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ÂNGELO VITELLO

Cinco dias se passaram e esses foram bem tranquilos, já estávamos de volta a fazenda podendo desfrutar das férias. Seria apenas duas semanas, mas seria os melhores ao lado de cada um.

Patrick, eu e meu tio saímos para os fundos enquanto os outros estavam na sala, nos surpreendemos pela presença de Frederico o homem segurava firmemente os laços dos cavalos. Nos aproximamos dele com cautela para acabar não assustando os animais. O cumprimentos e tivemos uma conversa breve.

— Então — pigarreou tomando nossa atenção — Acho que já está mais do que na hora de começarmos os desafios... — lembrou-nos com um tom brincalhão, mas um pouco sério.

— Sim — concordou, Patrick — Como começaremos?

— Por eles — balançou sutilmente os braços — Acho que você vai gostar, Patrick...

Meu primo o fitou, e arfou.

— Creio que irei gostar muito...

— Tem alguma experiência com cavalos?

— Não...

— Ah, pelo menos aprenderá dessa vez, de vez.

— Com toda a certeza...

— Você quer ir, Ângelo? — questionou, o homem.

— Eu adoraria...

Concluímos nossa conversa e logo começamos a nos locomover, montei no animal sem muita dificuldade. Patrick tentou disfarçar a sua o máximo que pôde — mas suas expressões faciais me mostraram totalmente o contrário.

— Você não irá conosco, Frederico? — questionei, firmando minhas mãos nas cordas ligadas ao animal.

— Sim. Margarida está com o meu então... — antes que podesse concluir sua informação, a mulher citada por ele surgiu sorridente sobre o cavalo. Patrick parecia uma pedra, ao contrário dela, provavelmente com receio de fazer quaisquer movimento.

— Olá! — entoou animada, seu tom brincalhão combinou com seu cabelo que correspondeu ao vento.

Margarida trajava um vestido vermelho com flores brancas, chapéu de feno e botas longas e marrons. Assentimos com a cabeça e logo seu sorriso morreu aos poucos, sua sobrancelha levantou junto com um olhar curioso e questionador.

— Sabe andar, à cavalo, Patrick?

— É... — sua resposta fraca me fez olha-lo.

— Sabe mesmo, ou o meu irmão está o impondo a fazer isso? — fuzilou aquele que tinha acabado de citar.

— Você tem que parar de bancar a mãe de alguém que você não é, Margarida... — reclamou, Fred.

A mulher desceu de vez do animal que nem consegui contar quantos segundos foram necessários.

— Eu não estou bancando mãe alguma! — fechou suas mãos — Olha. Se andar a cavalo tem haver com o seu desafio idiota, trate de esquecer! Patrick não vai participar.

— Ah... — gargalhou.

— Ele pode se machucar!

— Ele está bem grandinho para se machucar, e além do mais, eu e Ângelo vamos ajudá-lo. Fique tranquila — se aproximou do cavalo que ela estava.

— Patrick. Você não precisa fazer isso. Você corre perigo até de se machucar... — aconselhou a mulher, aproximando-se aos poucos do meu primo.

— Faça o que seu irmão disse — tocou o rosto da jovem — Fique tranquila. Eu vou saber me cuidar — ela hesitou.

A VERDADEIRA FELICIDADE | LIVRO IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora