.
— Mas quem liga? Ela não merece alguém como eu, Thaís, olha pra mim! - A brasiliense se levantou olhando fixamente para sua advogada. — Acha mesmo que Juliette seria feliz com uma pessoa como eu? Fria e egoísta?
— Para de agir assim. - A advogada deu alguns passos até que ficou cara a cara com a mais alta.
— Assim como?
— Como se nada te machucasse.
Sarah não respondeu, não gritou, sua expressão era indecifrável. Afinal, ninguém consegue entende-la, ela tinha os seus mistérios.
— Quero que você ligue pra Beatrix. - A mais alta finalmente fala algo.
— Não, Sarah, você sabe que nós não nos falamos há mais de seis anos. - Disse quase que apavorada.
— Eu sei. Mas isso é a sua vida pessoal, a questão agora é a OPYA, e eu preciso dela aqui hoje. Cês duas tomarão conta da empresa durante a minha viagem. - Ordenou.
— Okay, cê quer mesmo começar uma guerra né, Sarah?
— Não só quero, como já comecei.
— Você não tem medo que no final disso tudo você acabe na merda?
— São os meus medos que me motivam, quero ver até que ponto eu sou capaz de chegar.
— Você tá quebrando muitas regras.
— Não sigo regras, eu as crio e se possível, eu as quebro.
— Vou ligar pra Beatrix, o jatinho já tá pronto. - Disse por mim saindo da sala.
Sarah não demorou muito para sair também. E também não demorou muito para que as três estivessem dentro do jatinho rumo à Toronto. Bê estava bastante animada, assim como Juliette. A cabeça da Brasiliense não para de trabalhar um só segundo, por isso a mais alta optou por ficar mais quieta.
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Continua...
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Love Contract Hot - Sariette [Revisando]
FanfictionSarah Andrade esperou toda a sua vida para vingar a morte dos seus pais. Ao conseguir se casar por contrato com a filha de um dos assassinos das pessoas que ela tanto amava, a Andrade começa uma guerra de poderes. Quem venceria esse jogo? O Sr. Frei...