JASMINE FREIRE
O sol do meio dia aos poucos não deixava que às nuvens o interrompesse de brilhar e esquentar nossos corpos. Bom, isso era típico de uma terça feira em Carta-Véu. Era estranho quando não acontecia...
— Mine! — a voz de Benjamin me fez olha-lo, o menino estava perto do sofá.
— O que houve?
— A comida está bem pouca...
Suspirei.
— Mas eu achei que iria durar até para a próxima semana...
— Pois é... — me olhou, seu jeito pervertido já me deixou com a sobrancelha em pé — Isso quer dizer que vamos às compras — pulou, animado.
— Posso saber porque da animação? — questionou meu namorado, surgindo na escadaria. Não tinha jeito, meu coração sempre batia forte assim que eu o vía.
— Como a gente não tem tanta comida mais, Jasmine vai comigo comprar! — eu não sabia se sorria de surpresa ou desespero. A forma que Benjamin contou, me deixou em uma agonia total!
— Pelo visto, minha família está dando muito gastos... — lamentou Ângelo.
— Não! — o repreendi — É o Ben que exagera e...
— Jasmine — me interrompeu, e pôs às mãos na cintura — Não precisa ficar dessa maneira, e a comida uma hora acaba, tudo acaba...
Cruzei meus braços, lutando contra mim mesma — dentro de mim mesma.
— Bom, e para ajudar. Quando for fazer às compras, irei com você e pagarei a maioria das coisas...
— Isso não! — rejeitei no mesmo instante — Ângelo, você ou eles não tem obrigação nenhuma em pagar algo aqui, da minha casa...
— Meu bem, estamos aqui. É o máximo que posso retribuir e eu quero ajudar também...
Perante seu olhar e situação, acabei cedendo.
Na manhã seguinte, e por insistência dele em “querer vivenciar o que Ben e eu passamos”, nos levantamos cedo e fizemos o mesmo percurso sem sequer usar um dos carros — no fundo tenho certeza de que meu irmão adorou isso, já que Ângelo pagou muitos lanches para ele. O fato dele precisar usar um boné e uma jaqueta me incomodou levemente, o calor não devia ter colaborado tanto...
Passamos no supermercado e fiquei descontente em não ter às coisas que eu estava necessitando, sendo assim, na manhã do dia seguinte, iríamos ao povoado perto da minha casa. Não deixamos de passar em Marina para ver eles e almoçar.
— E então, já tem um lugar de emprego? — perguntei enquanto ajudava a minha amiga a pôr os potes de geléia em um dos caixotes.
— Não, por enquanto... Estou esperando a resposta e meu currículo ser aceito por uma das clínicas — sorriu — Não vejo a hora de por a mão na massa... Mas, por enquanto, estou cuidando da minha vendinha — sorriu, docemente.
— E eu fico muito orgulhosa por isso... No que precisar, já sabe não é?
— Sei sim — sorriu mais um vez — E eu sou muito grata por isso...
Vê-la tão feliz e realizada, completou meu dia e deixou tudo bem mais alegre e feliz. Ela finalmente conseguiu estar onde queria.
— O que será que seu irmão está tramando para aqueles dois, em? — a fitei bebendo um pouco de água enquanto estávamos sentadas em uma das cadeiras da cozinha, depois de organizarmos o que era preciso.
— Ai, não faço a mínima idéia — pôs os dedos cumpridos e finos na lateral de sua testa enquanto suas unhas bateram contra o vidro do copo vazio em que ela tinha acabado de beber, assim como eu, água — Sinceramente, às vezes, eu não queria que Fred fosse meu irmão. Ele parece querer o meu bem, mas. está bem mais para o meu mau... — lamentou.
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A VERDADEIRA FELICIDADE | LIVRO III
Любовные романыTerceiro e último livro da trilogia "A Verdadeira Felicidade", já disponível no perfil! Uma tomada de decisão, movida por sentimento e fé, mudará totalmente o destino de cada um...