— Pacifica... — chamou Gideon com uma voz calma e rouca.
A garota tomou um pequeno susto com essa voz repentina, mas, se virou rapidamente para checar. Ao olhar para a cama, viu seu amigo acordado e consciente, embora estivesse acabado de acordar, ele ostentava um sorriso gentil e radiante. Pacifica não conseguiu nem mesmo falar, sua voz parecia estar presa. Os olhos da garota se encheram de lágrimas, e seu corpo ficou totalmente trêmulo .
— Gi- Gi- — a voz da garota ainda estava lutando para sair. — GIDEON! — gritou finalmente libertando sua voz.
Sem hesitar, Pacifica deu um grande salto e abraçou Gideon. A garota não conseguia parar de chorar naquele momento; todas aquelas lágrimas eram de alívio por ver Gideon bem. Com o barulho da choradeira no quarto, as enfermeiras entraram e ficaram surpresas ao ver Gideon acordado. Como o médico não tinha dado previsão de quando ele despertaria, todos pensavam que demoraria bastante. Rapidamente, os médicos e a mãe do garoto foram chamados. Os médicos submeteram Gideon a alguns exames para avaliar sua condição, mas, para a felicidade de todos, estava tudo normal. O mais estranho era que os hematomas e ossos quebrados pareciam ter se curado de alguma forma. Não havia explicação lógica para isso. Talvez os exames anteriores estivessem incorretos e ele não tivesse se ferido tão gravemente quanto pensavam. Como os equipamentos do hospital não eram muito sofisticados, essa seria uma explicação plausível para a "melhora repentina" do garoto. Após realizar todos os exames, os médicos deram alta e disseram que ele poderia ir para casa no dia seguinte, ficando aquela noite apenas para garantir que não houvesse recaídas. Pacifica concordou com a mãe do garoto que ficaria aquela noite no hospital, já que ela insistiu muito e havia passado as noites anteriores lá.
Já era noite e Gideon estava sozinho no quarto do hospital, sentado em sua cama, refletindo sobre tudo o que aconteceu naquela floresta. Ele se perguntava se tudo aquilo tinha sido real ou apenas fruto de sua imaginação. Não conseguia entender o envolvimento de Camelia com aquele lugar estranho. Enquanto estava imerso em seus pensamentos, notou a porta do quarto se abrindo. Ao olhar, viu uma visão horripilante: Mabel Gleeful, espreitando na porta. A garota tinha um olhar sinistro e um sorriso que lembrava um assassino de filmes de terror. Ao ser notada, ela entrou no quarto e fechou a porta lentamente.
— Boa noite, fofucho. Tudo bem? — falou Mabel se sentando no pé da cama.
— M-Mabel, o que você faz aqui?
— Ué, não posso vir ver meu namorado?
— Você não é bem vinda aqui...
— Fiquei preocupada quando soube que você estava aqui no hospital. Eu queria ter vindo antes, mas, tinha alguns assuntos para resolver.
— Assuntos? — disse Gideon preocupado que ela tenha machucado algum inocente.
— Lembra deste colar? — Mabel mostrou o colar brilhando em azul. — Você nos deu bastante trabalho quebrado ele, sabe... Tivemos que fazer algumas coisas que não queríamos, contudo, conseguimos recuperar nossa magia!
— Nossa, que ótima notícia — Gideon Ironizou.
— Não é?! Eu também tenho algumas noticias para te dar, aposto que você vai gostar! — Mabel começou a mexer no bolso e tirou um pequeno anel e apontando na direção do garoto — Gideon Pines! Você aceita se casar comigo?
Aquilo pegou Gideon de surpresa, ele não esperava ouvir uma proposta daquela. Claro que aquilo era uma ideia esdrúxula que somente Mabel poderia proporcionar. Todavia, toda aquela confiança da menina era muito estranha. Parecia até mesmo que ela tinha tudo sobre controle. Provavelmente ela já sabia que Gideon recusaria, por isso ele não entendia o porquê dela estar fazendo a proposta.
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Reverse Falls: O Fim do Espetáculo
FanfictionNeste emocionante conto de aventura e mistério, Pacifica Southeast embarca em uma viagem de verão que a leva a Reverse Falls, uma cidade aparentemente pacífica e encantadora. No entanto, à medida que ela se reconecta com seu amigo de infância, Gideo...