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ÂNGELO VITELLO

Exatos cico anos se passaram...

Um tempo longo, mas necessário.
Muitas coisas mudaram, se transformaram.

Meu sobrinho Oliver, já estava com seus nove anos. Mariana com seus dez, e Benício com seus dezesseis.

Isabella já estava prestando seu vestibular, o que para mim ainda era estranho. Benício e Oliver ainda estavam em suas escolas.

Minha mãe conseguiu fundar uma ONG, a qual passou a ajudar moradores de rua, crianças necessitadas, famílias que passam por muitas dificuldades, os dando abrigo, comida, acesso a remédios, melhor atendimento médico, roupas... e até contatos com pessoas afim de acharem novos empregos. Ela conseguiu comprar uma enorme moradia que serviria para o Orfanato. Mamãe teve todo o meu apoio nesses projetos os quais não foram apenas aplicados em Percy, mas principalmente nas pequenas onde havia mais necessidade.

Quanto à mim?
Consegui, junto com os de minha confiança, dar o melhor e expandir os negócios da empresa.

Construímos pousadas, hotéis, restaurantes, lojas e outros, não só em Percy mas em vários outros países. Fiz diversas viagens à trabalho, e algumas para desfrutar em família. Patrick, Edgar, e Valentina, conseguiram ter mais idéias e pôr bem mais contratos com outros empresas... eu tinha tanto orgulho deles.

Para ter um melhor lugar para ficar nas viagens, comprei em cada lugar específico uma casa — só não comprei a minha para pois minha mãe me proibiu de fazê-lo.

Reforçamos nossa segurança, colocamos novos funcionários e até novas áreas na mansão, como um pequeno parquinho para as crianças e área para tomarmos um chá ou algo do tipo.

Com dois anos, nossa imagem voltou a se destacar assim como no passado, muitas perguntas, muitas fotos, muitas reportagens, confesso que fiquei um pouco enjoado a sempre me ver em jornais ou na televisão de casa. Nossas ações ganharam bem mais no ano anterior, assim investimos mais e conversamos com o prefeito da cidade de Carta-véu — tínhamos muitos planos e pô-los em prática era o que faltava.

Bom, obviamente eu não foquei somente no material, assim como a minha família. Levamos a espiritualidade bem mais a fundo e bem mais a sério, quem sabíamos que era grande o grande motivador de eu estar de volta, devia ser levado bem mais a sério por nós também.

Mamãe e papai se batizaram depois de muitos cultos, Isabella foi logo depois. Apenas faltava nós três, eu estava no caminho, eu entendia e muito da palavra graças ao bom espírito.

Eu achei que isso demoraria, mas com três meses do batismo de minha irmãzinha, Deus compadeceu de minha alma e me salvou.

Na nova fase, meu maior empenho estava em amadurecer espiritualmente, trabalhar para Deus. Eu sabia que meu maior tesouro é Ele — e sinceramente, eu não me importei ou me importaria, se um dia eu acabasse perdendo tudo o que alcancei até aquele momento.

O Senhor foi o único a me trazer liberdade em tudo, até do meu passado! Eu podia abrir os braços e gritar que era livre, eu sentia isso.

A graça Dele é o suficiente, não há nada além disso.

Dei uma regra a empresa para que todos descansarem nas férias de junho, contando com a minha família, apenas três pessoas que eu confiava ficariam responsáveis e me passariam qualquer coisa que acontecesse. Desde quando decretei isso, eu aproveitei! Pratiquei bem mais exercícios, meditação, leitura, estudos...

Mas já estava mais do que na hora, de eu fazer o que meu coração queimava.

Depois de muito tempo, e muitas orações e buscas, me encontrei ainda dentro do carro...

A VERDADEIRA FELICIDADE | LIVRO IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora