A VERDADEIRA FELICIDADE | LIVRO III

31

ARIANNA FRANCONI

Com meu corpo pesando sobre a espreguiçadeira, deixei meu pulso descansar em minha testa sentindo o calor do sol entrar sobre minha pele. Estar em um SPA, para mim, sempre foi uma das maravilhas do mundo. Você relaxa, fica bem consigo mesma e pode ter o que nunca imaginou em um dia.

Mas eu não estava lá apenas para relaxar, mas também, para poder me preparar não só fisicamente, para a festa que aconteceria em pouco tempo...

O aniversário de Milena. O dia mais querido finalmente havia chegado, e eu estava preparada para o que acontecesse. De uma coisa eu tinha certeza, os Vitello saberia sobre minha pessoa sendo isso uma coisa inevitável. Meu nome apareceria junto com os dos pais da garota, disso eu não podia fugir mesmo. Mas seria ótimo mesmo se eles soubessem, ou melhor, se um deles ou a maioria comparecesse na festa.

Ah! Que mortes lindas seriam, todos de uma só vez.

— Acorda, dorminhoca — a voz familiar cortou meus pensamentos, acabei bufando por ter meu raciocínio interrompido.

Olhei vagamente para Joyce, seu cabelo curto estava úmido assim como seu maiô esverdeado, a toalha sobre seus ombros cobriam a pele branca levemente avermelhada por conta do sol.

— Eu não estava dormindo. — retruquei.

— Pois me pareceu.

Revirei meus olhos.

— Por que não volta para as suas amigas e me deixa em paz, em?

Me olhou, confusa.

— Que amiguinhas?

— Ué, as que você tanto conversava na piscina.

Joyce deu uma gargalhada que quase me fez rir, não entendi o porque de seu humor.

— Amiga... É sério isso?

— É sério o que?

— Você, Arianna Franconi. Uma mulher elegante e uma das modelos mais importantes. Com ciúmes de mim?

O vinco em minha testa foi acompanhado por meu olhar confuso naquela que me acusava e estava a centímetros.

— Você está muito enganada se pensa que estou com ciúmes.

— Se não é ciúmes, é o que então? — indagou.

— Foi apenas uma pergunta... E bom, você estava bem a vontade com elas. Deveria ter continuado lá, do que ter vindo aqui.

— Hm, sei.

Suspirei tornando a fechar meus olhos.

— Agora vá, volte para seu banho.

— Se fosse a Samira você super gostaria e permitiria que ela ficasse aqui, não é?

Bom, isso era uma pequena verdade. Samira, a nova babá da minha filha, tornou-se uma pessoa muito importante em curto tempo. Ela agia perfeitamente, e executava bem mais do que eu pedia.

Digamos que, era a cúmplice perfeita. Sempre atenta, ela se colocava ao meu lado.

Eu ainda me recordava perfeitamente do dia em que apareceu em minha casa, eu tinha acabado de sair do meu escritório, e ela já estava lá...

De imediato quis saber o que estava fazendo lá e quem era, a mulher me contou simplesmente que viu o anúncio que meu marido havia feito que havia vaga para quem quisesse ser a babá da minha filha, obviamente eu não gostei da história já que não me disseram nada a respeito.

Samira queria vingar os Vitello pôr eles terem tirado a vaga de emprego do seu pai, o homem trabalhava a anos e perdeu num instante. Sei que não havia tanta motivação, mas, o olhar dela, a maneira fria que ela se referiu... Isso foi uma das boas motivações que a deixei ficar com a vaga de babá. Ela seria muito útil, seria a linha que ligaria a mim e ao meu irmão, maravilha!