A VERDADEIRA FELICIDADE | LIVRO III

9

JASMINE FREIRE

Me aproximei de Ângelo, vendo o restante saírem dos carros.

— Aqui é bem bonito... — comentou, Ângelo.

— E bem calmo também — completei.

— Já pensou em morar aqui?

— Bom, pensando bem... eu não viria para cá — confessei — É um pouco movimentado e prefiro minha fazenda, mesmo...

— Compreendo... — suspirou — Eu espero, de verdade, que a reação deles sejam boas...

— Eu estou implorando isso à Deus... — acabamos rindo por conta da tensão — Será, que... Frederico reagirá bem?

— E por quê ele não o faria?

— Você sabe muito bem...

Juntei meus dedos, eu torcia para que desse certo e que todos saíssem felizes naquela noite, principalmente nós dois. Eu fico até admirada pelo fato de eu ter conseguido dormir nas noites anteriores, Ângelo me deu paz e não tribulação.

— Vai dar tudo certo...

Seguimos na frente assim que todos estavam prontos, bati à porta duas vezes e não demorou para que o sorriso de uma das minhas pessoas preferidas, surgisse.

— Ah, vocês chegaram! — sorriu, cumprimentou a Ângelo e a mim — Vamos! Entrem! — pediu, animada, assim o fizemos.

Surpresa pela quantidade de pessoas e por estar vivenciando um reencontro, Margarida ficou boquiaberta e feliz por reconhecer cada um que entrou em seguida, cumprimentou e notei que o sorriso em seu rosto dificilmente saiu, principalmente ao ver uma certa pessoa...

— Você nem me disse que viria — comentou baixo, à Patrick.

— Surpresa! — piscou, ela revirou os olhos.

— Se sintam em casa. Estamos muito felizes em recebê-los e de reencontra-los depois de tanto tempo!

— Nós também — disse, Nora.

Marina entrou no ambiente acompanhada por seu filho, os olhos surpresos dos dois vagaram em nós enquanto suas palavras de surpresa soou no ambiente.

Nos sentamos sem deixar que a conversa morresse, Ângelo ficou ao meu lado mas evitei ao máximo não olha-lo muito. Frederico se pôs próximo a mim.

— E espero que essas férias sejam longas! — desejou, Nora em meio a conversa.

— Ah, eu digo o mesmo — disse, Marina — É tão bom passar um tempo tranquilo ao lado das pessoas que amamos e gostamos de ter por perto... — sorriu.

— Isso mesmo!

Num piscar de olhos, nossa conversa fluiu e o tempo passou, perguntas, brincadeiras e assuntos não falados foram de nós. Eu me sentia totalmente bem e em casa, ao lado das pessoas que sempre amei. Os jovens gostaram bastante da conversa e não deixaram de comentar algo, provavelmente, conversar, era um dom de família.

Com minhas mãos sobre os joelhos, sorri. Ângelo parecia bem mais relaxado. Margarida surgiu perto de mim tocando minha mão.

— Você me ajuda com os pratos?

— É claro! — retirei a almofada de cima do meu colo, olhei para meu companheiro — Não demoro — assentiu.

Alisei meu vestido, e acompanhei a minha amiga até a cozinha.

Caminhamos até próximo a mesa de madeira da cozinha que continha bastante comida.

— Mamãe disse que seria bom deixar ela bem farta — contou, já pegando a louça — E olha que ela não soube de nada. Apenas eu e Fred sabíamos que vocês viriam!