Capítulo 6 - Olá, Dona Morte - Parte 1

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Eles viram Pacifica meio machucada carregando Dipper desmaiado em seus ombros. Pacifica se alegrou em ver Gideon ali, contudo Mabel ficou enfurecida ao ver o estado de seu irmão.

— Sua puta! O que você fez com meu irmão?!


————————————— 5 horas antes —————————————


Pacifica deixou a casa de Gideon às pressas. Ela estava tão absorta na conversa com seu amigo que acabou perdendo a noção do tempo e já estava quase na hora do encontro com Dipper em sua casa. A garota sentiu um misto de emoções, afinal, essa era a primeira vez que sairia com um garoto. No entanto, um desconforto a acompanhava, uma sensação estranha sobre sair com alguém que mal conhecia. Ela concordou com esse encontro mais por um sentimento de culpa, como se devesse algo a ele por tê-la salvo algumas noites atrás.

Enquanto corria até sua casa, um aperto no peito a incomodou. No entanto, ela não conseguiu entender exatamente o que era. Seria ansiedade? Ou há algo mais? Ela tentou concentrar-se apenas em chegar em casa, já que está quase lá.

Quando finalmente chegou à sua casa, Pacifica avistou Dipper na porta, ao lado de um carro elegante. O garoto parecia um tanto impaciente, mas quando ouviu os passos de Pacifica se aproximando, virou-se para ela. Mesmo vendo que ela estava um pouco suada e cansada da corrida, ele lhe ofereceu um pequeno sorriso.

— Olha só quem resolveu aparecer. Espero que não tenha esquecido do nosso compromisso — Dipper disse com um tom impaciente.

— Er... claro que não esqueci! Só me atrasei um pouco por causa... — Pacifica começou a falar, buscando uma desculpa. — Pão! Eu tive que comprar pão para o meu pai!

— Pão? Entendo. Mas onde está o pão?

— Onde? É... a padaria tava sem pão, então tive que voltar de mãos vazias.

— Entendi. Parece que você ainda não está pronta. Vou esperar aqui fora até você se arrumar para sairmos — respondeu Dipper, observando as roupas coloridas e vibrantes que Pacifica estava usando.

— Quê? Claro que estou pronta! Só vou lavar o rosto rapidinho e podemos sair. Espera aí, não vai demorar nada — retrucou Pacifica se dirigindo à porta.

Caipira... — sussurrou Dipper, com um olhar de desaprovação, enquanto observava a garota entrando na casa.

Não demorou muito até que Pacifica saísse novamente pela porta, com menos suor no corpo e um grande sorriso colorido graças a seu aparelho de arco-íris.

— Pronto! A nova Pacifica está aqui! E ainda consegui roubar um chiclete da mesa, hehe — exclamou ela, estendendo os braços para mostrar que não está mais suada.

— Perfeito, você é a garota mais bonita que vi nesta cidade até hoje — elogiou Dipper com um olhar de encantamento.

— Tá, tanto faz, vamos logo com isso. Ainda tenho que mostrar meus movimentos de karatê para o Gideon mais tarde, ele vai se arrepender de ter duvidado dos meus poderes no hospital!

— Ah... Claro, vamos.

Dipper abriu a porta do carro para Pacifica e ela entrou pulando no veículo, como uma criança cheia de energia. Dipper estava visivelmente incomodado com a falta de etiqueta e elegância de Pacifica desde que ela chegara ali. Mas o que mais o irritava era o fato de ela não ter se impressionado com seu charme momentos atrás. Dipper nunca havia experimentado algo assim. Pacifica era totalmente desinibida e sem cerimônia, o que o perturbava profundamente. No entanto, ele respirou fundo e se lembrou de que todo o seu esforço não seria em vão, logo ele teria o diário número três em suas mãos.

Reverse Falls: O Fim do EspetáculoOnde histórias criam vida. Descubra agora