Capítulo 20 - Desabafos

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No capítulo anterior

"- Uau! - Disse recuperando o fôlego e ajudando Juliette a se levantar.

- Vem, meu bem, vem sentir seu gosto. - Juliette a puxa para um beijo intenso, meu intenso."

(...)

Narrador

Estavam deitadas na cama e pela primeira vez elas durmiram abraçadas, exaltas pela longa noite de sexo. Não foi algo pensado, apenas aconteceu... E quando se deram conta, estavam abraçadas, sentindo o perfume uma da outra.

- Boa noite, Sah.

- Boa noite, meu bem.

Ao contrário de Juliette, a mais alta falhou na sua tentativa de dormir, pois seus pensamentos insistiam em tomar conta de sua mente. Sarah levantou-se com cuidado para não acordar a morena que descansava tranquilamente, e foi até à cozinha beber um pouco de água.

Se você perguntar para qualquer pessoa se algum dia ela já se arrependeu, tenho a certeza que a maioria irá dizer que sim.

É inevitável o sentimento de arrependimento, nem que seja passageiro. Por mais que a maioria diga "ah, eu não me arrependo de nada" e blá, blá, blá, sempre terá algo que no fundo a gente tenha se arrependido de ter feito. Nem que tenha sido uma palavra mal colocada, uma atitude exagerada, um posicionamento não esclarecido, um momento vivido. O arrependimento estaria ali.

Ele é a maneira de dizer a nós mesmo o quanto somos e o quanto os outros são egoístas. O arrependimento é tão horrível que faz você se sentir a pior pessoa do mundo, porque você está se matando por dentro e odiando a si mesmo por ter tido uma atitude completamente idiota.

E toda atitude gera uma consequência. Talvez essa atitude não possa mais ser revertida, talvez essa atitude machuque ou tenha machucado tanto a outra pessoa, que essa pessoa não consegue lhe perdoar, e se consegue... Ela já não será mais a mesma.

Sarah tinha planos em sua mente, inúmeras maneiras de derrubar o Senhor Freire, mas nenhum desses planos tinha Juliette. E, agora a morena queria viajar com a paraibana, iria fazer de tudo para que a mais baixa não descobrisse que ao acordar teria a informação que seu pai era um assassino.

Tarefa difícil que a Andrade estava disposta a tentar. Estava tudo perfeitamente planejado.

Amanhã ligaria para Thaís pedindo à ela para que preparasse o avião particular da empresa. Iria com destino ao Canadá, especificadamente, para Toronto. Lá seria mais fácil a morena se distrair, e Sarah teria exatos quatro dias para ficar com Juliette.

Provavelmente os únicos e últimos dias ao lado da mulher que acabara de compartilhar sua intimidade.

Se caso Juliette descobrir que a mais alta foi a corda para o fim da empresa Freire, a morena ficaria ou iria embora?

- Não te vi na cama... - Juliette aparece na sala, só com uma blusa que ia até seus joelhos, assustando Sarah. - Desculpa, não queria te assustar, sarará.

- Tudo bem. - Murmurou batendo no lado do sofá para que Juliette sentasse.

A morena não sentou e sim deitou com as pernas esticadas no confortável sofá, repousando a cabeça nas pernas nas coxas de Sarah.

- Sah, faz carinho nimim... - Automaticamente a mais alta começou um cafuné, fazendo a mais baixa sorrir. Elas faziam coisas que um casal de verdade faziam, e nunca percebiam o ato automático e inocente, eram orgulhosas demais para admitir algo.

- O que tu tanto pensava? Tu parecia bem pensativa quando cheguei.

- Tava pensando nos meus pais.

- Sinto muito, sarará.

Love Contract Hot - Sariette [Revisando] Onde histórias criam vida. Descubra agora