Capítulo 30 - Confronto

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No capítulo anterior

"então ela pegou o celular e ligou para alguém que mudaria aquele jogo.

- Juliette? - Falou a voz surpresa do outro lado da linha.

- Senhor Queiroz, acho que está no hora do senhor saber algumas verdades."

(...)

6/10 - Narrador

- Sarah? - A advogada a chamou pela terceira vez e Sarah respondeu com um som nasal - Estamos chegando no Tribunal.

- O que adianta tudo isso? Não temos a merda que comprova que aquele desgraçado matou meus pais. Acabou, Thaís, ele venceu. - Falou baixando a cabeça.

- Vai desistir agora? Não temos a prova principal, mas temos outros papéis que comprovam que ele é corrupto e...

- Não, Thaís! Eu entrei nesse jogo pra ver aquele assassino sendo preso por matar meus pais, e não por ser a porra de um corrupto. EU perdi a droga desse jogo e ainda perdi o amor da minha vida.

- Como você disse: isso é uma jogo, e o senhor Freire quer que desistamos no primeiro tombo. Não facilite o trabalho dele. - A advogada disse fazendo a mais alta suspirar - Eu acredito em você, Beatrix também e não podemos esquecer de Viviane, que nos ajudou demais.

Sarah suspirou pesadamente e olhou para sua amiga, que tinha um olhar sincero. O carro parou e rapidamente o motorista abriu a porta para ambas as mulheres sairem. A Andrade olhou ao redor, deduziu que seu rival já estava presente, assim como alguns jornalistas que a brasiliense ignorou completamente enquanto seguia para a grande porta de entrada.

O Tribunal

Todos já estavam em seus devidos lugares, Sarah estava no lado esquerdo com sua advogada Thaís e sua representante, Beatrix. Já o Freire, estava no lado direito com seu advogado, Queiroz, e as testemunhas locais que assistiam tudo aquilo.

- Todos em pé para reverenciar o senhor Alex. - Falou um homem alto e forte, e assim todos o obedeceram.

O julgamento começou, ambas as partes apresentavam suas acusações e provas, o juíz analisava um por um. E não demorou muito para que as testemunhas fossem chamadas para depor.

A penúltima testemunha era um dos mais confiáveis acionistas do senhor Freire, o renomado Senhor Francis.

- Senhor, nos diga onde estava o senhor Freire na noite do acidente que envolve a morte do senhor e senhora Andrade? Você afirma parente a todos nesse tribunal e ao juiz, que ele estava com você? - Perguntou o senhor Queiroz.

- Sim, eu afirmo. - Mentiu - O senhor Freire estava comigo em um restaurante junto com outros acionistas, comemorando uma grande vitória que havíamos conquistado, e ficamos chocados com a notícia da morte do senhor e senhora Andrade. - Acrescentou.

- Comemoravam o quê?

- Havíamos construído um luxuoso hotel na China e os negócios estavam indo muito bem. - Disse rapidamente.

- Justamente no dia em que aconteceu o acidente? Irônico, não? - Thaís fala levantando uma de suas sobrancelhas.

- Foi apenas uma coincidência...

- Eu não acredito em coincidências, mas tudo bem. Minhas perguntas encerraram por aqui, senhor Juíz.

Senhor Freire tinha em seus lábios um sorriso de vencedor, era nítido que aquilo deixava Sarah ainda mais irritada.

- O advogado do acusado tem algo a mais para falar? - Senhor Alex perguntou e recebeu um "não" vindo do mesmo - Pode chamar a próxima testemunha.

- Senhorita Viviane de Queiroz Pereira. - Chamou.

O sorriso de Lourival sumiu, ele não podia acreditar no nome que havia escutado, olhou para o advogado que fingiu estar surpreso. Viviane se sentou e rapidamente Thaís se pôs de pé. Sarah, mesmo tensa e nervosa, tinha dentro de si um pingo de esperança de que sairia de lá com o Freire preso.

- Antes de tudo, devo lembrar que o senhor Freire está sendo acusado de assassinato e corrupção. - Beatrix se levantou e falou.

- Sim, apresente suas perguntas, senhora Braz. - O Juiz falou.

- Senhorita Queiroz, conte para nós o que você afirmou ter escutado sobre uma suposta fraude nas construções.

- Eu estava na casa do senhor Freire e ele conversava algo importante no telefone, foi então que antes de eu ir embora, escutei perfeitamente ele falar que os papéis estão assinados e que ninguém seria capaz de perceber que eram ilegais. - Falou Viviane antes de ser interrompida.

- ISSO É MENTIRA! - Gritou o Freire.

- Silêncio! Senhor Freire, peço que não interrompa novamente. - Alertou o juíz - Continue a falar, senhorita.

- E nessa conversa você pode escutar ao que se referiam? - Thaís perguntou.

- Sobre as construções de novos hotéis e até mesmo de outras empresas com o nome Freire em outros papéis, como China, Canadá e Estados Unidos...

- VÃO ACREDITAR EM UMA GAROTA DE VINTE E NOVE ANOS?! - Gritou o Freire novamente - Faça alguma coisa!

- Por favor, se acalme, isso vai piorar para o seu lado. - O advogado falou com razão - Minha filha não tem motivos para mentir.

- De que lado você está?

- Da verdade.

- Tem mais alguma pergunta, senhorita Braz? - Olhou o juíz para Thaís queria e negou com a cabeça e se sentou.

O juíz analisou os papéis que ambas as partes apresentam diante dele juntamente com os jurados ali presentes. Sarah estava inconformada por não ter o Freire sendo julgado por assassinato, e sim por corrupção.

- A primeira acusação contra o senhor Lourival Freire foi pelo assassinato do senhor e senhora Andrade, mas nenhuma prova foi apresentada. - Começou a falar o Juíz - Mas, sobre as corrupções há muitas provas que afirmam tudo o que foi apresentado e falado pelas testemunhas.

Ele não seria julgado como assassino.

- Minha decisão final é que o Senhor Lourival Freire seja preso por corrupção, com a pena de vinte anos, tendo o direito de pagar com doações e serviços públicos. - O juíz comunica, mas antes de bater o martelo o grande porta de madeira se abriu.

Todos olharam para ver quem estava entrando.

- Juliette?! - Todos ali que a conheciam falaram.

- EU TENHO PROVAS DE QUE ESSE HOMEM É ASSASSINO! - Gritou Juliette com o gravador em sua mão.

Um grande coro de reações surpresas tomou a sala.

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Continua...

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