Capítulo 31 - A Decisão

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No capítulo anterior

"Todos olharam para ver quem estava entrando.

- Juliette?! - Todos ali que a conheciam falaram.

- EU TENHO PROVAS DE QUE ESSE HOMEM É ASSASSINO! - Gritou Juliette com o gravador em sua mão.

Um grande coro de reações surpresas tomou a sala."

(...)

7/10 - Narrador

Juliette ignorou totalmente a presença do seu pai e foi em direção à Thaís, Beatrix e Sarah. Chegando lá, entregou para Senhorita Braz o gravador. A Brasiliense não acreditava que estava vendo a mulher que é apaixonada ao seu lado, ignorando tudo o que ela havia feito. Era mais do que ela merecia.

- Senhor Juiz, creio que o senhor deva ouvir o que está nesse gravador antes de tomar sua última decisão.

- NÃO! - Gritou Lourival. - Faça alguma coisa, seu estúpido!

- Como eu disse: A verdade sempre vence, senhor Freire. Se é inocente, não tem porque temer, ou tem? - Ironizou o advogado do Freire.

O Juiz pediu para que Thaís lhe entregasse o gravador, e assim ela fez. Sarah olhava cada passo atentamente e não estava acreditando no que havia acontecido. Juliette estava ao lado de Beatrix, a morena não se permitia olhar para a mais alta, estava nervosa e certa de que escolheu o lado certo.

A autoridade máxima daquela grande sala apertou o botão do pequeno objeto, começou a ouvir uma voz masculina soar.

" - É... Provavelmente alguém vai estar ouvindo isso... Tá, vou contar tudo... Fui contratado para matar um casal e, de início eu não sabia quem era, apenas fiquei sabendo que fui contratado por um cara de muita grana, no caso, o senhor Lourival Feitosa Freire. Ele me deu livre acesso a mansão do casal que teria que matar, pois disse que era um grande amigo deles. Então... Eu contei o fio que faz o carro ficar sem o freio. Não demorou muito para que o plano saísse como o planejado, causando a morte do senhor e da senhora Andrade.

- O senhor Freire me deu quinhentos mil reais, mas fiquei insatisfeito com a quantia, eu queria mais. Provavelmente quando alguém achar isso, ele já tenha me matado... Mas quero pedir minhas sinceras desculpas à Sarah Andrade. Vou me culpar para sempre por ter matado seus pais, pareciam um casal que realmente era feliz... Mas eu não tive escolha, eu realmente precisava do dinheiro. Por isso eu estou gravando isso, para contar quem realmente é o senhor Freire e que ele o mandante da morte do casal. Espero que esse desgraçado morra na cadeia."

O rosto de Sarah estava inundando pelas lágrimas, ela tinha um sentimento de alívio dentro de si, como se finalmente estivesse vingando a morte de seus pais. A Brasiliense sentiu alguém passar o braço por sua cintura e logo reconheceu que era Juliette, ela também chorava abraçada a mais alta.

- ISSO É MENTIRA, SENHOR! - Gritou inutilmente o Freire.

- Cale essa boca! - Gritou o advogado do mais velho. - Isso é verdade, senhor Juiz. Meu cliente, o senhor Freire, foi o mandante da morte de Evandro e Abadia Andrade. Aliás, tudo o que está sendo julgado nesse tribunal é verdade, é tão verdade quanto ao fato desse desgraça estar dormindo com a minha esposa por anos! - Empurrou o Freire para tentar bate-lo, mas foi impedido por um policial.

As testemunhas ali presentes, assim como os jurados, estava espantados.

Definitivamente estava sendo uma guerra onde a verdade ganhou, mas será valeu tudo isso quando no final tiveram tantos corações machucados?

- Bom, depois de tudo, eu condeno Lourival Feitosa Freire a quarenta anos de prisão pelo assassinato de Evandro Andrade e Abadia Andrade, e vinte e um anos por corrupção, sem direito a outro julgamento ou benefícios como serviço públicos e humanitários. - Bateu o martelo - Caso encerrado!

Lourival arregalou os olhos quando sentiu os policiais se aproximando para então o prender. Tentou gritar, mas foi ignorado. Thaís e Beatrix comemoraram, assim como Viviane que abraçou seu pai. O Freire poderia ser o seu pai de sangue, mas Pocah só havia amado um pai e para ela o senhor Queiroz era sim seu pai de verdade. Sarah e Juliette ainda estavam abraçadas, a mais baixa ouviu e viu seu pai sendo julgado e preso, isso estava ferindo-a, mas não se arrependia de tudo que fez. Carolline chorava de alegria e tristeza, apesar de tudo ainda sentia falta dos pais e sentir os braços de sua (ainda) esposa envolvidos nos seus.

- Por que você fez isso, Juliette? - Murmurou com dificuldade.

A morena cortou o abraço para encarar Sarah, ficaram se olhando por longos segundos e então respirou fundo para falar.

- Porque eu te amo. Eu escolhi isso, eu escolhi a verdade, Sarah. Descobri que meu pai era um assassino, descobri que a minha melhor amiga na verdade é minha irmã, descobri que minha mãe tinha e tem nojo de mim, descobri que vivi em uma família que se baseava em mentiras... - Falou suspirando fortemente - E descobri que amo uma mulher que teve a minha vida em suas mãos milhares de vezes, e que me fez assinar um contrato que dá a ela metade da empresa do meu pai, me fez casar com ela e me apaixonar perdidamente, loucamente por ela.

- É... Um verdadeiro amor por contrato. - Sarah sorriu fraco limpando do seu rosto.

- Eu te amo, Sarah. Sei que você sofreu muito e, me desculpe por não ter te escutado antes, mas agora to aqui te pedindo desculpas... - Depositou suas mãos no rosto da mais alta - Eu não consigo viver sem você, meu bem.

- Juliette, eu... Eu amo você. Amo tanto que chega a doer aqui - Aponta para seu peito - Meu bem, você tem totalmente controle sobre mim. - Sorriu em meio as lágrimas - Sou nova nesse negócio de amar, eu sei... Irei tropeçar e cair, pois ainda to aprendendo a amar, estou aprendendo a te amar.

Então elas se beijaram, começou um beijo digno de cinema.

- Cê realmente tem idéia do quanto é importante pra mim? Alguma noção do quanto eu te amo? - Perguntou sobre os lábios de Juliette.

- Não, não tinha, mas agora eu tenho.

- Conseguimos! - Beatrix, Thaís e Viviane gritaram juntas.

- Ainda não estou acreditando que ganhamos! - Beatrix disse abraçando as duas outras mulheres.

- Tudo graças a Juliette. - A advogada disse sorrindo para depois abraçar a morena - Você foi muito importante para tudo isso acontecer.

- Só fiz o que era certo.

- Acho que merecemos uma bebida forte, isso me deixou nervosa. - Viviane falou arrancando risos das outras - Vou ligar pra minha namorada.

- Que tal irmos pra minha casa? Lá tem muitas bebidas. - Beatrix sugeriu.

- Eu topo. Só tenho que buscar Bianca no banco. - Viviane apareceu com o celular no ouvido, provavelmente estava falando com a sua namorada - Chego aí em dez minutos, meu amor. Tchau, beijo.

- Tu é muito cadelinha da Bianca, né? - Beatrix perguntou

- Até parece que que você não era assim pela chata da Thaís, se brincar é assim até hoje. - Viviane diz fazendo Beatrix corar - E nem tente negar, isso tá estampado na tua cara.

- Talvez eu a ame ainda... Só um pouco.

- Um pouco? - Thaís a encarou - Só um pouco, Beatrix?

- Tá, tá, eu te amo! Mas isso não significa que eu te perdoei completamente.

As coisas daqui para frente iriam ser diferentes e melhores. Memórias passadas serão recordadas e novas memórias serão construídas.

Percebemos aqui que devemos sempre ir até o fim com as nossas decisões, pois são nos fins que aprendemos as verdadeiras lições.

Com o fim de todo o caos que viveu durante anos, Sarah conseguiu entender que o amor pode chegar das formas mais loucas possíveis, inclusive, através de um mero contrato. Dessa forma, chegamos a conclusão que é preciso acreditar que o destino não deixa na mão aqueles que estão dispostos a irem até o final pelo que desejam.

A real história continua, o final nunca terá um ponto final, mas sim uma vírgula, pois podemos a cada dia escrever novas histórias.

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Continua...

Love Contract Hot - Sariette [Revisando] Onde histórias criam vida. Descubra agora