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ÂNGELO VITELLO

Eu podia sentir que já havia chegado a hora...

Caminhei até os fundo do jardim com minhas mãos firmes na pequena caixa. A quantidade de seguranças era pouca, já que a maioria naquele horário andava bastante envés de permanecer em seus postos. Aquilo foi bom para mim, a pressão nos olhos de tantos com certeza me atrapalharia.

Suspirei acalmando meus nervos, catei as bolas de metais dentro da caixa as alinhando fazendo o formato de um círculo. Os dois metros de distância de cada uma foi perfeitamente posto por mim. Esses itens tinham acabado de ser fabricados e feitos por mim mesmo, havia um certo tempo em que eu estava com meu total foco neles. As bolas de metais contêm um pequeno projetor no seu interior, para que se abram é apenas necessário que eu acione o controle. A noite daria o efeito perfeito que eu precisava.

Pedi para uma das empregadas chamar meus parentes e quando estes chegaram, tive de segurar minha respiração a fim de controlar meus batimentos.

— Aconteceu alguma coisa? — peguntou-me Isabella, com meu sobrinho ainda em seus braços.

— Ainda não — falei — Mas eu queria que vocês viessem para ver o que eu criei. Levou tempo e dedicação, mas está pronto.

Jasmine sorriu em minha direção e seu irmão me olhou mais curioso ainda. Oliver deslizou dos braços da tia assim que ela andou mais um pouco.

— Prontos?

Deram um sinal de afirmação com a cabeça. Catei o pequeno controle do meu bolso, cliquei em uma das teclas e os quatro objetos mostraram o começo dos seus projetores quase minúsculos. A admiração no rosto de cada um logo refletiu assim que pequenos planetas se alinharam e refletiram entre nós. Às crianças, boquiabertas, se aproximaram de mim. Mariana acabou tomando um susto quando uma estrela se afastou quando ela passou pela mesma.

— Nossa! — gritou Oliver, entusiasmado — A gente pode brincar?!

— Claro... — puxei um pequeno planeta com a ponta do meu dedo para a minha frente — Pode até mudar o tamanho.

Os pequenos abraçaram minha cintura totalmente animados e perplexos. Logo, esses foram responsáveis por fazer a pequena galáxia se espalhar. É, havia válido apena ter trabalhado tanto, e investido tanto naquele projeto.

— Como você conseguiu? — perguntou-me Patrick.

— Olha, eu com certeza não fiz isso completamente sozinho, mas, a dedicação e estudo foram necessários.

— Isso é muito legal — elogiou Frederico.

— Ângelo sempre foi bom com coisas em relação à tecnologia — relembrou meu tio.

— É, isso é bem evidente — afirmou Marina, uma pequena estrela passou perto do seu nariz e ela sorriu. Não demorou e os dois foram analisar mais sobre os planetas.

A mão quente de Jasmine na minha, me fez virar o rosto em sua direção. Uni nossos dedos sem êxito.

— Estou muito orgulhosa de você, meu amor — beijou meu rosto — Isso mostra o quão bom você consegue ser no que mais se dedica... — olhou admirada para ao meu trabalho — Nunca pensei em ver a galáxia tão de perto...

Sorri para ela e, mesmo sendo uma pequena fração de segundos, senti como se estivesse apenas nós dois e às risadas dos pequenos fossem apenas sons. Nossos olhos podiam dizer tudo o que queríamos. Nossos corações na mesma batida, nossa respiração numa calmaria. Estávamos não só conectados com com o corpo, mas com a alma.

— Jasmine...

— Sim?

— Eu te amo.

— Eu também te amo, muito, muito! — sorriu.

A VERDADEIRA FELICIDADE | LIVRO IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora