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ARIANNA FRANCONI

Temos que sempre tomar cautela e principalmente, saber as consequências da nossas ações quando agimos sobre algo. Repeti isso diversas vezes a mim e para meu irmão. Nosso plano estava fluindo como água no rio...

O filho da insuportável da Valentina, provavelmente, ainda tinha pesadelos com a boneca em que eu mesma fiquei encarregada de fornecer os matérias necessários; Isabella, Benício e a pirralha de Patrick ainda estavam se recuperando da queda; e Ângelo, do tiro que acabou sendo de raspão. Que inferno! Nem para a bala ficar alojada em um dos seus órgãos ela ficou! Só de pensar nisso, minha raiva sobe. Mesmo que eu desejasse vê-lo abaixo da terra, sem vida alguma, ele sua família. Não podia deixar que o meu desejo fosse maior que o raciocínio e a lógica.

Conversando com meu meio irmão, tomamos a decisão de que ficarmos quietos pelo menos por um tempo, para que pensassem que a tranquilidade chegou. E quando menos esperassem... Uma bomba de coisas ruins aconteceria. Era tão irônico pensar dessa maneira.

O tempo passou tão rápido que quando vi, faltava apenas pouquíssimos dias para o aniversário de Milena, filha de minha amiga Joyce. Meu maior foco era o desfile e a marca, nada além.

Tive de manter meu bom controle para não perder a paciência ensinando as meninas a desfilarem de forma adequada. Fiquei responsável por diversas coisas, como decoração, lugar o qual seria um salão enorme que consegui agendar e soube que seria novo, fotógrafos... A maioria das coisas deixei para que pessoas de “confiança” tomassem conta por mim. Minha cabeça já estava cheia o suficiente.

— Com mais graça, Milena — aconselhei a menina. Eu, ela, suas duas amigas e sua mãe ainda estávamos na cobertura da casa tomando um bom sol — Não deixe o sorriso morrer.

A garota assentiu, e andou novamente.

— Você dá bem com crianças... — comentou minha amiga, a encarei sob os óculos escuros.

A gravidez estava fazendo bem para ela, seus cabelos estavam bem brilhosos e castanhos, a pele tinha ganhado uma coloração rosada e ganhado mais corpo. Sua blusa regata, short, sandálias e saída de praia couberam adequadamente em seu corpo que aos poucos estava mudando.

— As meninas estão obedecendo perfeitamente a você...

— Não quer dizer que elas estão me escutando ou fazendo o que estou mandando, que eu me dou bem com outras. O.K?

Me encarou, incrédula, pondo sua perna direita sobra a esquerda.

— Ok... — sussurrou voltando seu olhar para o trio de meninas.

A piscina era bem ameaçadora, porém, era apenas prestar atenção que não caíria. Todo a cobertura era bem bonita, o guarda-corpo de vidro tinha um brilho divido ao redor. O formato quadrado pareceu ter encaixado perfeitamente, os sofás brancos e cadeiras, no lugar em que eu estava, davam um cenário perfeito para descanso.

Fitei as pequenas “modelos” me levantando em seguida, caminhei na direção das três que me olharam com curiosidade. Diferente de Milena, as duas meninas tinham características bem diferentes, uma era morena e a outra com traços asiáticos. O que realmente importava era como iria se portar e seus pais por serem bem reconhecidos, terem seus nomes nos jornais que surgiram logo no evento, dando assim, um ótimo reconhecimento para nós.

— Como vocês são crianças, e já sabem do que vou falar. Vou repetir mais uma vez — olharam-me atentamente enquanto eu me preparava para desfilar — São pequenas e jovens, envés de transmitirem uma mensagem fechada — pus minha mão na cintura — Esbanjem seu sorriso, sua simpatia...

A VERDADEIRA FELICIDADE | LIVRO IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora